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Ainda pequena
teve que deixar a escola para trabalhar em uma fábrica de calçados. Embora
tivesse que trabalhar, amava isolar-se para dedicar-se à oração e à
mortificação. Em 1871, aos 25 anos, fez um ato particular em que promete ao
Senhor viver segundo os conselhos evangélicos.
Na sua longa
experiência de oração, vê uma cruz vazia diante da cruz de Nosso Senhor Jesus
Cristo, o que lhe inspirou imolar-se em união com Jesus para a salvação das
almas. Tocada por uma forte vocação, desejou entrar nas Carmelitas, mas seu
diretor espiritual a aconselhou entrar nas Irmãs de Caridade. Devido às
precárias condições de saúde foi obrigada a desistir em pouco tempo do
Instituto.
Retornando à
família, se dedicou às obras de caridade junto aos pobres. Obedecendo aos
conselhos do diretor espiritual, começou a escrever um diário espiritual no
qual expunha detalhadamente a regra de vida de uma comunidade de religiosas,
que, com a sua destacada vocação e com a experiência espiritual que vivia,
sentia poder constituir.
Assim, em 1875,
deu início em Sevilha à Congregação das
Irmãs da Companhia da Cruz para o cuidado dos enfermos. O seu ideal e o do
Instituto era “ser pobre com os pobres
para levá-los a Cristo” que constituiu o fundamento da espiritualidade e da
missão da Companhia da Cruz.
A Santa Sé
aprovou o Instituto em 1904, o qual teve uma rápida difusão, imprimido um
impacto enorme na Igreja e na sociedade sevilhana do seu tempo.
Humilde e
enérgica, Madre Ângela da Cruz, nome que tomou quando se tornou religiosa,
soube infundir no ânimo de suas filhas um crescente espírito de dedicação e de
caridade em favor dos necessitados, sendo por isto admirada por todos e chamada
pelo povo de “mãe dos pobres”.
Natural e
simples, recusou toda glória humana, buscou a santidade com um espírito de
mortificação no serviço de Deus e dos irmãos, e com estes sentimentos deixou
esta terra no dia 02 de março de 1932, na sua cidade de Sevilha, aos 86 anos de
idade.
A causa para sua
beatificação foi introduzida junto à Congregação dos Ritos em 10 de fevereiro
de 1960. O Papa João Paulo II a beatificou durante sua primeira viagem à
Espanha, no dia 5 de novembro de 1982, em Sevilha, o mesmo pontífice, num
intervalo de 20 anos, a elevou à honra dos altares, canonizando-a em Madri a 04
de maio de 2003, durante sua quinta viagem em terras espanholas.
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Corpo incorrupto de Santa Ângela da Cruz |
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Painel da Beatificação |
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Painel da Canonização |
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Estátua de Santa Ângela da Cruz |
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