Em
08 de janeiro de 1972, há 42 anos, a serva de Deus, Madre Maria Teresa de Jesus
Eucarístico deixava o mundo para habitar a Casa do Pai. Conheça a história da
missionária e fundadora do Instituto das Pequenas Missionárias de Maria
Imaculada, mais uma candidata aos altares do nosso Brasil.
Dulce Rodrigues
dos Santos nasceu em São Paulo, em 1901. Ainda jovem, nutria o desejo de
dedicar-se à vida religiosa, porém sua saúde era frágil e aos 21 anos, com
tuberculose, mudou-se com sua mãe para São José dos Campos.
Mesmo tento um
físico frágil e delicado, Dulce não abandonou o seu anseio por seguir a Deus e
abraçou a vontade do Senhor. Durante sua recuperação, a jovem Dulce
preocupava-se com a saúde daqueles que chegavam às pensões em busca de
tratamento. Assim, já restabelecida, começou a oferecer aos doentes um pouco
de conforto, visitando-os, levando-lhes boas leituras e sua caridade.
Outras jovens
uniram-se à Dulce na missão, surgindo, assim, um pequeno pensionato, no qual os
doentes encontravam não apenas o tratamento para sua enfermidade, mas também o
calor e alegria advindos da Palavra de Deus.
Dom Epaminondas
Nunes D’ávila e Silva, bispo da Diocese de Taubaté, a qual pertencia São José
dos Campos, soube, através do Padre Ascânio Brandão, de santa memória, dos
trabalhos realizados pelas jovens e chamou Dulce para uma conversa. Ali, ambos
entenderam que compartilhavam o mesmo desejo de servir a vontade do Senhor.
Então, Dom
Epaminondas pede a Dulce que escreva seus propósitos e o entregue. Aos pés da
Virgem, a jovem escreveu o que seria mais tarde a espiritualidade e a maneira
de ser da Pequena Missionária.
Em 15 de agosto
de 1932, para que a obra se concretizasse e perdurasse pelo tempo, Dom
Epaminondas transformou-a na Associação Pia e autorizou as jovens a usarem um
uniforme. Na época, a associação contava com cinco associadas, entre eles a
Dulce.
Mais tarde, em 08
de dezembro de 1934, as missionárias receberam seus hábitos religiosos e a
Associação Pia passou a chamar-se Congregação Religiosa. As constituições
escritas por Dulce, a qual as irmãs já chamavam de Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico, foram enviadas a Roma.
A Santa Sé, pela
voz do papa Pio XI, concede a aprovação pelo Decreto de Beneplácito. Assim, em 08
de novembro de 1936, o segundo bispo de Taubaté, Dom André Arcoverde de Albuquerque
Cavalcante, faz a Ereção Canônica da Congregação.
Em 21 de
novembro do mesmo ano, Madre Maria Teresa de Jesus Eucarístico, confirmada como
a Mãe do Instituto, faz seus votos perpétuos. Em 06 de dezembro, a Madre é
empossada no cargo de superiora geral e impõe o véu às noviças que deviam
iniciar o noviciado canônico. As primeiras irmãs do Instituto, nas mãos da
Madre, são dispensadas no noviciado. Assim, a congregação, já inserida na
Igreja, segue sua trajetória.
APROVAÇÃO
PONTIFÍCIA
Muitas vocações
foram chegando e as Irmãs foram solicitadas para novas fundações. Instalaram-se
novas comunidades em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e mais
recentemente, após o falecimento de sua fundadora, no Distrito Federal e Santa
Catarina, além de duas Comunidades em Portugal.
Sempre na
vanguarda de sua pequena grei, Madre Maria Teresa foi uma alma de mãe, de
pastora, de apóstola. Viu espalhar-se para a glória de Deus a sua Congregação.
Em 11 de fevereiro de 1952, Madre Teresa teve a alegria que é dada a poucos
fundadores: ver concedido à Congregação o Decreto de Louvor, tornando-a
Pontifícia. E ainda mais: em pleno Concílio Vaticano II, aos 08 de dezembro de
1964, recebeu de Sua Santidade o Papa Beato Paulo VI a aprovação definitiva do
Instituto, como confirmação de que a Congregação, seu espírito, suas obras,
suas atividades e objetivos estão perfeitamente dentro do espírito da Igreja e
atingem as necessidades atuais do mundo e as exigências da evangelização.
TESTAMENTO DA
FUNDADORA
A vida de Madre
Teresa é uma busca constante da intimidade com Deus, principalmente na Adoração
da Eucaristia, fonte de força para anunciar o Reino.
Seu amor para
com Nossa Senhora, Maria Imaculada, torna-a uma propagadora incansável da
devoção à Mãe de Jesus e nossa Mãe.
A
espiritualidade de Madre Teresa, centrada no mistério Eucarístico, leva-a a ter
um amor todo especial pelos Sacerdotes, herança bem presente no coração de cada
Pequena Missionária.
Aos setenta
anos, cansada no corpo, cheia de entusiasmo no espírito, tendo dedicado toda a
sua vida à Igreja, à sua Congregação e ao anúncio do Evangelho, percorrendo a
Pequena Via de Santa Teresinha, morreu em 08 de janeiro de 1972, após um
período curto de enfermidade. Assim, parte para a casa do Pai. tendo cumprido
fiel e amorosamente sua missão.
Seu testamento,
deixado poucas horas antes de morrer, diz da certeza de um ideal conquistado: “Sejam santas! Sejam fiéis ao Papa, à Igreja
e às Constituições! Amem muito o Santíssimo Sacramento e Nossa Senhora! Sejam
unidas e assim serão felizes”!
Suas filhas
espirituais e continuadoras de sua obra sentem que, em Deus, sua luz que é a do
próprio Deus, continua a guiá-las.
Um comentário:
Olá a todos, segue link para mais referencia.
http://www.ipmmi.org.br/
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