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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

São Bernardo de Claraval, Abade e Doutor da Igreja ("doutor melífluo")





Resumo de sua vida:
São Bernardo nasceu em 1090, na França, de uma família nobre. Bernardo, após a sua conversão, decidiu entrar para um mosteiro pobre. Mas não foi sozinho. Levou consigo mais trinta homens, entre irmãos, parentes e amigos. Entraram no mosteiro de Citeaux em 1112 (Bernardo tinha 22 anos). Em 1115, com 25 anos, Bernardo recebe a ordem de criar um novo mosteiro, o de Claraval.
Bernardo chegou a reunir em Claraval mais de 700 monges, agrupou 160 mosteiros em torno de sua reforma, aconselhou os reis da França, transformou-se em guardião da Igreja e do papa: teve que resolver cismas e heresias, interveio na eleição dos papas, participou de concílios e proclamou a segunda cruzada. Bernardo escreveu muitas obras espirituais. É conhecido como Doutor Melífluo devido a doçura e delicadeza de seus escritos.
Bernardo faleceu em 1153 com 63 anos, na sua própria cela.


Alguns ditos do santo:
        "Tu encontrarás mais coisas nas florestas do que nos livros; as árvores e as pedras te ensinarão mais do que qualquer mestre te poderá dizer".

"O que é Deus? Ele é ao mesmo tempo comprimento, largura, altura e profundidade... Esse comprimento, o que é ele? A eternidade, pois ela é tão longa que não tem limites seja quanto ao lugar, seja quanto ao tempo. É Deus também largura? E essa largura, que é ela senão a caridade que se estende até o infinito? Deus é altura e profundidade; e por essa altura deveis entender seu poder; e por profundeza, sua sabedoria. Ó sabedoria cheia de poder que chega a todos os recantos com força. Ó poder cheio de sabedoria que tudo dispõe com doçura”

 “Quereis um advogado junto a Jesus? Recorrei a Maria, pois nela não há senão pura compaixão pelos males alheios. Pura não só porque ela é imaculada, mas porque nela só existe compaixão pura e simples. Digo-o sem hesitar: Maria será ouvida devido à consideração que lhe é devida. O Filho ouvirá a Mãe, e o Pai, seu Filho. Eis, pois, a escada dos pecadores, minha absoluta confiança; eis todo o fundamento de minha esperança” 


  “Os clérigos que estudam por puro amor da ciência: é uma curiosidade ignominiosa; outros o fazem para alardear um renome de sábios: é uma vaidade vergonhosa...outros ainda estudam e vendem seu saber em troca de dinheiro e honras: é um tráfico vergonhoso. Mas há também os que estudam para edificar seu próximo: é uma obra de caridade; outros, finalmente, para edificar a si mesmos: é uma atitude de prudência...”


 “Subi à parte superior de mim mesmo, e ainda mais alto reina o Verbo. Explorador curioso que sou, desci ao fundo de mim mesmo e O encontrei ainda mais baixo. Olhei para fora, e O percebi além de tudo. Olhei para dentro, e pareceu-me muito mais íntimo do que eu mesmo. Quando ele entra em mim, o Verbo não trai sua presença por nenhum movimento, por nenhuma sensação. É somente o secreto estremecimento do meu coração que o patenteia. Meus vícios fogem, minhas a feições carnais são dominadas, minha alma se transforma, o homem interior se renova, e em mim está como que a sombra de seu Esplendor”
Êxtase do santo com Jesus Cristo. 

Os quatro graus de caridade
"Nós somos carnais, nascidos da concupiscência da carne, donde se segue necessariamente que nosso amor, bem como nosso desejo começa pela carne. Porém, se este amor é bem dirigido, desenvolvendo-se progressivamente segundo seus graus, sob a ação da graça, ele atingirá sua perfeição no espírito, 'pois não é o espiritual que precede, mas o animal: o espiritual vem em seguida' (1Cor 15,40).Portanto o homem começa amando a si mesmo por si mesmo; pois sendo ele carne, está fora de condição de degustar o que quer que seja fora de si mesmo. Refletindo, em seguida, que não pode subsistir por si só, ele começa a procurar a Deus na fé e a amá-lo. É o segundo grau: ama-se a Deus não por Ele mesmo, mas por causa de si. À medida que a própria necessidade leva a conviver com Deus, a familiarizar-se com Ele, pensando nele, lendo e pedindo-lhe e servindo-o, aos poucos a gente o descobre nessa familiaridade e começa-se a apreciá-lo. Quando se aprendeu, assim, a degustar como o Senhor é doce, passa-se ao terceiro grau, que consiste em amar a Deus por si mesmo, não mais por causa de si. E neste grau, permanece-se muito tempo: não sei se, nesta vida, alguém pode alcançar a perfeição do quarto grau, de modo que não se mais a si mesmo de forma alguma, senão em Deus. Que o afirmem os que o experimentaram; quanto a mim, confesso que acredito ser impossível. Sem dúvida alguma, isto se verificará quando o servo bom e fiel for introduzido na alegria do seu Mestre, inebriado com a plenitude da Casa de Deus. Então, esquecendo-se, ele próprio, de uma maneira admirável, voltar-se-á todo inteiro para Deus e, aderindo a ele para o futuro, não
formará senão um só espírito com Ele"



"E o nome da Virgem era Maria (Lc. 1, 27). Falemos um pouco deste nome que  significa, segundo se diz, Estrela do mar, e que convém maravilhosamente à Virgem Mãe. ... Ela é verdadeiramente esta esplêndida estrela que devia se levantar sobre a imensidade do mar, toda brilhante por seus méritos, radiante por seus exemplos.Ó tu, quem quer que sejas, que te sentes longe da terra firme, arrastado pelas ondas deste mundo, no meio das borrascas e tempestades, se não queres soçobrar, não tires os olhos da luz desta estrela.
Se o vento das tentações se levanta, se o escolho das tribulações se interpõe em teu caminho, olha a estrela, invoca Maria. Se és balouçado pelas vagas do orgulho, da ambição, da maledicência, da inveja, olha a estrela, invoca Maria.Se a cólera, a avareza, os desejos impuros sacodem a frágil embarcação de tua alma, levanta os olhos para Maria.
Se, perturbado pela lembrança da enormidade de teus crimes, confuso à vista das torpezas de tua consciência, aterrorizado pelo medo do juízo, começas a te deixar arrastar pelo turbilhão da tristeza, a despencar no abismo do desespero, pensa em Maria. Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria. Que seu nome nunca se afaste de teus lábios, jamais abandone teu coração; e para alcançar o socorro da intercessão dela, não negligencies os exemplos de sua vida. Seguindo-A, não te transviarás; rezando a Ela, não desesperarás; pensando nela, evitarás todo erro.Se Ela te sustenta, não cairás; se Ela te protege, nada terás a temer; se Ela te conduz, não te cansarás; se Ela te é favorável, alcançarás o fim.E assim verificarás, por tua própria experiência, com quanta razão foi dito:
'E o nome da Virgem, era Maria'"


Mostra Iconográfica de São Bernardo de Claraval:

Êxtase do santo com o Senhor Jesus Crucificado. 
  

Milagres do santo: o Duque de Aquitânia, inimigo da fé,
cai enlouquecido aos pés do santo que
apresenta-lhe o Santíssimo Sacramento. 


Mistérios da Virgem Maria meditados por
são Bernardo de Claraval.
  
Êxtase de São Bernardo de Claraval no qual ao santo
foi dada a  oportunidade de beber um pouco
do santíssimo Leite de Maria.



Belíssima estátua de São Bernardo existente
 na Igreja Matriz de Russas - Ceará - Brasil.


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