Serva de Deus Anne-Louise Lateau, estigmatizada |
Anne-Louise
Lateau foi uma jovem como todas as outras que se encontram neste mundo. Nasceu
à 29 de janeiro de 1850 e foi batizada no dia 30. Sua vida foi próxima de
germinar em frutos de Santa Teresa do Menino Jesus. Com efeito, ela teve
sofrimentos imensos quando perdeu seu pai, que era ferreiro e foi tomado pela
varíola a 18 de abril de 1950. Ela mesma conheceu por longo tempo os horrores
desta doença, que nem sempre pode ser curada.
Sua infância foi vivida numa grande pobreza.
Esta jovem recebeu pouca instrução, não frequentou escola mais do que sete
meses, porém recebeu alguma ideia de catecismo. Louise aprendeu a escrever
observando as outras alunas. Fez sua Primeira Comunhão em 1861. Começou a
trabalhar muito cedo, para ajudar a sua mãe e toda a sua vida ela consagrou aos
pobres e doentes.
Ela viu e ajudou muitos irmãos vítimas da
cólera. Muitos morreram na epidemia que tomou conta da região em 1866. Ela
organizou um escritório onde pudesse ajudar qualquer necessidade.
Louise trabalhava muito e costurava as vestimentas
destinadas aos pobres. Ela entrou na Ordem Terceira de São Francisco em 1867.
Sua vida foi modificada em 1868, quando Louise tinha 18 anos, e pela primeira
vez o sangue escorreu de suas mãos, do seu lado e de seus pés. Médicos,
especialistas em teologia, padres, personalidades civis se apresentaram em sua
casa para constatar esses fatos extraordinários.
Em abril de 1873, o Papa Leão XII declarou: “O fato
acontecido em Bois-d´Haine é maravilhoso. Vocês podem dizer isto de minha
parte, pois jamais os médicos poderão explicar o que lá acontece.”.
Os
estigmas
Na noite da primeira sexta feira de 1968, no dia 03 de janeiro, Louise fez uma
oração quando um raio de luz penetrou em sua alma. E a transportou para fora
dela mesma, e a fez sentir uma grande alegria, seguida de grandes sofrimentos.
Estas manifestações agudas partiam seu coração com sulcos de dor, que
arrebentavam nos pés e nas costas. Essas manifestações misteriosas se renovavam
na sextas feiras seguintes, a partir da sexta feira de 24 de abril. A imitação
das chagas de Jesus, o sangue fluía do seu lado esquerdo, dos pés e mãos.
Também apareciam os ferimentos da coroa de espinhos e mais tarde uma chaga no
ombro direito. No lugar dos estigmas permanecia uma marca rosada, seca
inteiramente fechada, um pouco mais lisa que a pele. A quantidade de sangue que
perdia era no mínimo de 250 g.
O
êxtase da sexta-feira
A partir de 17 de julho de 1868, o surgimento dos estigmas era acompanhado
pelos êxtases, a duração do êxtase era variada. Mas se manifestava antes do
meio dia da sexta-feira. Louise falou destes êxtases aos padres que a
interrogaram. Ela era tomada por uma luz espiritual que revelava
algo da grandeza de Deus.
“Eu sou envolvida por um grande sentimento da presença de Deus, e não seu onde
me encontro. Eu O vejo tão grande e me sinto tão pequena que não sei aonde me
esconder.”
O
êxtase da Comunhão.
O êxtase da Comunhão produzia também, em Louise uma tão grande união com
Cristo, que o mundo exterior perdia o seu sentido. Essa intensa união com o
Senhor, demorava meia hora.
Jejum
total.
Em março de 1861, foi a última vez que Louise pode se alimentar sem se sentir
mal. Depois deste dia até a páscoa de 09 de abril, ela não conseguiu tomar
nenhum alimento. No dia da Páscoa, com dificuldade ela comeu um pequeno pedaço
de pão e no dia seguinte meia maçã, qualquer comida, porém, ela vomitava; só a
Eucaristia, seu corpo não rejeitava.
A
insônia.
A partir de 15 de setembro de 1868, ela recebeu os ferimentos da coroa de
espinhos. Depois disto, ela não tinha mais necessidade de dormir. As noites em
claro são longas para maioria dos homens, mas no caso de Louise sua profunda
união com Deus a fazia perder a noção do tempo.
“Graças a Deus, a noite passa como o dia que não percebo nada”.
Apesar do jejum, a insônia, a perda do sangue nos estigmas, Louise se
encarregava dos trabalhos mais pesados da casa, lavava a roupa, limpava a casa,
cuidava do jardim, da chaminé e de todas as atribuições familiares. Durante a
semana, com exceção da sexta-feira ajudava os pobres e doentes e quando o
trabalho da casa permitia, ela se esforçava o mais que podia para ajudar sua
mãe e suas irmãs.
A partir de janeiro de 1876, tornou-se impossível para Louise ir a Igreja, ela
não podia deixar sua casa onde recebia a comunhão. Viveu restrita ao leito desde janeiro 1879 até 25 de
agosto de 1883, quando morreu às 06: 30 da manhã com 33 anos.
Ela
está enterrada no antigo cemitério da Igreja. A causa de sua canonização foi
aberta por pelo bispo diocesano, Dom Jean Huard em agosto de 1991.
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