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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

SÃO MARTINIANO DE CESAREIA, MONGE EREMITA; E SANTAS ZOÉ E FOTINIA (SÉC. IV)


Martiniano era um monge eremita, 
mas acabou se tornando um
 andarilho para que o pecado 
nunca o achasse “em endereço fixo”.




São Martiniano foi capaz de  converter muitos que o procuravam e ser instrumento de muitos milagres.




Nasceu no século IV, em Cesareia, na Palestina. Desde a tenra idade decidiu ligar sua vida a Deus e aos dezoito anos ingressou numa comunidade de eremitas, não muito distante da sua cidade, onde se entregou à vida reclusa e viveu durante sete anos. A fama de sua sabedoria percorreu a Palestina e Martiniano passou a ser procurado por gente de todo o país que lhe pedia conselhos, orientação espiritual, a cura de doenças e até a expulsão de maus espíritos.
Muito jovem, discerniu sua vocação à vida de eremita; retirou-se a um lugar distante para se entregar à vida de sacrifício e de oração pela salvação das pessoas e também pela própria conversão. Ele vivia um grande combate contra o homem velho, aquele que tem fome de pecado, que é desequilibrado pela consequência do pecado original que atingiu a humanidade que todos nós herdamos. Mas foi pela Misericórdia, pela força do Espírito Santo, que ele se tornou santo.
Sua fama foi se espalhando e muitos procuravam Martiniano. Embora jovem, ele era cheio do Espírito Santo para o aconselhamento, a direção espiritual, até apresentando situações de enfermidades, na qual ele clamava ao Senhor Jesus pela cura e muitos milagres aconteciam. Através dele, Jesus curava os enfermos.
Homem humilde, buscava a vontade de Deus dentro deste drama de querer ser santo, mas ter a carnalidade sempre presente. Seu jovem corpo era atormentado pelas paixões carnais e sua alma turbava-se ante as tentações diabólicas que eram vencidas através dos frequentes jejuns, orações e trabalhos. Assim viveu durante 25 anos.
Graças à sua continência, uma mulher que veio especialmente para tentá-lo se converteu à santidade. Aconteceu que Zoé, uma mulher muito rica, mas dada aos prazeres carnais e também às aventuras com um grupo de amigos, fez uma aposta de que levaria o santo para o pecado. Vestiu-se com vestes simples e pobres, pediu para que ele a abrigasse por um dia. Ele deixou que ela entrasse, acomodou-a e foi para os aposentos do fundo da casa, onde rezou entoando cânticos de louvor ao Senhor, antes de se recolher para dormir.
Mesmo assim, Zoé não desistiu. Eles dormiram em lugares distantes, mas ela, depois, vestiu-se com uma roupa sedutora e foi ser instrumento de sedução para Martiniano. Conta-nos a história que ele caiu na tentação.
Os santos não foram homens e mulheres de aço, pelo contrário, ao tomar consciência daquele pecado, ele se prostrou, arrependeu-se, penitenciou-se, mergulhou o seu coração e a sua natureza na misericórdia de Deus. Claro que o Senhor o perdoou. Só há um pecado que Deus não perdoa: aquele do qual não somos capazes de nos arrepender.
São Martiniano arrependeu-se e retomou o seu propósito. Certa vez ele pisou com os pés descalços sobre brasas ardentes e, com muito esforço e suportando a dor, gritou: «e como será então o fogo do inferno?» Surpreendida pela força espiritual e pelos sofrimentos do eremita, Zoê se arrependeu e pediu que orasse por ela. Ele foi um instrumento de evangelização para aquela mulher que, de tal forma, também acolheu a graça do arrependimento, entrou para a vida religiosa e consagrou-se, fazendo parte do mosteiro das religiosas de Santa Paula em Belém, e ali se santificou, sendo hoje conhecida por Santa Zoé. Lá, Zoé viveu durante 12 anos até seu falecimento, esforçando-se espiritualmente para expiar seus pecados. Até o último dia de sua vida, Zoé não bebia vinho e se alimentava de pão e água, dormindo no chão.
Por sua vez, Martiniano, mudou-se dali para uma ilha e não tinha sequer um teto. Recebia alimentação do dono de um barco para o qual confeccionava cestos. Porém, certa vez, naquelas águas que rodeavam a ilha ocorreu um naufrágio de um navio e uma jovem passageira chamada Fotinia que se salvou lhe pediu abrigo. Ele consentiu que ela ficasse, mas para não sentir a tentação novamente abandonou o lugar a nado, apesar de o continente ficar muito distante. A tradição diz que ele não nadou, mas que Deus mandou dois delfins para apanhá-lo e levá-lo à terra firme, são e salvo. Santa Fotinia ficou na ilha onde viveu durante mais seis anos até seu falecimento.
São Martiniano alcançou o Sul da Grécia por onde peregrinou durante dois meses até chegar a Atenas, onde faleceu em paz. O fato é que, depois do novo perigo que sua carne enfrentou na ilha, Martiniano tomou uma decisão radical, tornou-se andarilho para nunca mais ter de abrigar ninguém e ser tentado pelo pecado. Vivia da caridade alheia e morreu em Atenas, no ano 400, depois de parar a caminhada numa igreja da cidade. Sabia que o momento chegara, recebeu os sacramentos e partiu para a Casa do Pai serenamente e na santa paz.
Santo não é aquele que “nunca pecou”. A oração, a vigilância e o mergulho da própria miséria na Misericórdia Divina é o que nos santifica.

São Martiniano, rogai por nós!






Segundo texto biográfico

Origens

Martiniano nasceu em Cesareia, na Palestina, no século IV. Sabe-se que desde criança ele quis dedicar sua vida ao serviço de Deus. Por isso, ainda criança, procurava a oração e o conhecimento da vida cristã. Aos dezoito anos, convicto de sua vocação para a vida religiosa, abraçou o celibato, a pobreza e a obediência ingressando numa comunidade de monges eremitas que ficava perto de Cesareia. Cada um vivia numa pequena casa muito simples e se reuniam em alguns momentos para rezar. Ali ele viveu por sete anos.

Fama de santidade


O monge Martiniano passou a ser procurado por pessoas que precisavam de conselho e orientação espiritual. Por isso, logo sua fama de sabedoria e santidade se espalhou através daqueles que recebiam seus conselhos e orientações. Muitos testemunhavam, inclusive, a cura de doenças e a libertação dos demônios através da oração de São Martiniano. Assim, sua fama se espalhou por toda a região.

Armadilha

A fama de santidade do monge Martiniano atraiu uma bela jovem cortesã chamada Zoé. Tratava-se de uma mulher muito rica, bonita e cheia de costumes libertinos. A jovem Zoé apostou com seus amigos e amigas que conseguiria fazer o casto Martiniano se perder. Para isso, deixou suas roupas luxuosas e vestiu-se como uma mendiga. Depois, foi à procura de Martiniano e pediu-lhe abrigo. O santo, agindo com caridade, abrigou-a na cela onde ficava e foi para o fundo da casa. Lá, fez suas orações, cantou salmos de louvor e se recolheu para dormir.

O amor de Deus vence a tentação


A jovem Zoé não desistiu da ideia de seduzir Martiniano. Assim, quando o santo adentrou à casa, encontrou-a trajando uma veste toda sensual. Então, ela tentou seduzi-lo através de sua beleza e de argumentos cheios de doçura e encantamento. O monge, porém, percebeu que, por dentro daquele corpo bonito havia uma mulher triste, que sofria por não se sentir verdadeiramente amada e por não ter um sentido de vida. Ele, então, refletiu esta verdade a ela como se fosse um espelho de sua alma. Depois, falou a ela sobre o profundo e insondável amor de Deus, que nos ama por que Ele é amor e não porque mereçamos este amor. Sentindo o toque da graça e percebendo-se amada pelo Pai, Zoé acabou se convertendo. A partir de então, ela ingressou no convento de Santa Paula, na cidade de Belém. Lá, ela viveu o resto de sua vida, santificando-se na vida religiosa.

Martiniano paga o preço


Martiniano, por sua vez, tinha se sentido tentado ao lidar com Zoé. Por isso, decidiu mudar-se para uma ilha. Seu desejo era ficar livre de influências exteriores que pudessem vir a tentá-lo novamente. Porém, aconteceu que, nas águas que circundavam aquela ilha um navio naufragou. Por isso, uma jovem chamada Fotinia, que conseguiu se salvar, chegou à ilha agarrada aos restos do navio, encontrou a casa de São Martiniano e lhe pediu abrigo. Por caridade, ela a abrigou. Porém, para não voltar a sentir a sentir a tentação, decidiu abandonar a ilha nadando, apesar de estar a uma boa distância do continente. A tradição diz que Deus enviou dois golfinhos que o ajudaram na travessia, fazendo-o chegar em terra firme são e salvo.


Andarilho


Depois deste fato, São Martiniano optou por uma decisão radical. Abriu mão do direito de ter um endereço fixo para nunca mais ter que dar abrigo a alguém. Ele quis evitar a todo custo que voltasse a ser tentado pelo pecado. Por isso, passou a ser um andarilho e a viver da caridade dos outros. Assim viveu o resto de seus dias. São Martiniano faleceu na cidade de Atenas, no ano 400. Ele pressentiu sua morte. Por isso, parou sua caminhada numa igreja da capital grega. Ali, um padre percebeu que ele estava falecendo e ministrou-lhe os sacramentos. E São Martiniano partiu para o céu na serenidade e na paz.

Oração a São Martiniano

Ó Deus, que destes a São Martiniano a graça de ser fiel à vocação para a qual o chamastes, dando a ele forças para vencer todas as tentações que pudessem desviá-lo do caminho, dai também a nós, por sua intercessão, a graça da fidelidade à nossa vocação e a coerência de vida, por Nosso senhor Jesus Cristo, vosso filho, na unidade do Espírito Santo. Amém. São Martiniano, rogai por nós.”



Fontes:








Imagens do Google.


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