Beato Eustáquio Van Lieshout, Presbítero e Missionário no Brasil. |
Um taumaturgo do século XX. Dotado dos carismas do
conselho e da cura, pastor de almas e modelo de pároco, Padre Eustáquio
suportou com humildade e fortaleza as muitas incompreensões que sofreu.
"Jesus partiu
dali numa barca para se retirar a um lugar deserto, mas o povo soube e a
multidão das cidades o seguiu a pé. Quando desembarcou, vendo Jesus essa
numerosa multidão, moveu-se de compaixão por ela e curou seus doentes" (Mt 14, 13-14).
Os últimos anos da vida do Beato Eustáquio van Lieshout no Brasil
tiveram muita semelhança com essas cenas descritas no Evangelho: multidões que
acorriam para lhe pedir ajuda espiritual ou cura de enfermidades, sendo todos
atendidos com carinho de pai. E quando as autoridades eclesiásticas ou seus
superiores, temerosos com as repercussões daquele movimento, mandavam-no para
outros lugares, logo o povo descobria e acorria atrás de seu "santo".
Foto do Beato quando chegou ao Brasil. |
Padre Eustáquio
desembarca no Rio de Janeiro
Nascido na Holanda em 03 de novembro de 1890, foi ordenado sacerdote em
1919 na Congregação dos Sagrados Corações. Sua família, profundamente católica, ofereceu à Igreja mais duas vocações: de duas irmãs suas que se fizeram religiosas. Chamado pelo Senhor à missão, o Beato Eustáquio desembarcou no Rio de Janeiro em 12 de maio de 1925.
Seu destino: o povoado de Água Suja, no Triângulo Mineiro.
Situado às margens do Rio Bagagem, aquele local sofria dos males
comuns às regiões de mineração muito afastadas, sendo marcado por enormes
necessidades espirituais e materiais. O farol que iluminava a vida dura dos
mineiros era o antigo santuário de Nossa Senhora da Abadia, onde se fixou o
padre vindo da Europa.
Nos seus dez anos em Água Suja - cujo nome foi mudado para Romaria -
ele iniciou a edificação do Santuário de Nossa Senhora da Abadia, que se tornou
um grande centro de peregrinação.
Pai dos pobres e
dos enfermos
Em Romaria, como nas cidades onde atuou depois, dedicou-se com
extremo desvelo aos pobres e aos enfermos. Nas suas visitas às casas de seus
paroquianos, servia até mesmo de médico e enfermeiro dos doentes.
Certo dia, numa choupana de Romaria, encontrou um menino cujo corpo
era todo uma só chaga. Nem a mãe da criança tinha coragem de cuidar do
pobrezinho. O Padre Eustáquio assumiu pessoalmente essa incumbência: dava-lhe
banho todos os dias, lavava suas roupas, tirava com uma pinça os vermes que lhe
corroíam a carne, da qual se exalava um insuportável mau cheiro, e aplicava as
pomadas que ele próprio havia preparado. Em pouco mais de um mês, o menino
estava curado.
Noutra ocasião, quando o pároco almoçava em companhia de seus
auxiliares no modesto refeitório da casa paroquial, a campainha tocou, e um
deles foi atender. Voltou pouco depois e sentou-se sem nada dizer.
- O que houve? - pergunta o Beato Eustáquio.
- Nada... Nada de urgente. Estão querendo falar com o senhor... Mandei
esperar na sala de visitas.
- Não! Mandar esperar, nunca! O pároco é o escravo de seus
paroquianos.
Dizendo isto, deixou na mesa a refeição inacabada e foi atender os
visitantes.
Assim comportou-se o Padre Eustáquio durante seus 24 anos de
sacerdócio. Com uma diferença: ele era o escravo de todos os necessitados, e
não apenas de seus paroquianos.
O carisma da cura:
“Saúde e paz”.
Em Romaria, o Padre Eustáquio já fez algumas curas consideradas
milagrosas. Mas foi em Poá (SP), para onde foi transferido, tomando posse como
pároco em fevereiro de 1935, que esse dom começou a brilhar com maior
intensidade, e sua fama de santidade começou a se espalhar irresistivelmente
pelo Brasil inteiro. Tinha o costume de abençoar os fiéis com a seguinte
saudação: “Saúde e paz”. Muitas
vezes, com suas bênçãos, os enfermos saiam absolutamente curados, bem como os
corações “sarados” e cheios de paz...
Um dos maiores benefícios que o Padre Eustáquio fez à população
daquela região foi vencer o indiferentismo religioso e resgatar numerosas almas
que estavam se emaranhando nas teias da seita espírita.
Multidões cada vez maiores procuravam assiduamente o homem de Deus
para pedir o alívio de seus sofrimentos espirituais e físicos. A afluência de
povo era tão grande que chegaram a passar por Poá cerca de dez mil pessoas por dia.
A autoridade civil e a religiosa se inquietaram com isso. Por
intervenção do Arcebispo de São Paulo - arquidiocese à qual pertencia então Poá
- os superiores do Padre Eustáquio se viram obrigados a transferi-lo.
Nosso beato ficou chocado com a notícia. Não conseguia entender como
poderia ser impedido de exercer um carisma que claramente Deus lhe havia
concedido para o bem do povo. Mas, como pessoa virtuosa que era, obedeceu sem
pestanejar.
Sentindo-se um
indesejado
Com ar de muito abatimento, deixou sua querida Poá no dia 13 de maio
de 1941 sem nem sequer despedir- se das pessoas mais chegadas.
Teve de viver algum tempo oculto na cidade de São Paulo, numa
situação humilhante, sob a vigilância de seus superiores, sendo até mesmo
proibido de visitar seus amigos.
Desde a saída de Poá, a vida do Beato Eustáquio foi como a de um
migrante. Onde quer que estivesse havia pessoas que o procuravam para lhe pedir
ajuda, consolo e cura. Logo as multidões se lhe punham ao encalço, e isso
causava desagrados e incompreensões. Quase invariavelmente, pouco depois era
convidado a se retirar do local. É verdade que também recebeu mostras de
carinho, como do Arcebispo de Campinas. Mas a par disso houve cenas
constrangedoras, como quando foi obrigado a se retirar sem demora do Rio de
Janeiro, ocasião em que nem lhe queriam dar tempo de rezar o breviário.
De volta a Minas
Gerais
Em Belo Horizonte se conservam diversos pertences do Pe. Eustáquio,
como a batina e o porta-hóstia usado nas visitas aos doentes. Chamado pelo
jovem superior da comunidade da Congregação, em Patrocínio, Padre Eustáquio
pôde finalmente encontrar sossego. Havendo chegado à cidade em outubro de 1941,
ele sentiu-se de fato aliviado, pois seus companheiros de hábito, além de não
lhe colocarem obstáculos, ainda o ajudaram nos seus labores apostólicos. Ali
ele recebeu a comunicação de que o Arcebispo de Belo Horizonte queria sua
presença em sua arquidiocese.
Na capital de Minas, aonde chegou em 03 de abril de 1942, Padre
Eustáquio assumiu a paróquia dos Sagrados Corações, na qual permanecerá até 30
de agosto de 1943, dia de sua morte.
Após um início com algumas restrições, que fizeram temer a volta das
sanções já aplicadas em outros lugares, o Beato pôde exercer com toda a
liberdade os carismas da cura e do conselho, cumprindo a vocação para a qual o
Senhor o destinara.
Zeloso pastor de almas, Padre Eustáquio ia ao encontro de quem necessitasse de sua caridade pastoral, mesmo em lugares longínquos e de difícil acesso. |
Acima de tudo,
pastor de almas
Esse sacerdote exemplar, que sempre procurava remediar os males
corporais, nunca se esquecia de que sua principal missão era salvar almas. E,
nesse apostolado, "chegou a resultados que fazem lembrar os tempos da
Igreja primitiva", escreve seu biógrafo, o Pe. Venâncio SSCC.
Repercutiram sensacionalmente na imprensa os milagres atribuídos ao
Padre Eustáquio e há documentos de várias curas para as quais a ciência não tem
explicação. Mas ele operou "milagres" muito mais importantes, e numa
quantidade que de fato "fazem lembrar os tempos da Igreja primitiva":
a conversão de milhares de pecadores.
Passava seis horas
por dia atendendo confissões. Não
tinha dotes oratórios, mas possuía em
alto grau o dom da palavra ardente que move ao arrependimento e à mudança
de vida. Na paróquia de Poá, muitas vezes três coadjutores eram insuficientes para
atender os penitentes que faziam fila diante dos confessionários após ouvir uma
recomendação desse homem de Deus.
Durante um tríduo de pregações na maior igreja de Belo Horizonte,
nos três dias verificou-se um fato inédito: terminado o sermão, centenas de
homens de todas as classes e idades corriam ao confessionário, disputando o
privilégio de serem os primeiros a se reconciliarem com Deus. Movimentação
ainda maior ocorreu na páscoa dos funcionários públicos: mais de cinco mil pessoas obrigaram doze sacerdotes
a socorrerem-no no atendimento de confissões.
Donde lhe vinha esse poder de arrastar os pecadores à conversão? Do
esplendor de sua santidade...
Vida interior
exemplar
O Beato Eustáquio sabia que a alma de todo apostolado é a vida
interior. Por isso, mesmo quando passava a noite em claro, começava o dia às
cinco da manhã, para não se privar da hora de meditação quotidiana. Rezava o
Rosário. Passava horas em adoração diante de Jesus Eucarístico. Nunca se
dispensava de fazer seu exame de consciência nem de rezar o breviário.
Em certa ocasião, após um dia estafante, era noite alta e ele tinha
de partir de viagem imediatamente. Vendo seu enorme cansaço, disse-lhe um
bispo:
- Pe. Eustáquio, eu o dispenso de rezar o breviário hoje.
- Não posso, Excelência.
O dia inteiro trabalhei para os outros, agora preciso pensar um pouco em mim
mesmo.
Para esse religioso exemplar, a oração não era uma obrigação
enfadonha, mas sim o alimento restaurador das energias. Fortalecido por ela,
pôde ele realizar o empolgante lema de sua Congregação dos Sagrados Corações: "Para mim o trabalho, para o próximo a
utilidade, para os Sagrados Corações a honra e a glória".
Morte serena em
meio a lancinantes dores
No dia 20 de agosto de 1943, atendendo a um doente que sofria de
tifo exantemático, o Pe. Eustáquio contraiu essa grave enfermidade, então
incurável.
Em dez dias partiria para a eternidade. Prostrado no leito do
hospital, caminhando para a morte – que, aliás, ele mesmo profetizara -
permaneceu sempre sereno em meio a sofrimentos atrozes, de tal modo que seus
últimos dias foram dos mais edificantes de sua vida.
Várias vezes foi visto rezando a oração que ele mesmo costumava
ensinar aos outros:
"Ó meu Jesus,
eu Vos amo. Eu Vos amo com a vossa Cruz, com o vosso sofrimento, com o vosso
amor imenso. Ó Jesus, pelo sangue que derramastes e pelas lágrimas de vossa Mãe
Santíssima, dai vista aos cegos, andar aos paralíticos, saúde aos enfermos, paz
a todos os que sofrem e padecem. Meu Jesus, vossos passos quero seguir, vossas
palavras falar, vossos pensamentos pensar, vossa cruz carregar, vosso Corpo
comer, vosso Sangue beber, o pecado detestar e o Céu alcançar”.
Nos seus derradeiros momentos, renovou os votos religiosos, e só deu
o último suspiro depois de ver entrar em seu quarto, chorando e cansado por uma
longa e estafante viagem, seu superior provincial, com quem queria estar de
qualquer modo antes de morrer. Era 30 de agosto de 1943.
E Deus o
glorificou
Suas exéquias foram uma apoteose nunca antes vista na capital
mineira. Todos os jornais e emissoras de rádio lhe dedicaram grande espaço,
comentando seus dons e transcrevendo sua biografia. Pode-se dizer que a quase
totalidade da população compareceu para prestar-lhe as últimas homenagens. Sua
tumba tornou-se desde logo local de peregrinação. Em 1949, seus restos mortais
foram transladados para o interior da igreja que começara a construir.
Infinitamente mais importante, porém, é a glória com que foi
recebido no Céu, à qual a Santa Igreja acrescenta a glorificação dos altares,
ao beatificá-lo. Assim, o apresenta como modelo para os fiéis do mundo inteiro,
especialmente os párocos e os religiosos.
A cerimônia de beatificação foi presidida pelo Cardeal José Saraiva
Martins, Presidente da Congregação para as Causas dos Santos, concelebrada por
Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Arcebispo de Belo Horizonte, Dom Luiz Mancilha
Vilela, Arcebispo de Vitória, e numerosos outros bispos e sacerdotes, e contará
certamente com a assistência de muitos milhares de fiéis.
(Revista Arautos do Evangelho, Julho/2006, n. 54, p. 31 à 33)
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Painel da Beatificação de Padre Eustáquio |
Segundo
texto biográfico:
Humberto van Lieshout nasceu
em Aarle Rixtel, Holanda, em 03 de novembro de 1890. Educado por pais dedicados
e bons cristãos, e na convivência de seus oito irmãos, Humberto desenvolveu-se
como rapaz generoso e piedoso.
O exemplo arrasta...
Um dia caiu-lhe nas mãos a biografia do famoso missionário Padre
Damião de Veuster, o apóstolo da caridade cristã entre os asilados leprosos da
Ilha de Molokai (já canonizado pelo Papa Bento XVI). Quis imitá-lo e por isso
conseguiu matricular-se no Seminário dos Padres dos Sagrados Corações, mas
encontrou bastante dificuldade em seus estudos. Seu abnegado esforço, firmeza
de vontade e persistência venceram a fraqueza de seus talentos intelectuais.
No noviciado trocou o seu nome de batismo pelo de Eustáquio, e fez
sua profissão religiosa em 27 de janeiro de 1915. Dedicando-se muito à oração e
aos estudos, agora com menos dificuldade, no dia 10 de agosto de 1919 foi
ordenado sacerdote. Em sua imensa felicidade, pedia à suas duas irmãs
religiosas serem para ele no seu sacerdócio como Moisés na montanha, rezando
pelo bom êxito do seu apostolado.
Por quatro anos exerceu diversos ministérios na Holanda, onde ganhou
fama de caridoso e santo. Foi condecorado "Cavaleiro da Coroa" pelo
Rei Alberto da Bélgica, pelo seu trabalho junto aos refugiados belgas.
Em terras
brasileiras
Em 1925, finalmente, viu completar-se seu ideal vindo ao Brasil como
missionário, com mais dois companheiros. O então bispo de Uberaba, Servo de
Deus Dom Antônio de Almeida Lustosa, convidou sua congregação para vir a sua
diocese. Foi assim fundada a primeira casa da Congregação dos Sagrados Corações
no Brasil em Água Suja, MG, onde assumiram o Santuário de Nossa Senhora da
Abadia.
Em 1926 tornou-se vigário de três paróquias, com muitas capelas
anexas. Seus paroquianos eram pessoas simples, sem instrução religiosa. No começo,
custou-lhe ganhar a simpatia daquele povo desconfiado. Visitava os doentes nas
choupanas, distribuía roupas e alimentos aos necessitados, acudia aos problemas
familiares. Era pai, amigo, advogado e piedoso pastor das almas.
Reabriu a escola rural, moralizou as festas da Padroeira, pregou
missões populares em todas as três paróquias. Iniciou a construção do novo
Santuário, tão conhecido hoje por todo o povo do Triângulo Mineiro. Conquistou
assim toda a região, e ganhou fama de santo e milagreiro.
Quando foi transferido para Poá, SP, o povo não permitiu a sua
saída. Somente dois meses depois, quando as coisas acalmaram, ele pode assumir
essa nova paróquia recém-criada.
Poá fazia parte da zona suburbana da capital de São Paulo e a
maioria da sua população trabalhava nas fábricas e indústrias de São Miguel e
São Paulo. Sendo vigário da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, atendia várias
outras paróquias vizinhas com seus dois padres coadjutores. Iniciou seu
apostolado e as pregações em toda a região. Após uma viagem à Holanda e a
Lourdes, na França, de onde trouxe não só muitos donativos, mas, também, muita
água da fonte milagrosa, erigiu ao lado da igreja uma imitação da gruta de
Lourdes.
Suas pregações e bênçãos logo criaram fama e projetaram o seu nome
pelo estado e até Brasil afora...Passou a ser conhecido como o "Vigário de
Poá". A notícia das curas do ‘santo’ Pe. Eustáquio fizeram afluir muita
gente à sua procura. Milhares de pessoas se apinhavam nas ruas da pequena
cidade de Poá, que não comportava tanto movimento de gente. A todos o bom padre
procurava sempre atender ou dar sua bênção.
Em maio de 1941 a situação tornou-se insustentável e Pe. Eustáquio
teve que ser transferido. Por onde passava as multidões acorriam e assim não
conseguia mais descansar.
Após algumas transferências, foi empossado como vigário da Paróquia
de São Domingos em Belo Horizonte, MG, em 07 de abril de 1942. Por ordem dos
superiores, somente no confessionário podia atender os não paroquianos, em
número reduzido, em horários fixos. Assim podia conduzir o seu apostolado na
paróquia como um vigário normalmente faria.
A pedido do bispo realizou inúmeras atividades em outras paróquias
da capital mineira, como retiros, conferências e confissões; o mesmo aconteceu
em outras cidades do interior. Era incansável no trabalho pastoral, e assim
consumiu sua robustez física.
Para a Casa do
Pai...
De repente a notícia alarmante: Pe. Eustáquio adoecera gravemente,
picado por um carrapato perigoso, em suas andanças pelas vilas abandonadas de
sua paróquia. Contraíra tifo exantemático, mal para o qual não havia tratamento
adequado naquele tempo. Diversas vezes havia predito sua morte próxima. Em
julho de 1942, quando atendera uma senhora acamada havia anos e que pedia a
Deus de ir para o céu, disse: "A senhora
viverá, ainda, por muitos anos. Sou eu quem vou morrer no ano que vem".
Sofreu terrivelmente, mas aguardou a morte com calma e alegria. Dia
30 de agosto de 1943 sua bela alma descansou definitivamente na paz de Deus.
Dia 31 foi decretado luto oficial no município de Belo Horizonte, e toda a
cidade acorreu para o último adeus.
Durante cinco anos seu túmulo foi constantemente visitado por gente
de todo o Brasil e em 1949 foi feita a exumação e trasladação para a sepultura
definitiva na Igreja dos Sagrados Corações, cuja construção ele mesmo iniciara
em 13 de maio de 1943.
Oração
SENHOR JESUS, nosso Bom Pastor, vós que um dia
manifestastes imensa compaixão pelo povo, vendo-o como um rebanho sem pastor,
nós vos agradecemos o bom pastor que nos destes na pessoa de vosso servo e
amigo Pe. Eustáquio. Ele compreendeu vosso exemplo de total amor ao Pai e aos
irmãos, ouviu vosso chamado e realizou-o com generosidade.
Senhor, vós o fizestes um sacerdote e missionário, filho
dos Sagrados Corações, que se destacou pela dedicação em celebrar os
sacramentos, pela paciência no aconselhamento espiritual, pelo zelo no anúncio
do Evangelho e pela compaixão com os sofredores e aflitos. Assim, ele viveu sua
especial consagração, tornando-se, por vossa graça e por seu esforço, um homem
de Deus e do povo, honra para vós e exemplo para todos que continuais a chamar
para vossa própria missão. Por isso, conforme vossa vontade, fazemos uma
súplica pelos padres, religiosos, missionários e leigos atuantes em nossas
comunidades. Que sejam santos, fiéis e numerosos.
Mais ainda, Senhor: nós vos pedimos com humildade e
confiança, que glorifiqueis vosso servo Pe. Eustáquio, dando à vossa Igreja, e
em especial à Igreja do Brasil, a alegria de invocá-lo oficialmente como santo.
Para que a fama e a verdade de suas virtudes sempre mais se acentuem entre nós,
rogamos através dele, a graça que tanto desejamos..........
Ó Bom Pastor, que a abundância da vossa misericórdia não
se detenha aí, mas concedei também que nossas vidas sejam animadas por um
grande amor para convosco e para com os nossos irmãos, assim como foi a vida do
Pe. Eustáquio, que afirmou: "Ganhar almas, aliviar dores e sofrimentos:
eis meu grande ideal inspirado por Deus". QUE ASSIM SEJA! AMÉM.
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