Hoje, trago ao conhecimento dos leitores do blog Santos, Beatos, Veneráveis e Servos de Deus a vida de mais um "santo desconhecido", não digo tanto na Itália, sua terra natal, mas, em nosso país. Pertenceu ao nobre quadro de santos do Séc. XIX que sentiram de Deus forte chamado a se dedicar a obras sociais, a amparar os desvalidos, numa Europa devastada por conflitos, guerra, decadência moral, social e pela fome.
Antônio Maria Gianelli nasceu em Cereta, na Itália, no dia 12 de abril de 1789, ano da Revolução Francesa. Sua família era de camponeses pobres e neste ambiente humilde aprendeu a caridade, o espírito de sacrifício, a capacidade de dividir com o próximo. Desde pequeno era muito assíduo à sua paróquia e foi educado no Seminário de Gênova.
Antônio Maria Gianelli nasceu em Cereta, na Itália, no dia 12 de abril de 1789, ano da Revolução Francesa. Sua família era de camponeses pobres e neste ambiente humilde aprendeu a caridade, o espírito de sacrifício, a capacidade de dividir com o próximo. Desde pequeno era muito assíduo à sua paróquia e foi educado no Seminário de Gênova.
Aos vinte e três
anos estava formado e ordenado sacerdote. Lecionou letras e retórica e sua
primeira obra a impressionar o clero foi um recital organizado para recepcionar
o novo Bispo de Genova, Monsenhor Lambruschini. Intitulou o recital de “Reforma
do Seminário”, assim tranquilo, direto e com poucos rodeios, defendia a nova
postura na formação de futuros sacerdotes. A repercussão foi imediata e
frutificou durante todo o período da restauração pós-napoleônica.
Entre as
múltiplas atividades deste santo lígure, da província de Gênova, está uma
associação de nome insólito por ter sido fundada por um pároco, a “Sociedade
Econômica”, embora de finalidades evangélicas. Propunha-se, com efeito, a
educar e assistir moralmente as jovens, confiadas aos cuidados das “Damas da Caridade” - um nome igualmente inusitado, mudado em 1829 para o bem conhecido
“Filhas de Maria Santíssima do Horto”, também chamadas de Irmãs Gianellinas. A
Congregação teve um rápido desenvolvimento na América Latina, onde o padre
Antônio durante suas visitas era chamado pelo povo de “o santo das irmãs”.
Pároco de Chiavari de 1826 a 1838, não se confinou aos limites de sua vasta paróquia. Um ano depois da nomeação já lançara as bases para a fundação de uma congregação masculina, posta sob o patrocínio de Santo Afonso Maria de Ligório, destinada à aprimorar o apostolado da pregação ao povo e à organização do clero, reunindo jovens sacerdotes para as missões populares e para o amparo de paróquias particularmente necessitadas. Os missionários “Ligorianos” assumiram o nome de Oblatos de Santo Afonso Maria de Ligório.
Eleito bispo de
Bobbio em 1837, introduziu na diocese as reformas já promovidas como pároco de
Chiavari, instituindo um seminário. Neste reapresentava aos estudantes de
filosofia e de teologia a negligenciada Summa de Santo Tomás de Aquino, em um
momento singular, em razão do avanço de um positivismo ateu e de um
racionalismo que se haviam infiltrado até mesmo entre os estudiosos católicos.
Cuidou, pois, da
formação do clero com mão enérgica, removendo párocos pouco zelosos e
recorrendo com frequência à colaboração de seus oblatos. Pastor vigilante, mas
caritativo e compreensivo, tomista convicto, mas não fechado às novas correntes
do pensamento e à renovação da filosofia escolástica, que naqueles anos
fermentava em torno do grande pensador e santo sacerdote Antônio Rosmini.
D. Gianelli
morreu no dia 07 de junho de 1846, aos 57 anos, depois de uma vida
relativamente breve, mas intensa, dedicada com coração e espírito de
missionário às obras benéficas no campo religioso e social. Na obra escrita que
deixou expõem seu pensamento “revolucionário”: a moralidade do clero na vida
simples e reta de trabalho no seguimento de Cristo. Reacionária para aqueles
tempos tão corrompidos pelo fausto napoleônico das cortes que oprimiam o povo
cada vez mais miserável. Portanto um tema atual que deve ser lembrado sempre
nas sociedades de qualquer tempo.
Foi canonizado
por Pio XII, a 21 de outubro de 1951. Suas instituições femininas ainda hoje
florescem, principalmente na América Latina. Por este motivo ainda é chamado de
o “Santo das Irmãs”.
Um comentário:
Obrigado por sua cooperação com a graça de Deus, cujo resultado traduz-se neste trabalho aqui desenvolvido.
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