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sexta-feira, 10 de abril de 2015

Serva de Deus Maria da Conceição de São Jaime e Santa Teresa, Virgem Carmelita Descalça. Apóstola da Devoção ao Coração de Jesus.


Maria da Conceição de Oleza Gual de Torrella nasceu a 25 de Abril de 1905, no seio de uma das famílias mais importantes e abastadas, em em Palma de Maiorca. Foi batizada no dia seguinte na Paróquia de Santa Eulália de Palma de Maiorca.
Era a primogênita de nove filhos de uma família feliz. Seus pais, Jaime de Oleza e de Espanha e Maria da Conceição Gual de Torrella e de Villalonga, eram cristãos fervorosos e grandes devotos do Coração de Jesus. Recebeu uma esmerada educação e formação humana, religiosa, cultural e artística.
Fez a sua Primeira Comunhão aos sete anos de idade.
Maria era uma exímia pintora e deixou-nos um vasto espólio que revela bem um sentido artístico apurado.
Simpática, bonita, elegante participava com entusiasmo em todas as festas e bailes, como era costume entre as pessoas da sua condição social.
Adorava a leitura, o desporto (tênis, natação e equitação) e cinema. Aos 22 anos, enamorou-se radicalmente por Jesus e iniciou um processo de discernimento vocacional.
Maria entrou no Carmelo a 24 de Outubro de 1928, dia de São Rafael. Contava então 23 anos.
No dia 25 de Abril de 1929 recebeu o hábito e tomou o nome de Maria da Conceição de São Jaime e Santa Teresa (para homenagear seu pai, sua mãe e sua nova mãe, Santa Teresa). No ano seguinte fez os primeiros votos e passados três anos fez a sua Profissão Solene como carmelita descalça.
Foi priora durante 21 anos, não consecutivos, e a que mais tempo exerceu o cargo desde a fundação do mosteiro em 1617.
Durante os 70 anos de vida religiosa, empenhou-se na santidade mediante o cumprimento da Regra e das Constituições, com um esforço constante e crescente: “sem mitigação, até à morte”.
Grande devota do Sagrado Coração de Jesus, a Ele se consagrou e n’Ele estabeleceu a sua morada. Repetia continuamente a jaculatória: “Coração de Jesus, eu confio em Vós”.
Era de uma profunda humildade, duma caridade sempre em ação e duma esperança sempre renovada.
Viveu por amor e para o Amor, por isso pôde dizer no final da sua vida: “No Carmelo fui imensamente feliz”.
Na sua vocação contemplativa, a Madre Conceição imolou-se cada dia, numa doação por amor, no silêncio e na humildade do Carmelo, oferecendo a sua oração pela salvação dos homens e pelas necessidades do mundo.


Num dos seus escritos, no Carmelo, ela escreveu: “Procurei olhar Jesus no seu zelo pelas almas, para imitá-lo em Nazaré, na sua vida de trabalho e na sua vida apostólica. Quero, meu Deus, que toda a minha vida seja apostolado, à carmelita, oculta no Teu Coração”.
Entregou a sua alma a Deus aos 93 anos de idade no dia 07 de Fevereiro de 1999. Sua morte foi acompanhada por muitos sinais que revelavam o quanto sua alma era querida por Deus.
Foi iniciada a sua causa de canonização na diocese de Palma, como eco do seu odor de santidade que cada vez mais se espalha por toda a parte.
Foi imitando Jesus, na sua vida escondida de Nazaré, que a Madre Conceição se santificou e irradiou, à sua volta, a vida da graça.


Cronologia de sua vida:
Nascimento: 25 de Abril de 1905
Batismo: 26 de Abril de 1905
Confirmação: 12 de Junho de 1907
Primeira Comunhão: 20 de Junho de 1912
Entrada no Carmelo: 24 de Outubro de 1928
Profissão Simples: 26 de Abril de 1930
Profissão Solene: 26 de Abril de 1933
Falecimento: 07 de Fevereiro de 1999



Alguns pensamentos da Serva de Deus:
1.  “Contemplar com frequência o Infinito que me envolve por todo o lado, perder-me n’Ele e eliminar todas as formas de orgulho. – Destinar um momento de manhã e outro à tarde para pensar n’Ele de joelhos, saboreando estas lindas palavras: ‘Meu Deus e meu tudo!’”.
2.  “Assistir à Santa Missa, como o ato maior do dia, como se estivesse no calvário, na companhia de Maria”.
3.  “Em cada hora pedir o reinado do Coração de Jesus e pelos sacerdotes”.
4.  “Quero deveras trabalhar para alcançar a santidade. Não quero ser uma mancha na Igreja e na Ordem”.
5.  “Proponho-me amar a Deus com todo o meu coração, apaixonadamente, e ao próximo por Deus, com delicadeza como trataria a Cristo”.
6.  “Fazer tudo como faria Jesus, pensando em Deus, amando a Deus e fazendo tudo por ser a vontade de Deus, e renovar estes atos 12 vezes cada hora”.
7.  “Como vão passando os anos, vejo com mais claridade que o fim da nossa vida é conhecer, amar e servir a Deus nesta vida e depois vê-Lo e gozá-Lo eternamente…”.
8.  “Não posso perder nem um minuto”.
9.  “Quero ser santa custe o que custar”!
10.                    “O amor não cansa. Se se cansa, não é amor”...
11.                     “Amar é dar-se, sacrificar-se, esquecer-se para agradar aquele a quem se ama”.
12.                    “Terrível o poder da natureza humana: poder dizer sim, ou não, a Deus. Se dizemos não da Deus, diante da perfeição que exige de nós, privamo-nos de inumeráveis graças, e talvez milhares de almas não se salvarão… Diante da vontade de Deus, nas pequenas ou grandes coisas, devemos responder como a Virgem: Ecce ancilla Domini. Fiat… Sempre Fiat”.
13.                    “Proponho-me evitar toda a imperfeição deliberada e trabalhar para diminuir os pecados e faltas semideliberadas. Convenci-me que devo tudo a Jesus Cristo e que até agora não fiz quase nada, senão pecar e perder tempo”.
14.                    “Diante de Jesus Crucificado proponho-me firmemente unir-me a Ele em todas as minhas obras e fazê-las como Ele as faria”. (Exercícios Espirituais de 1958).
15.                    “Quanta diferença entre a minha pobreza e a pobreza de Cristo! Cristo num pobre estábulo, e eu em acomodado aposento; Cristo alegra-se numa total penúria, e eu queixo-me de que me falta o não necessário; Cristo padece necessidades na habitação, alimentação e vestuário; e eu só desejo roupa delicada, comida saborosa e esplêndida habitação. Quando imitarei o que adoro”?
16.                    “Estarei sempre indiferente a viver em qualquer lugar, e a tomar qualquer alimento, ainda que seja o mais incômodo e vil, alegrando-me de sentir os efeitos da santa pobreza. Estando onde Tu quiseres, qualquer choça me servirá de palácio”.
17.                    “Ó, Senhor, que ouves o desejo do pobre, dá-me aquilo que o mais pobre dos pobres considere rico tendo-Te a Ti”.  (Madre Maria da Conceição de S. Jaime e Santa Teresa, Exercícios de 1957).




ATO DE CONSAGRAÇÃO AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
(A Madre Conceição consagrou-se ao Coração de Jesus com esta fórmula)

“Minha Mãe Imaculada, ainda que seja uma tua indigna filha, venho até ti, pois sei que nesta ocasião te agradará o meu desejo. Quero ser toda do Coração de Jesus, mas sendo tu minha mãe não quero dar um só passo sem ti. Aqui tens a minha pobre consagração, acolhe-a como te aprouver e depois nas tuas puríssimas mãos, ou se achares melhor guardada no teu puríssimo Coração, apresenta-a ao Coração do teu Filho, e logo, Mãe querida, toma o encargo de ma fazer cumprir, a fim de que conste, eternamente, que tudo o que eu alcançar por esta via, a glória, depois do Coração de Jesus, se deve a ti.
Coração dulcíssimo de Jesus, meu Rei de bondade e de amor, quero ser tua por completo e para sempre. Aceito gozosa este pacto que desejas, tão doce e tão honroso, de cuidares Tu de mim, e eu de Ti, ainda que saias a perder.
Aqui me tens, a mim e tudo que é meu; é tudo Teu. Faz o que quiseres, sem atender o meu gosto ou desconsolo que, ainda que morra em Ti esperarei e de Ti me fiarei. Aqui tens a minha alma com as suas potências e a sua liberdade, para que a uses sem limites.
A minha salvação eterna, o meu grau de glória no Céu, e de virtude na terra, o meu progresso espiritual; em tudo nada quero que Tu não queiras, pois os meus interesses, agora, são os Teus.
O meu corpo, a minha saúde e vida, dá-me o que Te agradar e na medida da Tua vontade. As minhas boas obras, feitas ou por fazer, até ao meu último instante, de pouco te servirão, mas quanto valham, aí as tens.

Como não são minhas já não disporei delas, senão nos casos de obrigação, ou nas obras pedidas pela caridade, mas com a condição expressa de que sejam do Teu agrado.
Quanto por mim oferecerem, durante a minha vida ou depois da minha morte. Os meus assuntos, a minha família, ofícios, projetos, amigos, obras de zelo, etc. Tu sabes melhor do que eu o que mais convém para a Tua glória e para o meu bem. Faz tudo como Te agradar, ainda que me custe.
Em tudo isto quero fazer como se o êxito dependesse só de mim, mas que o resultado seja só Teu, não as minhas pobres diligências, mas que Tu leves tudo ao seu término.
Quero meu Deus, esquecer-me por completo de mim mesma, e de todo o interesse próprio, e confiar absolutamente em Ti, descansando com paz, segura e tranquila na Tua doce providência. Ajuda-me a consegui-lo.
Proponho-me fazer tudo quanto possa para não ter outro ideal na terra nem no céu que os teus santos interesses. Trabalhar para que reines em todos os corações, servindo-me, para isso, de todos os meios que estiverem ao meu alcance, a saber:
- Oração, o mais constante possível, pedindo o Teu reinado em todas as partes e a todas as horas: na Igreja, em casa e em todas as ocupações diárias.
- Sacrifício passivo de aceitação resignada e alegre, de quantos sofrimentos possam aparecer, dessas mil coisas pequenas que se oferecem diariamente, e de outras mais graves que a Providência permita, para que Tu reines;
- Sacrifício ativo, com penitencias externas e vencimentos internos do meu caráter, feitio, paixões e más inclinações, sobretudo conseguindo, com valentia, a mortificação contínua nas mil pequenas coisas que se oferecem a cada momento.
- Atos de virtude, cumprindo com esmero os deveres de cada instante, dando muito bom exemplo, mas sem chamar a atenção em nada.
- Propaganda do que Tu me inspirares. E como vejo, com pena, que além de não reinares em milhares de corações, o Teu Santo Nome é ultrajado e traído por causa das nossas culpas, sobretudo as que tocam o Sacramento do Teu Amor, eu quero fazer o possível, com o sofrimento, preces e sacrifícios, vida santa, apostolado, para reparar a Tua honra e glória divinas e restituir-lhes, segundo a minha pequenez e miséria, a luz e o esplendor que Te é tão merecido.

Por último proponho:
- Vida Eucarística o mais intensa possível com a comunhão diária, sobretudo nas primeiras Sextas-feiras. Com visitas ao Santíssimo Sacramento, sempre que possível pessoalmente, e continuamente em espírito.
- Ler e meditar, quanto me for possível, coisas desta Devoção, para melhor conhecê-la, praticá-la e divulgá-la.
- Renovar todos os dias esta minha consagração com a maior seriedade.
Muito me determinei a fazer, Coração amabilíssimo, mas como Tu, mais do que eu, há de ser quem agirá, não duvido em comprometer-me. Tudo espero de Ti, de mim não espero nada e alegro-me que assim seja, a fim de que eternamente conste que toda a glória é Tua e a mim não se deve coisa alguma”. Amém.




Consagração ao Coração de Jesus (fórmula resumida)

Coração de Jesus… quero ser tua por completo e para sempre. Aceito gostosa este pacto que desejas, tão doce e tão honroso, de cuidares Tu de mim, e eu de Ti… Ainda que morra em Ti esperarei e de Ti me fiarei… Quero meu Deus, esquecer-me por completo de mim mesma e de todo o interesse próprio e fiar-me em absoluto de Ti, descansando com paz, segura e tranquila na Tua doce providência…
Proponho fazer tudo quanto possa para não ter outro ideal na terra nem no céu que os teus santos interesses.
Trabalhar para que reines em todos os corações…
Oração, o mais constante que possa, pedindo o Teu reinado em todas as partes e a todas as horas… e em todas as ocupações diárias.
Sacrifício passivo, para que reines…
Sacrifício ativo, com penitencias externas e vencimentos internos… a mortificação contínua…
Atos de virtude, cumprindo com esmero os deveres de cada instante, dando muito bom exemplo, mas sem chamar a atenção em nada…
Quero fazer o possível, com o sofrimento, preces e sacrifícios, vida santa, apostolado, para reparar a Tua honra e glória divinas e restituir-lhes, segundo a minha pequenez e miséria, a luz e o esplendor que Te é tão merecido.
Tudo espero de Ti e de mim não espero nada e alegro-me que assim seja, a fim de que eternamente conste que toda a glória é Tua e a mim não se deve coisa alguma.


Madre Maria da Conceição de S. Jaime e Santa Teresa

Um comentário:

Unknown disse...

Farei de hoje em diante de vc um espelho pra te ver nos altares como Santa da Santa igreja católica

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