São muitos os relatos de "graças" e "milagres" alcançados por Irmã Clemência entre o bom povo do maciço de Baturité e regiões vizinhas. Irmã Clemência, fiel à sua vocação vicentina, foi um anjo de caridade entre os pobres, os doentes e os aflitos. Como o Brasil é o "país do esquecimento" em relação aos seus bons e santos filhos, é pouco provável que um dia a santa irmã seja beatificada e/o canonizada. Para tal, seria necessário um grande esforço por parte da Arquidiocese de Fortaleza, do clero, pastorais e movimentos leigos no sentido de torná-la mais conhecida.
Eu, como bom cearense, trago para os leitores do Blog Santos, Beatos, Veneráveis e Servos de Deus uma breve biografia (carecem as fontes na internet) de Irmã Clemência e rogo a Deus que na terra seja conhecida e amada aquela que, com certeza, no Céu, goza do prêmio reservado aos Santos e Santas.
Nasceu a 23 de agosto de 1896, em Redenção, Ceará. Filha da Caridade de São Vicente de Paulo.
Eu, como bom cearense, trago para os leitores do Blog Santos, Beatos, Veneráveis e Servos de Deus uma breve biografia (carecem as fontes na internet) de Irmã Clemência e rogo a Deus que na terra seja conhecida e amada aquela que, com certeza, no Céu, goza do prêmio reservado aos Santos e Santas.
Nasceu a 23 de agosto de 1896, em Redenção, Ceará. Filha da Caridade de São Vicente de Paulo.
Os habitantes de
Baturité e Pacoti, bem como religiosas e ex-alunas do Colégio da Imaculada
Conceição, em Fortaleza, lembram-se de Irmã Clemência (Francisca Benícia) de
Oliveira. Quem conviveu com esta Filha da Caridade atesta sua santidade. Sem
curso superior, fez-se enfermeira dos pobres. Podemos até dizer que ela foi a “Irmã
Dulce” daquela região.
Por 13 anos,
Irmã Clemência trabalhou na cozinha do Colégio da Imaculada, em uma época em
que não se usava gás butano — os fogões eram movidos a lenha, o calor e a
fumaça predominavam. Tendo adoecido no trabalho, dele nunca reclamara.
Descoberta a enfermidade, foi transferida para Pacoti, onde instalou o
Patronato e iniciou seu serviço aos pobres.
Enviada para
Baturité (1943), dedicou-se à Vila dos Velhinhos, da Sociedade de São Vicente
de Paulo, e aos doentes. Enfermeira dos pobres foi, também, pedinte junto aos
comerciantes, nas feiras, para conseguir doações em alimentos e, em Fortaleza,
remédios. Faleceu, santamente, no dia 2 de julho de 1966.
Dom Aloísio
Lorscheider autorizou a abertura do seu processo de canonização, em 10 de
setembro de 1975. Com sua transferência para Aparecida, coube ao Administrador
Apostólico, D. Geraldo Nascimento, introduzir a causa. A parte local do
processo foi encerrada em 1° de agosto deste ano, com cerimônia religiosa na
Matriz de Baturité.
Entre as pessoas
que se dispuseram a testemunhar as virtudes de Irmã Clemência encontram-se
freiras, advogados, médicos, pessoas do povo entre as quais se incluem
católicos e protestantes. Há unanimidade em ressaltar a opção radical da irmã
aos pobres, seu otimismo e a constante confiança na Providência Divina.
Quando foi
fechado um dos patronatos em que trabalhava, as irmãs choravam. Clemência
consolou as colegas, de forma tocante: “Acabou-se
o patronato? Mas, eu lhes pergunto: acabou-se Deus e desapareceram os pobres?”.
O fato é relatado por Murilo Alves Bessa, no livro “Irmã Clemência, a que
Serviu até o Fim”, editado em 1991 pela Secretaria de Cultura. Da obra e de
entrevista com a vice-postuladora, Irmã Perpétua Carvalho, são extraídos os
casos relatados nesta reportagem.
Irmã Clemência é
apontada por suas colegas como alguém que vivenciou a fundo o carisma original
das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Vicente, nobre francês,
dedicou-se aos pobres de seus tempo. Ele tinha os pobres como “senhores e
mestres”. Nesta condição, “passamos a dever-lhes tudo”.
Fonte: Ademir
Costa, Editoria de Cidade, Diário do Nordeste, Fortaleza, Ceará - Terça-feira
06 de novembro de 2001.
Tríduo
(novena) pela beatificação e canonização de Irmã Clemência
Ó
Santíssima Trindade, fonte de toda a santidade e todas as riquezas temporais e
espirituais! Nós, confiantes, humildemente Vos pedimos a glorificação da Vossa
serva, irmã Clemência, que pelo Vosso amor soube testemunhar-Vos, servindo aos
doentes, pobres, indigentes. Na observância às Regras da sua
Congregação, no amor a Santa Missa, a Jesus Sacramentado e na sincera devoção à
Virgem Imaculada, viveu e morreu.
Ó Santíssimo Coração de Jesus e Maria,
concedei-nos a graça que Vos pedimos, cheios de Fé (...) por intercessão de
Vossa serva, para Vossa maior glória e nossa perfeição cristã.
Rezar uma Ave Maria e, após, rezar três vezes: Sagrado Coração de Jesus, tende piedade de nós! / Oh! Maria
Concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós!
Imprimi
potest. 2 – IV – 1984† Aloísio Cardeal Lorscheider - Arcebispo de Fortaleza
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