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sexta-feira, 7 de março de 2014

SÃO GASPAR BERTONI, Presbítero e Fundador da Congregação dos Sagrados Estigmas ou Estigmatinos.


São Gaspar Bertoni
Nascido em Verona, cidade do norte da Itália, em 9 de outubro de 1777, viveu em uma época em que a cidade era palco de constantes conflitos entre os franceses e austríacos, que disputavam a sua posse.
Como conseqüência, a cidade curtia as amarguras da fome e dos desmandos da libertinagem; os feridos lotavam os hospitais, as crianças pobres não tinham escola, a juventude estava desorientada e esquecida, e até o próprio clero sofria as influências daquele ambiente nada salutar.
Nesse contexto o jovem Gaspar cresceu, enfrentando ainda alguns dramas familiares, como a morte de sua única irmã, mais nova, a incapacidade do pai de administrar os bens da família, e por fim a separação dos pais, decidida de comum acordo entre eles.
Por sugestão de seu pároco, da Paróquia de San Paolo, entrou para o Seminário e, em 20 de setembro de 1800, quando estava com quase 23 anos de idade, era ordenado sacerdote, ao som de tiros de canhão.
Ainda como seminarista ele já se dedicava aos doentes, e cedo também começou o seu trabalho com a juventude, resgatando-a daquele ambiente hostil da cidade. Esse trabalho foi tão frutuoso que ele chegou a ser reconhecido como “Apóstolo dos Jovens”.
Convocado por seu bispo para resgatar a dignidade do clero, aí também realizou um excelente trabalho, a ponto de o Seminário passar a ser notado como exemplo de ordem e disciplina, e os padres e seminaristas como modelos de dedicação e serviço.
Pe. Gaspar revelou-se, também, notável conselheiro. Pessoas dos lugares mais distantes, governantes e até seu próprio bispo procuravam-no para um aconselhamento.
Chamado a colaborar nas missões populares na Paróquia de San Fermo, ele também foi excelente pregador, tanto que chegou a receber da Santa Sé o título de “Missionário Apostólico”.
Mas havia ainda uma grande obra para a qual Deus iria chamá-lo a realizar, e que, aos poucos, foi se delineando para ele: a fundação de uma congregação religiosa.

Padre Gaspar incutia nas pequenas crianças
e nos jovens o amor filial a Maria. 
Naquela época, as ordens religiosas eram perseguidas e até suprimidas. Eram proibidas reuniões ou quaisquer agrupamentos, tidos como possíveis indícios de rebeldia e oposição aos “patrões” da cidade, que se revezavam entre franceses e austríacos.
Mas Pe. Gaspar, inspirado por uma visão diante do altar de Santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas, ordem cuja supressão vigorava naquela época, passou a perceber, aos poucos, a vontade de Deus para a realização deste corajoso projeto.

Em 4 de novembro de 1.816 ele entrou com alguns companheiros em um prédio que lhe fora destinado inicialmente a servir de escola. Esse prédio era anexo à Igreja dos Estigmas, que tinha esse nome por ser dedicada às chagas, ou estigmas, de São Francisco de Assis.
Assim, além da escola, naquele ambiente de pobreza e penitência nascia, também, uma ordem religiosa que, após a morte de São Gaspar, recebeu o nome de “Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo”, popularmente conhecida como “Estigmatinos”.
Inspirado no título com que fora agraciado pela Santa Sé e no reconhecimento que tinha para com a autoridade dos bispos, que são os sucessores dos apóstolos, a quem Jesus deu a missão: “Ide e ensinai” (Cf. Mt 28,19), ele assim definiu a finalidade de sua congregação: “Missionários Apostólicos em auxílio aos Bispos”.
Pe. Gaspar dedicou toda a sua vida a fazer sempre a vontade de Deus. Apoiado na oração, ele sempre conseguia perceber e tudo realizar segundo a vontade de Deus.
Desde os seus 35 anos de idade enfrentou sérios problemas de saúde, que antes o levaram à beira da morte, e depois o mantiveram preso ao leito durante grande parte de sua vida, suportando terríveis dores e sofrimentos, mas sem que uma queixa saísse de seus lábios.
Fez de suas enfermidades instrumentos de redenção e louvor a Deus. Chamava-as de “Escola de Deus”: são ocasiões que nos dá a misericórdia de Deus para perdoar muitas faltas que cometemos e não fazemos penitência. Devemos vivê-las na perspectiva da fé, como uma luz religiosa, pois Deus quer a nossa salvação também através da doença e, como conseqüência, do sofrimento.
De seu leito de dor continuou suas atividades como mestre, pregador de exercícios espirituais e sobretudo como conselheiro dos que a ele acorriam. Todos os que o consultaram (bispos, magistrados, sacerdotes e fiéis) admiravam-se pela sua sabedoria, e de comum acordo o consideraram como “Anjo do Conselho”.
Muitos doentes que ele abençoou foram curados, e depois de sua morte ainda outros milagres já foram registrados por sua intercessão ou pelo contato com suas relíquias.
Pe. Gaspar morreu santamente no dia 12 de junho de 1.853, aos 76 anos incompletos, e foi canonizado pelo Papa João Paulo II em 1 de novembro de 1.989, no dia da festa de “Todos os Santos”. Os milagres para o seu processo de beatificação e canonização foram realizados no Brasil, nas cidades de Rio Claro e Rio de Janeiro.
Sua festa litúrgica é celebrada em 12 de junho.
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Pe. Gaspar colocava no amor cristão, na caridade para com Deus antes e acima de tudo, a base da castidade. Dizia:
“Numa alma tomada pela caridade não existe a libidinagem”.
Aos padres e religiosos afirmava:
“Deus nos chama a competir na terra com a pureza dos anjos”.
Assim, nas constituições, lembra aos membros de sua congregação que devem consagrar-se inteiramente a Cristo e que, por essa razão, devem conservar-se castos de corpo e de alma.
Estabelece-lhes os seguintes meios, a fim de se manterem puros e progredirem na virtude da castidade:
§ Oração e Sacramentos
A esse respeito, realça a Confissão e a Eucaristia. Escreve: “Todos tenham grande empenho em aproximar-se, freqüentemente, e com as devidas disposições, dos sacramentos da Confissão e da Comunhão”
§ Mortificação
Do paladar, da vista, do ouvido, da língua, do tato.
§ Fuga do Ócio
Para evitar o ócio, quer que se apliquem a trabalhos manuais, ou, principalmente os sacerdotes, ao estudo, que e também um trabalho.
§ Cuidado com os sentimentos
Devem ter muito cuidado com os sentimentos, pois pouco a pouco podem descambar para a sensualidade.
Aos que iam procurá-lo como penitentes, era tanta a força do seu exemplo, tão grande o brilho da fisionomia, e tão influente o ardor da sua palavra quando se referia à castidade, que atingia profundamente até os mais viciados, de modo que se convertiam, reestruturavam a vida e passavam a servir de exemplo.
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Usava dos objetos com muito cuidado, para não estragá-los, já que o pobre não pode dar-se ao luxo de desperdiçar as coisas. Aplicava esta diligência até nos objetos pequenos e menos caros, como uma folha de papel e semelhantes. Tomava para si o que fosse mais estragado, porque queria viver realmente a pobreza, como um verdadeiro pobre.
Ao ter que aconselhar seminaristas ou sacerdotes envolvidos em dúvidas diante das ordens do bispo, ele só tinha uma palavra: Obediência. Aliás, estabelecia esta virtude como o mais claro sinal de que alguém era chamado à vida sacerdotal. Faltando a disposição de obedecer, faltava também a melhor prova da vocação. Nem sempre o bispo encontrava fácil acatamento às suas ordens. Então, diante do impasse, apelava para Pe. Gaspar. Este entrava em contato com o renitente e, com palavras carregadas do amor de Deus, e com fervorosas admoestações, até mesmo com os exercícios espirituais de Santo Inácio, atingia o objetivo: levava à obediência a pessoa rebelde.
Uma atitude, para ele inconcebível, era a desobediência ao Papa. O Papa representa Jesus Cristo na terra; por isso, suas disposições e ordens devem ser respeitosamente seguidas.
Abaixo do Papa, os bispos também mereciam dele a maior veneração. À sua congregação prescreveu a vida de missionários para auxílio aos bispos. Com isto, precedeu os tempos, pois o Concilio Vaticano Segundo, mais de um século depois, veio ressaltar este múnus. Tanta era a sua respeitosa disponibilidade de obediência ao Papa que lia as suas Encíclicas de joelhos!
A virtude da obediência, em Pe. Gaspar, via na autoridade, fosse lá quem fosse a pessoa, o representante de Deus.
E como praticava ele a obediência em seu convento, dado que era ali o superior? Antes de tudo, procurava fazer sempre diligentemente aquilo que parecia ser a vontade de Deus.
Podia ter escolhido para si o melhor quarto da casa. Mas não. O seu quarto foi o pior, o menos cômodo e o mais frio de todos. Ali, nada de aquecimento, qualquer que fosse, mesmo no mais duro inverno. Somente aceitou o aquecimento, quando, enfermo, o médico deixou ordem nesse sentido.
Certa vez, um grande inimigo de Pe. Gaspar e de seus Oratórios o ofendeu violentamente. Apelando para todas as forças da mansidão, Pe. Gaspar reagiu tanto contra si mesmo para se manter calmo que sofreu um desmaio e foi ao chão. Desmaiou, mas não cedeu à raiva. O corpo sucumbiu, enquanto o espírito sublimou-se em Deus. Os jansenistas eram uns hereges muito atrevidos. Como Pe. Gaspar não lhes dava tréguas, começaram eles também a persegui-lo. Ofendiam-no onde quer que o encontrassem, mesmo em público. Pe. Gaspar se calava. Podia, se quisesse, reduzir ao silêncio toda aquela gente maldosa. Bastava que argumentasse com toda a ampla ciência que possuía, mas preferiu calar-se e mansamente suportar.
 Conselheiro

 Ao Padre Gaspar não afluíam apenas os sacerdotes e candidatos ao sacerdócio, ou os religiosos e candidatos à vida consagrada. Leigos de responsabilidade e desejosos de vida espiritual o consultavam, seguiam suas orientações com toda a segurança de estarem acertando diante de Deus. Buscavam nele orientações para assuntos espirituais, antes de tudo, mas, sempre que necessário, expunham problemas de ordem doméstica ou de assuntos da vida pública ou privada. Procuravam-no para isso pessoas da classe alta, da classe média ou do povo simples, de toda a profissão e situação social. Quando alguém tinha um problema difícil de resolver, o refrão que ouvia era sempre este: “Vá conversar com Pe. Gaspar”.

São Gaspar Bertoni na glória dos céus. 

2 comentários:

LUIZ disse...

SÃO DOM GASPAR BERTONE, ROGAI A DEUS POR TODOS NÓS QUE, PECADORES ASSUMIDOS, POSSAMOS SER MERECEDORES DAS BÊNÇÃOS DE DEUS E CUMPRIRMOS SUA VONTADE. AMÉM, SEMPRE AMÉM. TENHO UMA RELÍQUIA VOSSA, PEÇO PELA BÊNÇÃO DESSE DEVOCIONAL. AMÉM.

João Luiz Bertoni disse...

MANUAL CATÓLICO. Esse livro lhes mostrará a verdade, o que é a verdadeira e tradicionalista Igreja e Fé Católica. Oque aconteceu, está acontecendo e irá acontecer em um futuro próximo. O livro é gratuito e saibam oque fazer para salvar suas almas e as almas de muitos. E dessa forma se preparem pelo oque está por vir. Não se enganem, o fim está próximo. Satanás reina na terra. O Anticristo vem ai e pouco tempo depois a volta do Senhor Jesus. Aquele que divulgar será abençoado e aquele que zombar fará penitência. ACESSE OS LINKS.
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