1. Nhá Chica, a leiga
Francisca Paula de Jesus (1810-1895), nasceu em Santo Antônio do Rio das
Mortes, distrito de São João Del Rei (MG). Se mudou para Baependi aos oito anos
e levou uma vida de religiosidade e dedicação aos pobres, o que lhe conferiu o
título de "mãe dos pobres". A comissão em prol de sua beatificação
começou em 1989. Em 1991, ela passou a ser considerada serva de Deus, a
primeira nomeação do processo de canonização. Em 2012, foi elevada a venerável
com reconhecimento pelo Vaticano da cura da doença de coração de uma devota, o
que permitiu sua beatificação, em 2013.
2.
Dom Francisco
Expedito Lopes
nasceu em Sobral (CE), em 1914, e morreu em 1957, quando foi assassinado com
três tiros, disparados por um padre que ele havia sido destituído das funções sacerdotais por namorar uma prima. O crime ocorreu na capela da residência episcopal. Dom Francisco agonizou por 08 horas antes de morrer. Durante esse tempo, rezava fervorosamente, oferecendo a Deus a sua morte pelo bem da diocese (Garanhuns) e pela santificação do clero. Por sua dedicação aos pobres, heroísmo perante a morte e perdão ao assassino, ganhou fama de santidade e foi nomeado Servo de Deus.
3.
Odete Vidal de
Oliveira,
a Odetinha, possui o processo de beatificação mais novo, aberto em 18 de
janeiro de 2013, pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. Ela morreu aos 9 anos, em
1939, vítima de meningite. A ela são atribuídos relatos de cura e de
intercessões em situações críticas, como o de uma mulher que se curou de uma
miopia evolutiva que a levaria à cegueira e o de outra que sobreviveu a uma
grave hemorragia após complicações durante o parto. Pode se tornar a primeira
santa nascida no Rio.
4.
Servo
de Deus, Dom Frei Vital (1844-1878)
nasceu no Sítio Jaqueira do Engenho Aurora, atual município de Pedras de Fogo
(PE). Foi nomeado bispo de Olinda (PE) em 1871, se tornando o primeiro bispo da
ordem dos Capuchinhos do Brasil. Ficou conhecido por recusar os escravos postos
a seu serviço quando bispo, declarando que todos os cristãos eram iguais diante
de Deus. Ele também chegou a ser preso, em 1874, por discordar do Governo
Imperial. Foi anistiado a pedido do papa Pio IX, em 1875, quando viajou para a
Europa, onde morreu com fama de santidade.
5.
Franz de Castro
Holzwart
(1942-1981) nasceu em Barra do Piraí (RJ). Advogado, morou e trabalhou pastoralmente
em Jacareí (SP) e São José dos Campos (SP), onde, em 1973, ingressou na APAC
(Associação de Proteção e Assistência aos Condenados). Foi assassinado numa
rebelião de presos, em São Paulo, aos 42 anos, após se oferecer para ficar como
refém no lugar de uma vítima. Com sua morte, tornou-se conhecido popularmente
como mártir da Pastoral Carcerária e virou servo de Deus. Seu processo de
canonização foi iniciado em 2009.
6.
Pio Giannotti, o
Frei Damião
(1898-1997), é religioso muito conhecido no Nordeste por suas missões e
romarias. Nasceu em Bozzano, na Itália, e participou da I Guerra Mundial aos
19 anos. Quando chegou ao Brasil, em 1931, foi para o Convento de São Félix, da
ordem do Capuchinhos, em Recife (PE), onde desenvolveu um estilo próprio de evangelização,
por meio das Santas Missões, que arrastava multidões nas diversas cidades do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Alagoas pelas quais passou. Era muito querido e respeitado pelos fiéis.
Por sua fama, tornou-se Servo de Deus.
7.
A
Serva de Deus Ginetta Calliari
nasceu na cidade de Lavis, na Itália, em 1918. Chegou ao Recife em 1959 junto
com outros sete jovens. Foi uma das primeiras companheiras de Chiara Lubich,
com quem fundou o Movimento dos Focolares no Brasil. Encarnou perfeitamente o espírito da fundadora. Era alegre, expansiva, cheia da amor e ardor por Deus e pela Igreja. Morreu em odor de santidade em 2001.
8.
Advogado,
Padre Ibiapina (1809-1885) nasceu em
Sobral (CE) e passou a vida defendendo os direitos dos camponeses. Iniciou uma
grande peregrinação pelo sertão nordestino, praticando obras filantrópicas,
socorrendo os mais necessitados e erguendo inúmeras casas de caridade, igrejas,
açudes e outras obras. Ganhou fama de profeta e milagreiro e, segundo
historiadores, serviu de inspiração para outras personalidades do Nordeste,
como Antônio Conselheiro e padre Cícero. Foi reconhecido Servo de Deus.
9.
Rodolfo Komorek nasceu em 1890,
em Bielsko, na Polônia. Participou da I Guerra Mundial como capelão militar e
chegou ao Brasil em 1924, aos 30 anos, para dar atendimento espiritual aos
colonos poloneses de Dom Feliciano (RS). Estabeleceu-se em São José dos Campos
(SP), onde desempenhou seu ministério sacerdotal com grande zelo, fervor e amor pelo povo e pela Igreja. Era muito querido por todos e gozava de grande fama de santidade. Sua morte, em 1949, foi marcada pelas manifestações de carinho da
população da cidade. É Venerável, pois suas virtudes foram consideradas heroicas.
10.
Floripes
Dornelas de Jesus,
a santa Lola, nasceu em Mercês (MG), em 1913. Aos 22 anos, sofreu um grave
acidente, caindo de uma jabuticabeira, que a deixou paraplégica. Decidiu
dedicar sua vida à religiosidade e, aos poucos, passou a não se alimentar. Dois
anos após seu acidente, já não comia, bebia ou dormia. Alimentou-se apenas de
hóstia durante 65 anos, o que provocou a curiosidade dos fiéis, levando
diversas romarias à sua casa, na cidade de Rio Pomba (MG). Morreu em 1999. É
Serva de Deus.
11.
Padre Bento Dias
Pacheco
nasceu em Itu (SP) em 1819. Ao tornar-se padre, vendeu tudo que tinha,
distribuiu o dinheiro aos pobres e se dedicou a cuidar de leprosos por 42 anos.
Morreu em 1911, sem nunca contrair a doença, e ganhou fama de santidade desde
então. Em março de 2003, foi instalada pela Cúria de Jundiaí, a Causa de
Beatificação e Canonização do Padre Bento. É Servo de Deus.
12.
Dom Gabriel
Paulino Bueno Couto
nasceu em 1910, em Itu (SP). Durante a II Guerra Mundial, atendeu a um dos seus
confrades tuberculoso e também contraiu a doença. De volta para o Brasil, foi
eleito primeiro bispo de Jundiaí, onde permaneceu até sua morte, em 1982. Austero consigo mesmo, porém, dulcíssimo pastor de almas, morreu com fama de santo e místico. Foi nomeado Servo de Deus.
13.
O
padre Manuel Gómez González, da
Espanha, e o coroinha Adílio Daronch,
nascido em Dona Francisca (RS), foram amarrados em árvores e fuzilados por
anticlericais (maçonaria) em 1924. A história de sua vida e a glória de seu martírio já foram escritos no presente blog. Foram beatificados em 2007. São exemplos de fidelidade ao Cristo e à sua Igreja. Seus corpos, encontrados dias depois de mortos, conservavam-se ainda frescos e o sangue derramado em estado líquido.
14. A
amazonense Serafina Cinque tornou-se
famosa por ter iniciado em 1971 a Casa Divina Providência para gestantes
desassistidas de Altamira (PA) e o Refúgio São Gaspar para abrigar doentes de
várias idades. Por suas ações, seu amor, carinho e e dedicação aos pobre e sofredores, foi chamada de "O Anjo da
Transamazônica". Com sua morte, em 1988, a fama de santidade de irmã
Serafina se espalhou. É Serva de Deus.
15.
Em
1645, holandeses que ocupavam o Nordeste do Brasil atacaram a capela de Nossa
Senhora das Candeias, em Cunhaú (RN), onde 69 pessoas participavam da missa de
domingo. Aterrorizados, moradores então fugiram para o forte dos Reis Magos ou
se refugiaram em abrigos improvisados. Depois, sofreram novo ataque de índios e
soldados holandeses. O episódio, que ficou conhecido como Martírio de Cunhaú e
de Uruaçu, é o único caso de processo de beatificação coletiva no Brasil. Em
1998, por decreto do Papa São João Paulo II, dois padres: André de Soveral, Ambrósio
Francisco Ferro e 28 leigos: Mateus
Moreira e 27 Companheiros, foram beatificados.
16.
Padre Aloísio
Boeing
nasceu em Vargem do Cedro (SC), em 1913. Foi mestre de noviços durante 24 anos
e era muito estimado devido à amabilidade com que acolhia os alunos que o
procuravam. Em 1974, fundou a Fraternidade Mariana do Coração de Jesus, em
Jaraguá do Sul (SC), onde viveu até sua morte, em 2006. Muitos testemunham já
ter alcançados graças pela intercessão de padre Aloísio, que foi declarado Servo
de Deus pelo Vaticano.
17.
A
catarinense Albertina Berkenbrok, jovem muito católica, boa filha e modelo de pureza e vida cristã, (1919-1931) nasceu em Imaruí (SC) e morreu ao ser degolada durante uma
tentativa de estupro. O assassino era um empregado do pai da menina. Sua fama
de santidade se espalhou rapidamente e ela passou a ser considerada mártir, o
que dispensa o registro de milagres junto a fiéis para que alguém seja
beatificado. Foi beatificada em 2007.
18.
Zélia Amália e Jerônimo Bulhões se casaram em 1876, no
Rio de Janeiro. Com uma vida de dedicação aos pobres, o casal ficou conhecido
por jamais tratar como propriedade os escravos, que viviam em liberdade e
recebiam salário. Viviam em plena harmonia familiar, com evangelizadores e promotores da fé em seu lar. Os três filhos do casal tornaram-se sacerdotes e as cinco filhas tornaram-se freiras. A fama de santidade do casal cresceu, e eles foram declarados
Servos de Deus.
19. Irmã Dulce nasceu em Salvador
(1914-1992). Passou a vida ajudando os mais pobres e os necessitados. Aos 18
anos, recebeu o diploma de professora e entrou para a Congregação da Irmãs
Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, do Convento de São
Cristóvão, em Sergipe. Voltou a Salvador, onde trabalhou como enfermeira
voluntária e professora de Geografia, mas, sem vocação para lecionar,
dedicou-se ao trabalho social nas ruas. Em 1988, foi indicada ao Nobel da Paz
pelo então presidente José Sarney. Morreu em 1992, de causas naturais. À semelhança da Beata Teresa de Calcutá, já gozava, em vida, da veneração pública e fama de santidade. Em 2000,
recebeu do papa São João Paulo II o título de Serva de Deus e, em 2011, foi
beatificada.
20.
Antonio da Rocha
Marmo,
mais conhecido como “santo Antoninho”, morreu aos 12 anos, vítima de
tuberculose, no começo do século passado. Tinha grande amor por Jesus, por Maria, pelo Santo Padre e pela Sagrada Eucaristia. Seu passatempo predileto era brincar
de celebrar missas no quintal de casa e ajudar os pobres. Desde sua morte, seu
túmulo atrai fiéis ao cemitério da Consolação, na região central da capital
paulista. São atribuídos à sua intercessão graças extraordinárias. Foi declarado Servo de Deus.
21.
Irmã Lindalva
Justo de Oliveira
nasceu em 1953 em Sítio Malhada da Areia, zona pobre do Rio Grande do Norte. Em
1986, começou a frequentar o movimento vocacional das Filhas de Caridade, que
ajudava a população carente da cidade. Em 1991, foi enviada para servir
quarenta idosos de um asilo em Salvador. Autêntica filha de São Vicente de Paulo, servia aos pobres e enfermos com alegria e desvelo. Em 1993, foi assassinada por um homem
que se apaixonou por ela no asilo. Irmã Lindalva foi beatificada em 2007.
22.
Irmão Roberto
Giovanni
nasceu em Rio Claro (SP), em 1903. Viveu a maior parte de sua vida na cidade de
Casa Branca (SP), onde se dedicou aos trabalhos domésticos e paroquiais, dando
assistência espiritual aos pobres e doentes. Encarnou a espiritualidade de seu fundador, São Gaspar Bertoni, sendo um grande promotor do carisma estigmatino. Todos que se achegavam a ele percebiam que era um homem de Deus. Morreu em 1994, aos 90 anos, com grande fama de santidade. Seu
processo de canonização foi iniciado em 2010, quando passou a ser Servo de
Deus.
23.
Padre Vítor
Coelho de Almeida
nasceu em 1899 na cidade mineira de Sacramento. Aos 08 anos, quando ficou órfão
de mãe, foi colocado no Seminário Santo Afonso, em Aparecida do Norte (SP),
onde recebeu o hábito redentorista e trabalhou nas Santas Missões. Na Rádio
Aparecida, tornou-se conhecido como o "Apóstolo do Rádio". Foi um grande e incansável apóstolo da Rainha do Brasil. Era chamado
de “santo” já em vida e morreu aos 87 anos. É Servo de Deus.
24.
Beato Francisco
de Paula Victor
nasceu em 1827, em Campanha (MG). Era filho de escrava, mas não foi criado como
propriedade, pois sua madrinha, dona da fazenda onde vivia, era abolicionista.
Cresceu muito pobre e exerceu desde cedo a humildade. Ordenado padre aos 24
anos, fundou o Colégio Sagrada Família de Três Pontas (MG), onde foi professor
e diretor por 30 anos. Morreu em 1905, aos 78 anos. É Servo de Deus.
25.
Madre Maria
Teresa de Jesus Eucarístico nasceu na capital paulista em 1901, com nome de
batismo Dulce Maria dos Santos. Aos 21 anos, descobriu que tinha tuberculose,
doença difícil de ser tratada na época, e se mudou para São José dos Campos
(SP). Em contato com hospitais, passou a cuidar de outros doentes. Do seu
trabalho em São José dos Campos (SP) nasceu o Instituto Pequenas Missionárias
de Maria Imaculada. Morreu em 1972 e foi nomeada Serva de Deus.
26.
Nelson Santana, o Nelsinho,
nasceu em Bom Jesus de Ibitinga (SP), em 1955. Era uma criança que manifestava,
desde tenra idade, grande amor por Jesus, por Maria e pela Igreja. Um câncer em
seu braço esquerdo (quem em nada abateu-lhe a alegria interior e a fé) o levou
à morte, em 1964, aos 09 anos. Após sua morte, vários fiéis disseram terem sido
curados por intervenção de Nelsinho. Assim, iniciou-se seu processo de
beatificação. Em 2011, foi declarado servo de Deus.
27.
Madre Maria
Teodora Voiron
nasceu em 1835, em Chambéry, na França, onde entrou para o noviciado da
Congregação das Irmãs de São José e ajudou as vítimas do Cólera. Veio para o
Brasil em 1859, estabelecendo-se em Itu (SP), onde foi madre superiora com
apenas 24 anos. Dedicou-se à educação e trabalhou na abertura do colégio do
Patrocínio, primeiro colégio de irmãs para meninas e moças do Estado. Também
abriu uma escola gratuita para as meninas escravas e cuidou da formação
religiosa de escravas adultas. Morreu em 1925, aos 90 anos. Em 1989, foi declarada
venerável e, em 2011, Beata.
28.
Padre Donizetti
Tavares de Lima
nasceu em Cássia (MG), em 1882. Ordenado sacerdote em Pouso Alegre (MG), foi
por muitos anos pároco da paróquia Santo Antônio, de Tambaú (SP), onde realizou
diversas ações, principalmente em benefício dos pobres, e onde permaneceu até
morrer em 1961, com fama de santo. É Servo de Deus.
29.
Isabel Cristina
Mrad Campos
nasceu em 1962, em Barbacena (MG). Jovem católica praticante e cheia de ideais,
sonhava ser pediatra para ajudar crianças carentes e foi para Juiz de Fora (MG)
em 1982 para frequentar um curso pré-vestibular. No mesmo ano, um homem que foi
montar um guarda-roupa no apartamento onde vivia com seu irmão a agrediu,
tentou violenta-la, porém, como não conseguiu devido à sua resistência, a matou
com várias facadas. Pela defesa da virtude da pureza, Isabel Cristina recebeu o
título de Serva de Deus. Se sua morte for considerada pela Igreja verdadeiro
martírio, será beatificada.
31.
Padre Nazareno
Lanciotti
nasceu em Roma, na Itália, em 1940. Veio para o Brasil em 1972 e se estabeleceu
na cidade de Jauru (MT). Lá, foi presidente nacional do Movimento Sacerdotal
Mariano, se dedicou à paróquia local e elaborou um projeto de ampliação de um
pequeno hospital, comovido com o número de crianças que morriam na cidade.
Morreu em 2001 depois de receber um tiro na nuca, na Casa Paroquial, de um
homem que cochichou em seu ouvido que ele "incomodava gente
poderosa". Foi declarado Servo de Deus.
32.
Padre Giuseppe
Marchetti
nasceu em 1869, em Lombrici de Camaiore, na Itália, e chegou ao Brasil aos 25
anos. Dedicou-se aos órfãos, enfermos, idosos e emigrantes italianos, ajudando
a fundar o Orfanato Cristóvão Colombo, em São Paulo. Morreu em 1986 de febre
tifóide, contraída dos doentes a quem ajudava. É Servo de Deus.
33. Maria Assunta
Marchetti,
irmã do padre Giuseppe Marchetti, nasceu em Lombrici de Camaiore, na Itália, em
1871. Em 1895, veio ajudar seu irmão em sua missão no Brasil para cuidar de
órfãos de imigrantes italianos e de doentes. Prodigalizou-se na caridade e no amor para com os sofredores, sendo verdadeira mãe e anjo para eles.
Um grave ferimento na perna,
durante o atendimento a um enfermo, levou-a à morte, em 1948. Foi beatificada em 2014, na Catedral de São Paulo.
34. São José de Anchieta, conhecido como Padre Anchieta, nasceu em 1534, nas Ilhas Canárias, pertencente à Espanha. Membro
da Companhia de Jesus, Jesuítas, veio para o Brasil em 1553, junto com outros
padres que se opunham à reforma religiosa na Europa. Dedicou-se a catequizar os
índios brasileiros e, para isso, foi viver no meio deles. Era dotado de extraordinários
carismas e dons. Em 1554, por ordem do padre Manuel da Nóbrega começou a
construir o Colégio de São Paulo, que daria origem à cidade de São Paulo.
Morreu em 1597, e seu cortejo foi acompanhado por mais de 3.000 índios. Em
1980, foi beatificado pelo papa João Paulo II. Foi declarado santo pelo papa
Francisco em 03 de abril de 2014. O Papa Francisco, por considera-lo de
santidade comprovada e irrefutável, dispensou-o do segundo milagre para a sua
canonização.
35
Irmã Teresa
Margarida do Coração Imaculado de Maria, cujo nome de batismo era Maria
Luíza, nasceu em 1915, na cidade de Borda da Mata (MG). Ao longo da vida como
monja carmelita descalça, passou a ser procurada para dar conselhos, orientação
espiritual e ajuda, passando a ser chamada de “nossa mãe”. Morreu em 2005, e
seu cortejo fúnebre virou uma procissão. Devido à fama de santidade e de graças
alcançadas por sua intercessão, foi aberto um processo de beatificação em 2012.
36.
Madre Maria de Lourdes
de Santa Rosa
nasceu em Polignano a Mare, na Itália, em 1910, e chegou ainda bebê ao Brasil.
Cresceu na capital paulista e aos 21 anos ingressou no Mosteiro da Luz para ser
uma religiosa concepcionista. Ali viveu 13 anos até ser designada abadessa do
novo mosteiro a ser fundado em Guaratinguetá (SP), o Mosteiro da Imaculada
Conceição, onde chegou com outras cinco monjas no fim do ano de 1944. Morreu em
1974 e deixou uma vasta obra de caridade. Seu processo de beatificação teve
início em 2009. Em 2011, foi declarada serva de Deus.
Consciente que está no fim, se dispõe
toda ao Divino Salvador e, recebendo o Viático, se entrega a Deus: é o dia 7 de
maio de 1963. Suas virtudes heroicas foram aprovadas pela Santa Sé, recebendo o
título de “Venerável”.
54. Madre Carminha de Tremembé (Madre Maria do Carmo da Santíssima Trindade). Madre Carminha pertenceu à Ordem das Carmelitas Descalças (monjas carmelitas) e foi fundadora do Carmelo da Santa Face e Pio XII de Tremembé. Nasceu em Itu/SP, a 25 de novembro de 1898. Inteligentíssima, falava fluentemente várias línguas. Era dotada de profundo amor místico pelos Mistérios da Santíssima Trindade, da Paixão do Senhor e da Eucaristia. Tinha grande devoção à Santíssima Face do Redentor.
Por sua caridade e amor ao próximo, já era venerada como "santa" pelo povo de Tremembé. Falecida em odor de santidade, seis anos após sua morte, seu corpo foi encontrado absolutamente intacto, inclusive com as flores do esquife ainda frescas. Após sua exumação, seu corpo consumiu-se naturalmente. Atualmente, seu túmulo permanece para a veneração pública no supracitado Carmelo que conta, também, com um "memorial" com fotos, objetos e cartas deixadas por Madre Carminha.
55. Madre Maria José de Jesus (Honorina Abreu). Filha de Capistrano de Abreu, famoso historiador e escritor cearense, que era ateu e anticlerical, Honorina, moça prendadíssima e inteligentíssima, sentiu-se atraída à vida religiosa. Contrariando muitíssimo a vontade do pai que planejava para ela um futuro "brilhante" e "vantajoso casamento", entrou para a Ordem das Carmelitas Descalças, no Carmelo de Santa Teresa (morro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro) assumindo o nome religioso de irmã Maria José de Jesus.
Por sua sabedoria, prudência, fortaleza e caridade, era estimada e respeitada por suas irmãs de Ordem, tendo sido eleita madre várias vezes. Foi uma religiosa exemplar e perfeita cumpridora da Regra de sua Ordem, rígida consigo própria e doce no trato com o próximo.
Como era fluente no espanhol e no francês, traduziu muitas obras de Santa Teresa de Jesus, São João da Cruz e Santa Teresinha do Menino Jesus para a língua portuguesa.
Falecida em odor de santidade, estimada por suas irmãs de hábito e por todo o clero diocesano do Rio, é Serva de Deus e seu processo aguarda o reconhecimento da heroicidade de suas virtudes.
37 Humberto
van Lieshout, mais tarde conhecido como Padre Eustáquio, nasceu no dia 3 de
novembro de 1890, em Aarle Rixtel, na Holanda. Em 1913, ingressou na
Congregação dos Sagrados Corações e, no dia 10 de agosto de 1919, foi ordenado
sacerdote. Foi Mestre de Noviços, vigário paroquial, cuidando de famílias
belgas que, em l914, tiveram que deixar a Pátria por causa da invasão alemã.
Foi
enviado como missionário,em 1924, na Espanha e, no ano seguinte, no Rio de
Janeiro, Brasil. Em 1925, assumiu, com outros missionários, a pastoral do
Santuário da Abadia de Água Suja e outras paróquias de Diocese de Uberaba, e
atendimento a outras comunidades. Em 26 de março de 1926, foi nomeado Reitor do
Santuário Nossa Senhora da Abadia e Conselheiro da Congregação dos Sagrados
Corações no Brasil.
Em
suas orientações e curas físicas, Padre Eustáquio falava da disposição de Deus
de curar a pessoa integralmente. Indicava medicamentos. Servia-se de folhas e
raízes e muitos procuravam sua ajuda. De Romaria, foi transferido para Poá -
São Paulo. Por causa do aglomerado de pessoas que o procuravam e pelo
transtorno, foi enviado à cidade de Araguari, onde se comunicava quase só com
seu amigo Padre Gil. Em 12 de fevereiro passou a coordenar a paróruia de Ibiá.
E, no dia 7 do mesmo ano, o encontramos na Capital mineira, na Paróquia de
Cristo Rei.
O
povo afluía pedindo bênçãos e curas. Em 9 de setembro de 1942, Juscelino
Kubitscheck, então Prefeito da Capital, beneficiado por milagre de Padre
Eustáquio, doou um terreno, onde foi construída a Igreja dos Sagrados Corações,
cuja pedra fundamental foi benzida por Dom Cabral. Padre Eustáquio assim se
expressou: "Não verei o fim da guerra. Comecei a igreja, mas não a
terminarei".
Em
23 de agosto, após celebrar a missa - durante o retiro que pregava às alunas do
Colégio Sagrado Coração de Jesus, em Belo Horizonte - sentiu-se desfalecer. O
diagnóstico do médicos acusou um tipo de tifo causado por uma picada de
carapato. Padre Eustáquio tinha certeza de que não iria sobreviver. Chamava
pelo Padre Gil. Enquanto aguardava, renovou os votos religiosos. E, ante a
emoção dos presentes, repetiu a fórmula da profissão religiosa; e, renovou os
votos de Pobreza, Castidade e Obediência, como irmão da Congregação dos
Sagrados Corações de Jesus e de Maria. Depois disse aos irmãos: "Graças a
Deus, estou pronto! Mas, como demora o Padre Gil!". Até que dia 30 de
agosto, Padre Gil conseguiu chegar. Assim que o viu, Padre Eustáquio conseguiu
erguer-se do leito com grande esforço, e disse: "Padre Gil, graças a
Deus!" E desfaleceu para sempre.
Belo
Horizonte amanheceu de luto, e a Imprensa noticiava seu falecimento. Após sua
morte, constatou-se que um devoto foi curado de um câncer. O relato consta no
processo de beatificação, iniciado em 1997. E outros milagres se sucederam.
Padre
Eustáquio dizia que sua vocação era "amar e fazer amar a Deus". Após
o reconhecimento de sua vida e de seus milagres, por parte da Santa Sé, Padre
Eustáquio foi beatificado em Belo Horizonte, Brasil, pelo Cardeal José Saraiva
Martins, a 15 de junho do ano 2006.
38. Irmã
Benigna Victima de Jesus, cujo nome de batismo é Maria da Conceição Santos,
nasceu em 1907, em Diamantina (MG). Em 1948, foi para o Asilo São Luiz, em
Caeté (MG), onde teria sido posta em um chiqueiro e adquirido várias doenças.
Em 1950, foi designada a prestar serviços em um asilo-hospital em Lambari, no
sul de Minas, e trabalhou como parteira e enfermeira. Foi um anjo de amor dedicação aos doentes e sofredores. Morreu em 1981, em Belo
Horizonte. Seu túmulo é um dos mais visitados da capital mineira. Foi nomeada
serva de Deus
39. Monsenhor
Albino da Cunha e Silva nasceu na província do Minho, em Portugal, em 1882. Aos
30 anos, desembarcou no Rio de Janeiro e passou por Jaboticabal (SP), Jaú (SP)
e Barra Bonita (SP) até chegar a Catanduva (SP), em 1918. Na cidade, angariou
recursos para as obras da Igreja Matriz e inaugurou a Santa Casa de
Misericórdia, onde exerceu o ministério de capelão dos enfermos e consolador de muitos sofredores. Morreu em 1973. Seu cortejo foi acompanhado por 30 mil pessoas.
Em 2010, foi reconhecido como servo de Deus.
40. Padre
Alderigi Torriani, filho de imigrantes italianos, nasceu em Jacutinga (MG), em
1895. Em 1927, foi transferido para Santa Rita de Caldas (MG), onde foi
apóstolo do confessionário. Nele, passava
horas atendendo, com carinho e, às
vezes, energicamente, às
confissões dos fiéis. Permaneceu na cidade e na paróquia até morrer, aos 82
anos, com fama de santidade. Foi declarado servo de Deus em 2008.
41. Dom
Eliseu Maria Coroli nasceu na província de Castelnuovo, na Itália, em 1900. Foi
enviado para o Colégio dos Barnabitas, no Rio de Janeiro, em 1924, onde ficou
por cinco anos até seguir para Bragança, no Estado do Pará. Iniciou um trabalho
missionário nessa região, onde realizou diversas obras e permaneceu até sua
morte, em 1982. Foi declarado servo de Deus
42. João
Luiz Pozzobon, diácono permanente, nasceu em 1904 em Ribeirão (RS). Ficou
conhecido no Sul e no Sudeste do país depois que recebeu de um padre a tarefa
de levar, de casa em casa, a imagem da Mãe, Rainha e Vencedora Três Vezes
Admirável de Schöenstatt. Foi grande apóstolo e missionário desta invocação e
devoção marianas. Desde então, percorreu várias localidades, vilarejos e
cidades, a pé, carregando a imagem de 11 kg. Acredita-se, que, ao todo, tenha
percorrido cerca de 35.000 Km a pé. Morreu em 1985, atropelado por um caminhão
numa estrada, quando voltava da Santa Missa. Foi declarado servo de Deus.
43. Servo
de Deus Padre João Batista Reus, nascido Johann Baptist Reus, (Pottenstein,
Baviera, 10 de julho de 1868 — São Leopoldo, 21 de julho de 1947) foi um padre
católico teuto-brasileiro. Entrou na Companhia de Jesus e, ordenado sacerdote,
foi mandado para o Brasil. Durante muitos anos foi professor de teologia no
Colégio de Cristo Rei, em São Leopoldo. Padre Reus foi um grande místico, que
recebia inúmeras visões, principalmente durante a missa.
Por
causa dos frequentes êxtases durante a missa preferia celebrar em capela
particular, somente com acólitos e sem assistência de outras pessoas.
Posteriormente, a pedido de uma Comunidade Religiosa, aceitou celebrar a missa
em capela pública, o que causava admiração de muitos pelos frequentes êxtases.
Durante
sua vida escreveu diversos livros religiosos em português, espanhol, alemão e
italiano. Seu Diário Espiritual e Autobiografia revelam uma alma singular e
mística. O seu "Curso de Liturgia", em três edições, foi um manual
excelente que, durante os anos antes da reforma da liturgia pelo Concílio
Vaticano II, formou gerações de padres no amor à liturgia da Igreja.
Por
causa dos milagres que lhe são conferidos, ao falecer, em 1947, Padre Reus já
tinha fama de santo. O processo de beatificação começou em 1953, mas ficou parado
durante décadas. Nos anos 90, os bispos gaúchos enviaram carta ao Papa João
Paulo II, pedindo a beatificação do Padre Reus em processo que ainda tramita no
Vaticano.
44. Padre
João Schiavo nasceu na ItálIa, em 1903. Chegou ao Brasil em 1931. Dez anos
depois fundou o seminário Josefino de Fazenda Souza, em Caxias do Sul (RS). Foi
o primeiro mestre de noviços da missão josefina brasileira e, em seu amor e ardor missionário, fundou diversas
obras em favor das crianças e jovens pobres. Morreu em 1967. Foi declarado
servo de Deus em 2009.
45. Lafayette
da Costa Coelho nasceu em 1886, na cidade de Serro (MG). Em 1917, foi enviado
para a paróquia de Santa Maria Eterna, em Santa Maria do Suaçuí (MG), onde
trabalhou durante 44 anos. Promoveu diversas missões populares na paróquia e
tinha por hábito fazer jejuns, longas orações e sacrifícios. Era procurado para
abençoar doentes e ganhou fama de santidade durante a vida. Morreu em 1961. Foi
declarado servo de Deus.
47. Dom
Antônio Ferreira Viçoso, ex-bispo de Mariana (MG) na época do Império, nasceu
em 1787, em Portugal. Foi ordenado sacerdote em 1818 e chegou ao Brasil no ano
seguinte. Fundou aqui o Colégio de Caraça e pregou missões nos povoados
mineiros. Governou o bispado de Mariana (MG) por 29 anos, onde atendeu pobres,
órfãos e escravos e reformou o clero. Foi considerado um homem à frente de seu
tempo. Morreu em 1875, aos 88 anos. Em 2007, foi declarado servo de Deus.
48. Mariano
de La Mata, sacerdote agostiniano espanhol ordenado em 1930, chegou ao Brasil
em 1931 e foi superior da vice-Província Agostiniana do Brasil. A partir de
1961, viveu no Colégio-Paróquia Santo Agostinho, em São Paulo, como professor e
diretor espiritual. Tinha um jardim no terraço do Colégio e era conhecido por
conversar com as plantas, que considerava "uma exaltação da beleza da criação".
Era também muito conhecido no Hospital do Câncer, em São Paulo, onde visitava
os doentes. Morreu em 1983, muito querido e venerado pelos paroquianos, com fama de santidade, e foi beatificado em 2006.
49. Padre
Júlio Maria de Lombaerde. Padre Júlio Maria nasceu em Waereghen (Bélgica), aos
8 de janeiro de 1878. Filhos dos senhores José de Lombaerde e Sidônia Steelant.
Recebeu o nome de Júlio Emílio no dia de seu santo Batismo
Atraído
pela vida missionária, quando assistia à Santa Missa de um santo missionário,
ainda antes de concluir seus estudos, se fez “irmão branco” com o nome de Irmão
Optato Maria, tendo ido trabalhar depois na África.
Em
conseqüência de febres voltou à Europa e, sentindo-se chamado ao sacerdócio,
entrou na Congregação da Sagrada Família, fundada pelo Padre Berthir, em Grave
(Holanda) para recolher vocações tardias. Foi ordenado a 13 de janeiro de 1908.
Em 1912, quando fazia um bem imenso pregando missões pela França, foi de
repente enviado para o Brasil (Amazônia), onde trabalhou 15 anos como
missionário entre os índios e caboclos.
No
Norte (Macapá) fundou providencialmente a Congregação das Irmãs do Imaculado
Coração de Maria, tendo sido aprovada pelo Papa Bento XV. Tem-se desenvolvido
muito essa Congregação.
Do
Norte, o Padre Júlio Maria, demorando-se algum tempo em Natal, veio para
Manhumirim (Minas Gerais), em 1928. A obra que aqui desenvolveu, com a proteção
de Deus e apesar das perseguições constantes movidas pela Maçonaria local, é
uma prova palpável da divindade da sua missão.
A
pedido dos Sres. Vigários, e estimulado pelo santo Dom Carloto, primeiro Bispo
de Caratinga, Padre Júlio Maria, com muito fruto espiritual, percorreu grande
parte da Diocese, pregando Missões.
“Do
nada”, mas sempre abençoado por Deus e Nossa Senhora, fundou aqui a primeira Congregação
de padres missionários genuinamente brasileira: a Congregação dos Missionários
de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, bem como a das Irmãs Sacramentinas
de Nossa Senhora.
Padre
Júlio Maria, polemista sem par, teólogo exímio, pregador admirável, escritor de
renome, teve sempre sua pena e sua rara inteligência a serviço da Igreja e pelo
seu [jornal] “O Lutador” se fez o “terror dos hereges”.
Em
trágico acidente de automóvel, verificado a 24 de dezembro de 1944 [estando
viajando às pressas, por urgência de celebrar a Santa Missa de Natal], sozinho,
longe de seus filhos, Padre Júlio Maria morreu, lutando ainda como passara toda
a sua vida. O Brasil inteiro chorou a perda desse grande sacerdote, brasileiro
de Coração.
50. Dom Hélder Câmara. Nasceu em Fortaleza, Ceará, a 07 de fevereiro de 1909 e faleceu em Recife, a 27 de agosto de 1999. Foi arcebispo de
Olinda e Recife e, depois, emérito. Foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil e grande defensor dos direitos humanos durante o regime militar no
Brasil. Pregava uma Igreja simples, voltada para os pobres, e a não-violência.
Por sua atuação, recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. Foi o
único brasileiro indicado quatro vezes ao Prêmio Nobel da Paz. O processo para sua beatificação teve início nesta ano. É servo de Deus.
51. Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus (Amábile Lúcia Visintainer). Filha de
Napoleone Visintainer (Wiesenteiner) e Anna Pianezzer, nasce numa família de
poucas posses que em 1875 emigrou para o Brasil como muitos outros tiroleses
italianos oriundos do atual Trentino (Tirolo Italiano), estabelecendo-se na
localidade catarinense de Nova Trento.
Desde muito cedo,
atuante nos serviços religiosos da sua paróquia, emite os votos em 1895 e
torna-se Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus. Amábile dá início à
Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição,na atual Irmandade Santa Casa
de Bragança Paulista, . Em 1903 deixa Nova Trento e, no bairro do Ipiranga, em
São Paulo, ocupa-se de crianças órfãs e de ex-escravos abandonados.
Sofreu muitas injustiças e incompreensões por parte de co-irmãs e até de seu bispo diocesano. Destituída do cargo de superiora da Congregação que ela mesma fundou, a partir de 1918
passa a ter uma vida muito reservada, dedicando-se à oração e à vida
contemplativa. Em 1938 já demonstrava sérios problemas de saúde causados pela
diabetes até que lhe foi amputado o braço direito. Modelo de resignação e de humildade, passou os últimos meses de
sua vida cega, vindo a falecer em 9 de julho de 1942.
Em 18 de Outubro
de 1991 foi beatificada pelo Papa João Paulo II por ocasião da sua visita a
Florianópolis. Foi por fim canonizada em 19 de maio de 2002 pelo mesmo Papa,
recebendo oficialmente o nome de Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus.
É considerada a primeira santa brasileira, mesmo não tendo nascido no Brasil.
52. Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, OFM, mais
conhecido como Frei Galvão, ou São Frei Galvão (Guaratinguetá, 1739 —
São Paulo, 23 de dezembro de 1822) foi um frade brasileiro. Não se sabe ao
certo o dia do seu nascimento e local exato de batismo, supõe-se que tenha sido
batizado na Matriz de Santo Antonio em Guaratinguetá, mas os registros de
batismo da igreja deste período estão desaparecidos.
Foi um religioso franciscano exemplar, sacerdote santo, apóstolo incansável em toda a região do vale do Paraíba. Gozava de grande respeito popular e fama de santidade. Também era conhecido por ser "milagreiro" e pelas famosas "pílulas de Frei Galvão" (pequenos pedacinhos de papel, enrolados e abençoados, nos quais havia uma frase: "Depois do parto, ó Maria, Virgem permaneceste"), com as quais o povo alcançava muitas graças e curas.
Foi realmente uma das figuras
religiosas mais conhecidas do Brasil. Frei Galvão foi canonizado pelo Papa
Bento XVI em 11 de maio de 2007, tornando-se o primeiro santo nascido no
Brasil.
Em julho de
2012, foi eleito um dos "100 maiores brasileiros de todos os tempos"
em concurso realizado pelo SBT com a BBC de Londres.
53. Venerável
Madre Antonieta Farani (26/07/1906 - †7/05/1963). Religiosa passionista, Maria
Concetta Farani aprendeu, no sofrimento, como perdoar, e transmitiu a sua mãe e
irmãs em primeiro lugar e depois as suas co-irmãs passionistas, o grande dom de
saber perdoar sempre. Este foi o objetivo de sua vida.
Seus pais eram italianos e vieram para o
Brasil, primeiro o pai, Giuseppe Farani, e mais tarde a mãe, Rafaela Milito,
fixando-se em Curitiba , PR.
Em sua vida familiar, sofreu duramente
com a desonestidade e traição de familiares muito próximos que praticamente
levaram sua família à falência. Soube, com a graça de Deus, perdoá-los e pedir
a Deus perdão por eles.
Tocada pela graça divina no dia de sua
Crisma, sente-se atraída para a vida religiosa na Congregação das Irmãs
Passionistas.
Sua vida foi profundamente marcada pela
Eucaristia, e esta sempre lhe falava do perdão de Deus. Sua maior alegria era
permanecer diante do sacrário, e saber que vivia sob o mesmo teto que Jesus
sacramentado, respirando e vivendo nessa mesma atmosfera. Era exemplo e modelo
de religiosa.
Como conselheira ou delegada para os
capítulos gerais da Congregação, Irmã Antonieta por três vezes teve que viajar
à Itália, onde reencontrou a mãe e as irmãs. Após ter sido nomeada Superiora
Provincial das Irmãs passionistas no Brasil em 1º de janeiro de 1963, sente os
primeiros sintomas de uma grave doença: um tumor no cérebro, que a deixou cega.
Apesar do mal contraído, como superiora continuava a orientar suas religiosas.
Seu sofrimento é silencioso, todo entregue a Cristo Crucificado; ela se sente
presa, também na cruz, junto a Ele. Também com Jesus, entregou o perdão e
imolou-se pelos pecadores.
54. Madre Carminha de Tremembé (Madre Maria do Carmo da Santíssima Trindade). Madre Carminha pertenceu à Ordem das Carmelitas Descalças (monjas carmelitas) e foi fundadora do Carmelo da Santa Face e Pio XII de Tremembé. Nasceu em Itu/SP, a 25 de novembro de 1898. Inteligentíssima, falava fluentemente várias línguas. Era dotada de profundo amor místico pelos Mistérios da Santíssima Trindade, da Paixão do Senhor e da Eucaristia. Tinha grande devoção à Santíssima Face do Redentor.
Por sua caridade e amor ao próximo, já era venerada como "santa" pelo povo de Tremembé. Falecida em odor de santidade, seis anos após sua morte, seu corpo foi encontrado absolutamente intacto, inclusive com as flores do esquife ainda frescas. Após sua exumação, seu corpo consumiu-se naturalmente. Atualmente, seu túmulo permanece para a veneração pública no supracitado Carmelo que conta, também, com um "memorial" com fotos, objetos e cartas deixadas por Madre Carminha.
55. Madre Maria José de Jesus (Honorina Abreu). Filha de Capistrano de Abreu, famoso historiador e escritor cearense, que era ateu e anticlerical, Honorina, moça prendadíssima e inteligentíssima, sentiu-se atraída à vida religiosa. Contrariando muitíssimo a vontade do pai que planejava para ela um futuro "brilhante" e "vantajoso casamento", entrou para a Ordem das Carmelitas Descalças, no Carmelo de Santa Teresa (morro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro) assumindo o nome religioso de irmã Maria José de Jesus.
Por sua sabedoria, prudência, fortaleza e caridade, era estimada e respeitada por suas irmãs de Ordem, tendo sido eleita madre várias vezes. Foi uma religiosa exemplar e perfeita cumpridora da Regra de sua Ordem, rígida consigo própria e doce no trato com o próximo.
Como era fluente no espanhol e no francês, traduziu muitas obras de Santa Teresa de Jesus, São João da Cruz e Santa Teresinha do Menino Jesus para a língua portuguesa.
Falecida em odor de santidade, estimada por suas irmãs de hábito e por todo o clero diocesano do Rio, é Serva de Deus e seu processo aguarda o reconhecimento da heroicidade de suas virtudes.
15 comentários:
Fui aluno de Padre José Weckering, Jesuíta, um santo no Rio Grande do Sul, mas originário da família nobre de Luxemburgo. Sepultado junto aos santuários do Coração de Jesus e do Padre João Batista Reus, em São Leopoldo RS. Agapito Prates Paulo, rua Jacinto Moreira, 142 - Santana do Livramento RS - 97534-530.
Que maravilha! Deve ser uma grande graça de Deus conhecer alguém que gozava de fama de santidade. Que rogue por todos nós. Amém.
Sr Agapito eu concordo com o senhor Giovani, que graça conhecer um santo! Abraços para todos.
Sr Agapito eu concordo com o senhor Giovani, que graça conhecer um santo! Abraços para todos.
Parabéns pelo seu blog! Fico emocionada ao ver tantas testemunhas de santidade, pessoas que viveram exclusivamente para amar a Deus e os irmãos, por amor de Deus. Fico feliz ao ver o querido fundador de minha Congregação religiosa, Dom Eliseu Maria Corolli,com quem eu tive a graça de conviver durante dez anos, entre os candidatos ao altar. Ele fundou a Congregação das Irmãs Missionárias de Santa Teresinha do Menino Jesus, no Pará, em 1948,que foi oficializada em 1954.
Que Deus, nosso Pai e nossa Mãe querida os abençoem!
Irmã Maria de Fátima Tavares
E muito louvavel pela maravilha historia de vida de nossos irmaos e irmas. Paz e bem
E muito louvavel pela maravilha historia de vida de nossos irmaos e irmas. Paz e bem
MUITO BOM SABER QUE DO ESTADO DE MINAS GERAIS/BR, ESTÁ FORMANDO VÁRIOS SANTOS...IRMÃ BENIGNA-DIAMANTINA, NHÁ CHICA- SÃO JOÃO DEL REY, PADRE LIBÉRIO -MATEUS LEME, PADRE VITOR COELHO-CAMPANHA,LAFAYETTE DA COSTA-SERRO,IRMÃ TERESA MARGARIDA DO CORAÇÃO IMACULADO DE MARIA-BORDA DA MATA,PADRE DONIZETTI TAVARES DE LIMA- CÁSSIA, IZABEL CRISTINA MRAD CAMPOS-BARBACENA,BEATO FRANCISCO DE PAULA-CAMPANHA...SANTO PADRE EUSTÁQUIO QUE SE TORNOU SANTO AQUI EM MINAS GERAIS...DEVE TER MUITOS SANTOS ESCONDIDINHOS AQUI...A PRÓXIMA SEREI EU...MUITA PRETENÇÃO ?!...NÉ...MAS COMO JESUS DISSE: 'SEDE SANTOS, COMO MEU PAI É SANTO'....ENTÃO QUERO OBEDECÊ-LO...kkkk
Gostaria de saber como faço para enviar documentos sobre a Serva de Deus MARIA DE LOURDES GUARDA, da diocese de Jundiaí que já tem processo recebido pela SANTA SÉ desde 2011 e encontra-se na fase da POSITIO. O processo de Canonização foi instituído pelo então Bispo Diocesano Dom GIL ANTÔNIO MOREIRA, em 12/12/2007. Faço parte da Comissão de Divulgação da Causa da Serva de Deus "MARIA DE LOURDES GUARDA".
Solicito a inclusão dos dados da Serva de Deus MARIA DE LOURDES GUARDA, Leiga da diocese de JUNDIAÍ, SP, na relação deste site. O processe de Canonização da Serva de Deus foi aberto em 12/12/2007 e encontra-se na Congregação para a Causa dos Santos, no Vaticano, na fase da POSITIO. os dados da Serva de Deus podem ser encontrados no site da diocese de Jundiaí, ou, se necessário, poderei enviar dados e documentos sobre sua vida e missão em favor das pessoas portadoras de deficiências,principalmente. No próximo dia 5/5/2018, estaremos comemorando 22 anos de sua ida para o céu, onde continua intercedendo pelas pessoas que pedem sua ajuda, conseguindo-lhes graças e milagres.
Também senti falta da Serva de Deus Maria de Lourdes Guarda (Jundiaí, Servo de Deus Padre Alberto Fuger (Campo Belo/ MG),Serva de Deus Madre Maria dos Anjos Amorim (Escolapia, Oliveira MG)
Não é questão de insatisfação com a vida, longe disso. Mas as vezes tenho vontade de morrer simplesmente para não pecar mais e estar com Nosso Senhor. Vendo o relato de todas essas vidas vejo o quanto sou pecador e necessitado da misericórdia de Deus. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo pela vida de tantos santosantoSe pela vida de nospecadores que buscam a remissão.
Ola poderia me mandar as fotos e comentarios sobre esses santos no email rlllp@hotmail vou fazer um trabalho comos meus catequizando.
Encontra-se aberto o processo de canonização do Servo de Deus padre Alberto Fuger, na diocese de Oliveira- MG.
Santa Dulce dos Pobres já é santa.
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