São José! Glorioso e venturoso
São José! Como poderia esquecer-me de vós? O evangelista São Mateus chama-vos
"varão justo" (Mateus 1, 19). Alguém inadvertidamente
poderia dizer: só isso? Diria: como "só isso"? Para um judeu, a
palavra "justo" soa mais solene, respeitoso e venerável do que a
palavra "santo" hoje em dia, muitas vezes usada com conotação dúbia
ou até mesmo em sentido pejorativo.
Chamar a José de Nazaré de varão justo era o maior elogio que São Mateus poderia dirigir àquele que
foi escolhido e preparado por Deus Pai para ser o tutor, o cuidador e pai
putativo do Verbo de Deus Humanado. Poderíamos até dizer que São José era o
"representante de Deus Pai na terra".
Todo o projeto da Encarnação
iria "por água abaixo" sem a presença e participação ativas de nosso
amado pai São José. Quem protegeria a Sagrada Família? Quem representaria a
pessoa de um pai para Jesus, visto que naquele tempo não se tolerava a figura
da "mãe solteira"? Maria seria sumariamente morta por apedrejamento
caso aparecesse grávida sem um marido para assumir a divina Criança. Quem se
apresentaria perante a sociedade judaica como chefe da Sagrada Família para a
boa fama daquele Ser Santíssimo, gerado no ventre puríssimo da Virgem Maria por
obra do Espírito Santo? Quem seria o guarda fidelíssimo da castidade consagrada
da Virgem Maria, a bendita Mãe de Jesus? Quem sustentaria a Virgem Maria e
daria de comer ao Menino Jesus? Naquele tempo uma mulher não trabalhava fora de
casa para ganhar dinheiro... Quem ensinaria o Menino Jesus a Lei e tradições
judaicas? Quem acompanharia o Menino em seu Bah-Mitzvah
(ritual no qual o menino judeu prova sua maturidade e conhecimento da Lei
judaica, dando início à "vida adulta" na religião judaica), evento
por demais importante para os judeus? Em resumo: sem a pessoa de São José tudo
seria simplesmente impossível de ser realizado na prática.
Deus Pai precisava de um varão
justo e santo, da Casa de Davi, para ser o Guardião do Mistério da Encarnação.
Vejam como os evangelistas narram a genealogia de Jesus (Mateus 1, 1-16; Lucas
3, 23ss). Tanto a "vertente sangüínea", como a "vertente
real" de Cristo terminam em São José.
Segundo os ditames da época, a
figura da mulher era muito desconsiderada. A sociedade era extremamente
machista e repressora da mulher. Por causa disso é que a linhagem de Maria não
é citada. O homem sempre representava a chefia da família naqueles tempos.
Coube também a São José a
missão de dar ao Menino o Nome Santíssimo de JESUS (YEHSUAH), revelado pelo Arcanjo São Gabriel à Virgem Maria. Naquele
tempo, os nomes dos bebês masculinos eram dados na hora da circuncisão (momento
solene onde os bebês judeus eram "marcados" como pertencentes ao povo
hebreu, portanto, como filhos de Abraão). Naquele sagrado momento, nosso
querido santo proferiu o Nome mais santo do universo, aquele Nome augustíssimo
que é a delícia dos bem-aventurados do paraíso!
São José, Guardião da Encarnação
do Verbo! Creio ser esse o maior título de São José, que supera até mesmo os
títulos de Esposo Virginal de Maria, Pai Nutrício do Menino Jesus ou Guarda
Providente da Sagrada Família!
Creio que a Santíssima
Trindade, ainda hoje, lá no Céu, não cessa de tecer elogios e honras à alma
puríssima e bem-aventurada de nosso pai São José.
Que possamos, sempre mais, como católicos que
somos, honrar e venerar esse nosso santo pai, todo consagrado à causa de Deus e
ao Mistério da Encarnação.
Um comentário:
Quando consigo em oração pensar na grandeza de São José, fico abismada com o Amor de Jesus Cristo, é preciso ser católica para tentar perceber, só por isso já me sinto muito agraciada!
São José, valei-nos São José!
Amém 🙏🏽⛪
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