“Os
sepulcros se abriram, e os corpos de muitos santos que tinham morrido foram
ressuscitados. E,
saindo dos sepulcros, depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa
e apareceram a muitos.”(São Mateus 27,52-53).
Vários
Santos afirmam, mas, entre os escritores sacros antigos temos Orígenes. Jesus é
o Primogênito entre os mortos, pois nenhum antes tinha ressuscitado como Ele
(numa ressurreição completa e imperecível, como Jesus disse no Apocalipse: ‘Não
temas; Eu sou o primeiro e o último; E o que vivo e fui morto, mas eis aqui
estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.”
(Ap 1, 17-18),
Assim, na descrição de São Mateus, os corpos se reanimam na morte,
mas, só ressuscitam (gloriosamente) depois da ressurreição de Jesus. São José morreu em
Jerusalém em uma festa da Páscoa e ressuscita em vez de três dias, três anos
depois e seu corpo sobe junto com as primícias da Ressurreição da qual fala
São Paulo em uma das cartas, a mesma é usada na Missa da Assunção de Nossa
Senhora.
Sobre
a assunção de São José, um trecho de uma homilia de São João XXIII a respeito:
“Queridos irmãos e filhos, a luz da ascensão se irradia desde este vértice em um segundo
aspecto de divina providencia e beneficio da humanidade regenerada; um novo
encanto, um prodígio inefável da graça e da glória. Com Jesus que ascende a
direita do Pai, se abrem as vias do céu para os filhos do homem, para seu
primitivo destino de criatura espiritual nascida para os eternos bens. Em São
Mateus, o primeiro dos evangelistas, contou-se que ao morrer Jesus sobre o
Gólgota, também se rasgou o véu do templo em duas partes e removeu-se a terra e
as pedras, se abriram também os sepulcros. Como não encontrar neste inesperado
prodígio o primeiro esboço daquela procissão que depois de quarenta dias havia
de ter lugar desde o Monte das Oliveiras, por via luminosa dos céus a
acompanhar precisamente ao Redentor Divino Triunfante no momento de tomar, em
sua forma humana, posse no Reino Eterno, que Ele, Cordeiro Sacrificado pelos
pecados do mundo, havia assegurado pelo direito sacro e glorioso? Entre os Padres e Doutores que diversamente interpretam esta passagem de São Mateus, o
Aquinate, em seu comentário, toma posição decididamente junto aos que sustentam
que os corpo dos Santos que, dormindo, ressuscitaram, também foram introduzidos
com Cristo no Céu. Corresponde, pois, aos mortos do Antigo Testamento, aos mais
próximos a Jesus (nomeamos os mais íntimos de sua vida: São João Batista, o
precursor, São José de Nazaré, seu Pai adotivo, nutrício e putativo), corresponde a
eles (assim podemos piedosamente crer), a honra e o privilégio de abrir este
admirável acompanhamento pelos caminhos do Céu; A proclamar as primeiras notas
do interminável “Te Deum” das gerações humanas que ascendem seguindo as pegadas
de Jesus Redentor, a Glória prometida aos fiéis por sua Graça".
(Homilia
pronunciada na festa da Ascensão, em 26 de Maio de 1960, por ocasião da
Canonização de São Gregório Barbarigo)
Gerson,
o grande devoto de São José, falou da ressurreição e da assunção de São José ao
céu em corpo e alma no sermão proferido no Concílio de Constança em 8 de
setembro de 1416.
O
famoso italiano Isidoro de Isolano (+1528), chamado de profeta de São José, em
sua obra: Suma de Dons de São José, escrito em 1522, diz: "O Evangelho testifica
que os corpos de muitos santos ressuscitaram após a paixão do Salvador (Mateus 27,52-53). E estamos convencidos de que, entre eles, há, sem dúvida, São José …
Além disso, é apropriado que o filho honre seu pai e cuide de seu corpo após a
morte. Portanto, Cristo, ao ressuscitar os corpos de muitos santos, não poderia
deixar na sepultura o corpo de seu pai putativo … Da mesma forma, podemos
acreditar que, se na vida ele honrou José mais que todos os outros, chamando-o
de pai, ele também o exaltaria acima de tudo depois de sua morte".
São
Pedro Damião (1007-1072) fala da Assunção de São José, no Sermão de São João
Batista.
O
venerável Bernardino de Bustis afirma que, enquanto São Bernardino de Siena
(1444), pregando na cidade de Pádua sobre a Assunção de José em corpo e alma
para o céu, os ouvintes viram, na cabeça do santo pregador, uma cruz de
ouro cintilante, dispensando raios arrebatadores de luz.
 |
Não era possível que esses Três Sagrados Corações, que, na Terra, amaram tanto um ao outro e eram tão semelhantes, pudessem ficar afastados um do outro no Céu... |
Ele
estava dizendo o seguinte: "devidamente é necessário crer, mas não afirmar como
de fé, que o benigno Jesus, Filho de Deus vivo, com igual privilégio adornou
seu pai adotivo que sua Santa Mãe; e assim como, quando a Santíssima Virgem
morreu, ela foi levada para o céu de corpo e alma, assim também no dia em que
Jesus ressuscitou, ela levou com ela o Patriarca São José com a glória da
ressurreição; de modo que, como aquela santa família, a saber, Cristo, Maria e
José, viveram juntos na terra uma vida laboriosa e de acordo com a graça, assim
com a glória amorosa reinam no céu em corpo e alma".
.jpg)
O
grande teólogo espanhol Francisco Suarez (1548-1617) diz de São José: "Não
deixarei de notar que, de acordo com uma opinião bastante aceita, é provável
que nosso santo reine com Cristo em glória no corpo e na alma; porque, como ele
morreu diante de Nosso Senhor, é provável que ele tenha sido um daqueles que
foram ressuscitados no momento da morte ou ressurreição do Salvador, que foram
ressuscitados para uma vida imortal de alma e corpo.

A Venerável Serva de Deus Madre Maria de Jesus de
Ágreda (1602-1665), autora do famoso livro "Mística Cidade de Deus", diz: "No dia da ressurreição, com toda beleza e glória, nosso
Salvador ressuscitou da tumba e, na presença dos Santos e Patriarcas, prometeu
à raça humana a ressurreição universal como o efeito dele na mesma carne e
corpo de cada um dos mortais e que nele os justos seriam glorificados. Em
promessas desta promessa e como reféns da ressurreição universal, Sua Majestade
comandou as almas de muitos santos que estavam lá, para se unirem a seus corpos
e ressuscitá-los para a vida imortal. Ao ponto, este império divino foi executado
e os corpos ressuscitados, antecipando o mistério referido por Mateus (Mt 27,
52). E entre eles estavam Santa Ana, São José e São Joaquim, e outros dos
antigos Profetas e Patriarcas, mais marcados na fé e na esperança da Encarnação e
com maior anseio desejado e pedido ao Senhor. E, em troca dessas obras, a
ressurreição e a glória de seus corpos foram apresentadas a eles.

São
Francisco de Sales diz: "Não devemos duvidar de modo algum que este santo
glorioso desfruta no céu muito crédito diante daquele que tanto o favoreceu a
ponto de levantá-lo lá em cima, corpo e alma; o que é ainda mais provável
porque não temos mais relíquia na terra; e parece-me que ninguém pode duvidar,
porque como poderia negar a São José esta graça, Aquele que foi mostrado
obediente durante toda a sua vida? … E, se é verdade, que devemos crer, que, em
virtude do Santíssimo Sacramento que recebemos, nossos corpos ressuscitarão no
dia do julgamento, como podemos duvidar que ele trouxe os céus, de corpo e alma, para o glorioso São José que tinha teve a honra e recebeu a graça de carregá-lo
tão frequentemente em seus braços, em que Nosso Senhor estava tão satisfeito"! É
inegável que São José está no céu em corpo e alma. Quão felizes seríamos se
merecêssemos participar em suas santas intercessões! Porque nada lhe é negado
por Nossa Senhora ou pelo seu esposo glorioso.
Pe. André Luiz
Facchini
Legionário dos Três
Sagrados Corações Unidos