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sábado, 5 de dezembro de 2015

Beato Bartolmeu Fanti, Presbítero Carmelita da Congregação Mantuana (memória em 05 de dezembro).


No dia 05 de dezembro os carmelitas celebram a memória facultativa do Beato Bartolomeu Fanti, italiano nascido em Mântua (em italiano diz-se “Mantova”). Não se tem muitos dados sobre a vida de Bartolomeu Fanti, que foi um dos diversos santos carmelitas de destaque que adornaram a cidade de Mântua durante o século XV. Nasceu por volta do ano 1443, e ingressou na Ordem com dezessete anos de idade.
Em 1452 já era sacerdote Carmelita da Congregação Mantuana (vide explicação abaixo). Após a ordenação sacerdotal, mostrou-se um pregador de grande poder. Suas palavras atraíam e convenciam seus ouvintes.  Foi durante 35 anos, praticamente até a sua morte,  diretor espiritual e reitor da Confraria da Bem-Aventurada Virgem Maria na igreja carmelita de sua cidade, para a qual escreveu a Regra e Estatutos, dedicando-se a esta tarefa com fervor e zelo, como se fazia necessário devido a importância social e religiosa desta Confraria.
Humilde e manso, foi para todos um exemplo de oração, generosidade e fidelidade no serviço à Deus. Distinguiu-se por um grande e profundo amor à Eucaristia, centro de sua vida apostólica. Era realmente admirável a devoção que tinha para com Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento. Foi através da unção com óleo da lamparina que ardia diante do Santíssimo que o Beato Bartolomeu realizou diversos dos seus milagres de curas. Distinguiu-se também por uma profunda e filial devoção a Nossa Senhora do Monte Carmelo, Patrona da Ordem.  
Foi mestre de noviciado do Beato Batista Mantovano, grande poeta e teólogo carmelitano, que fala dele como “um santo guia e mestre espiritual”.
Morreu em Mântua no dia 05 de dezembro de 1495 e seu corpo, depois de várias transladações, conserva-se hoje intacto na Catedral de Mântua. O decreto de confirmação de seu culto foi ratificado pelo Papa Pio X em 18 de março de 1909 e sua festa é celebrada no dia de sua morte.


Oração
Deus, nosso Pai, fizestes do Beato Bartolomeu Fanti um apóstolo do culto à Divina Eucaristia e da devoção à Santíssima Virgem Maria, concedei-nos, a nós também, a mesma riqueza espiritual que ele encontrou mediante a prática destas devoções. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.



 


A Congregação Mantuana (1413-1783)

A congregação de Mântua viu a luz antes da mitigação da Regra, no ano de 1413, por obra de Jacó Alberto e o Beato Angelo Mazinghi. Estes dois religiosos começaram a vida reformada no convento de Le Selve, perto de Florença. Pouco depois esta vida reformada começou no convento de Mântua por obra dos PP. Francisco Tomás e Gigón de França. Neste convento se formaram ótimos religiosos como o beato Bartolomeu Fanti e o Beato Batista Mantuano.
No ano de 1427 agregou-se à Congregação um novo convento, o de Gironde, na Suíça, da diocese de Sitten. Entre os fundadores deste convento está Tomás Connecte, chamado o “Savonarola Francês”, célebre pregador e reformador violento que morreu em Roma queimado vivo, por acusação de heresia não retratada.

Até o ano de 1452 a Congregação de Mântua teve somente estes três conventos. Depois fundaram conventos em Ferrara, Brescia, Lucca, Parma, Modena, Bolonha, Bérgamo, Gênova, Milão, Florença, Pistóia, Veneza, Pavia e outros. Quando a Congregação foi suprimida contava com 53 conventos de frades e 7 de monjas. Estava dividida em 6 províncias.

Em 1442 a Congregação foi aprovada por Eugênio IV com o direito de eleger seu próprio Vigário Geral. Como tal foi eleito Pedro Estêvão de Toulouse. Floresceram em santidade Tomás de França, o Beato Angelo Mazzinghi, o Beato Bartolomeu Fanti, o Beato Batista Spagnoli, a Beata Juana Scopelli e a Beata Arcangela de Trino. Deu também esta Congregação dois gerais para a Ordem: Cristóvão Martignone (1472-1481) e o B. Batista Spagnoli (1513-1516).


O hábito que usavam os reformados era de cor cinza e a capa curta, e as sandálias da mesma cor do hábito ou brancas. Os mantuanos observavam com rigor o voto de pobreza e davam extremo valor à observância da vida comum. No dia 21 de março de 1783 o Papa Pio VI agregou os seus conventos à Ordem, extinguindo a Congregação como tal.

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