Santa Maria Maravilhas: a "Teresa
de Jesus" do Século XX.
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Filha de Dom Luís Pidal y Mon e de Dona Cristina Chico
de Gusmán y Muñoz, marqueses de Pidal. O pai era nesta época o embaixador da
Espanha ante a Santa Sé. Havia sido Ministro de Fomento.
Distinguiu-se sempre
por suas gestões a favor da Igreja. Com seu irmão, o filósofo Alejandro Pidal,
criou a União Católica, um partido político que agradou muito ao Papa Leão XIII
e à maioria dos bispos espanhóis. Em um
ambiente de tanta religiosidade e distinção, a educação da santa foi
esmeradíssima. Recebeu o sacramento da confirmação em 1896 e a primeira
comunhão em 1902.
Dotada de grandes qualidades humanas, entre quais se
destacam uma inteligência clara e profunda e uma vontade sempre orientada para
o bem. Desde menina – ela mesma o diria – que se sentia chamada à vida
consagrada. Dizia até que sua vocação havia nascido com ela. Em sua juventude, além de cultivar sua vida
de piedade e de levar a cabo seus estudos privados da língua e cultura geral,
se dedicou às obras de beneficência e caridade, ajudando a muitas famílias,
pobres e marginalizados.
Em 12 de outubro de 1919 entrou no Carmelo de El
Escorial, próximo a Madri. Tomou o hábito em 1920 e fez sua primeira profissão
religiosa em 1921.
O que levou a Santa Maria Maravilhas ao Carmelo foi o
amor a Cristo, seus desejos de pagar-Lhe o Amor com amor. Centenas de vezes, em
suas cartas, expressa este desejo de amá-lO com loucura, de corresponder com
excessos ao infinito amor de Cristo. Este amor a Jesus Cristo está intimamente
unido à sua devoção ao Coração de Jesus. Sabemos de suas largas vigílias diante
do sacrário, em seus primeiros anos de carmelita, em El Escorial. Nessas horas,
a sós com Deus, se forjou a fundação do Carmelo de Cerro de Los Angeles, que
haveria de ser “lâmpada viva que se
consumiria de amor e reparação ante o Coração de Cristo”.
Em Cerro de Los Angeles, centro geográfico da Espanha,
onde se havia erguido um monumento ao Sagrado Coração de Jesus, se consagrou
nele a nação espanhola em 30 de maio de 1919, pelo rei Afonso XIII.
Em 19 de maio de 1924, a irmã Maravilhas e outras três
religiosas de El Escorial se instalaram em uma casa provisória no povoado de
Getafe para, dali, atender à edificação do convento do Cerro. Nesta ocasião,
fez sua profissão solene em 30 de maio do mesmo ano.
Em junho de 1926 foi nomeada priora da comunidade e,
poucos meses depois, em 31 de outubro, se inaugurava o novo Carmelo em Cerro de
los Angeles. Pronto se povoou o novo Carmelo de vocações, o que a impulsionava
a multiplicar as “Casas da Virgem”.
Em 1933 fez a fundação de Kottayam (Índia), enviando
oito monjas. Desde 1944 a 1966, lhe seguem outras nove fundações na Espanha. Em
julho de 1936 estourou a famigerada Guerra Civil Espanhola e as monjas do Cerro
tiveram que sair do convento. Em 1939, voltou com um grupo de monjas para
recuperar o convento do Cerro, que havia ficado completamente destruído. Com
muitos trabalhos e esforços em meio a uma grande escassez, a santa sabia
infundir ânimo e alegria entre suas filhas.
Interessava-se pelos problemas dos outros e procurava
dar-lhes solução. Lá de sua clausura de La Aldehuela funda um colégio para
crianças pobres, faz construir uma vila de casas e uma igreja. Ajuda na
construção de 200 vivendas próximas a La Aldehuela. Para levar a cabo essas e
outras muitas obras, se apoiava confiantemente na Providência Divina.
“Não quero a
vida mais que para imitar o mais possível à de Cristo”, havia escrito. Com esse desejo, amou e praticou a
pobreza heroicamente. Os carmelos que funda vivem em pobreza radical, sem
rendas, com edifícios pequenos, com trabalho manual para seu sustento. Suas
filhas a amavam, tal eram o equilíbrio, serenidade, caridade e delicadeza com
todas.
Sua alegria era plena de paz, sem estridências, sempre afável, sem impor
seu critério; pedia sempre o parecer das demais. Eram contínuas as enfermidades
e penitência (dormia pouco, vestida e deitada no chão). O apreço pela oração
era extraordinário. Viveu a espiritualidade de São João da Cruz, sentindo-se
sempre uma pecadora e um “nada”. Com alternância de estados dolorosos e
gozosos, nos revela: “me sinto amada pelo
Senhor”.
Morreu no carmelo de La Aldehuela (Madrid) em 11 de
dezembro de 1974, com uma morte cheia de paz e entrega. Repetia: “que felicidade morrer carmelita”!
Madre Maravilhas teve uma missão: conservar o espírito
de contemplação amorosa e missionária ao máximo. Conservar e multiplicar estes
“pombaizinhos da Virgem” como oásis de paz e oração, neste mundo triste e cheio
de conflitos.
Muitos dos que estudaram sua vida, consultores
teológicos em Roma, a chamam: mulher carismática, profética e providencial.
Em 10 de maio de 1998, em solene cerimônia, celebrada
em Roma, o Papa João Paulo II, de saudosa e venerável memória, beatifica Madre Maria
Maravilhas de Jesus.
Sua canonização, celebrada pelo mesmo papa, ocorreu em.
Sua memória litúrgica é celebrada em 11 de dezembro de cada ano.
Santa Maria Maravilhas de Jesus, rogai por nós!
4 comentários:
Verdadeira maravilha!
Amém ! Que Santa Maria Maravilhas de Jesus ,rogai por nós. É intercedei por nossa espiritualidade a Jesus .
Que lindeza!!! Santa Mararavilhas, rogai por nós...
santa maravilha de jesus rogai por nos . amem .
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