Nascida
em Ixtlán do Río, Nayarit, no dia 7 de julho de 1904, recebeu o
nome de Manuelita de Jesús. Com uma infância feliz, criada segundo
os preceitos católicos, Manuelita, no íntimo de seu coração, na
solidão do seu ser, onde só estava a presença silenciosa de Deus,
foi se preparando para o encontro que seria identificar Deus por seu
nome.
Tal
momento veio em 1924, quando sofreu uma apendicite. Na cidade de
Guadalajara se hospedou para ser atendida pelo médico na casa de sua
prima, que lhe presenteou com o livro da vida de Santa Teresinha,
cuja leitura despertou em Manuelita o vivo desejo de santidade.
Em
outubro de 1924, durante o Congresso Eucarístico no México,
finalmente no tempo estabelecido por Deus, a graça tocou o coração
de Manuelita, sentindo-se totalmente atraída por ele. "Jesus
Eucaristia, ao passar próximo de mim, deixou cair sobre mim um
desses inefáveis olhares que tem o poder de comover; me deixou toda
inflamada em seu amor; me atraiu com força irresistível", declarou a beata mexicana em certa ocasião.
Durante
uma terrível perseguição religiosa no México, no dia da Festa de
Cristo Rei, consagrou-se ao amor misericordioso de Deus, e finalmente
tomou a decisão de ingressas à vida religiosa apesar das
circunstâncias.
A beata no dia de seus votos perpétuos na Ordem Clarissa. |
Logrou,
após uma série de provas e sofrimento o que tanto ansiava seu
coração e no dia 07 de junho de 1929 ingressou no mosteiro das
Clarissas. Manuelita recebeu então o nome de irmã Maria Inés
Teresa do Santíssimo Sacramento.
Em
12 de dezembro fez sua primeira profissão temporária. Em 1933,
consagrou-se ao Senhor emitindo os votos perpétuos. Sete anos depois,
já como conselheira do mosteiro, expôs a Madre abadessa suas
inquietudes e desejos de fundar uma congregação missionária. Seu
pedido foi levado ao Vaticano pelo bispo de Curnavaca, Morelos (México), Dom Francisco Gonzáles.
No
dia 12 de maio de 1945, foi aprovada em Roma a fundação, com sede
em Cuernavaca, Morelos, México; no mesmo dia foi colocada a primeira
pedra da Casa Mãe. Três meses depois, junto com mais cinco
religiosas, Madre María Inés despediu-se do mosteiro da Ave Maria
rumo a sede da nova congregação.
Sua
obra seguiu crescendo em todos os sentidos e em 1950, Madre María
Inés escreveu as Constituições da congregação, expressando assim
a vontade do senhor para todas as suas filhas: "Filhas, o que aqui fica estabelecido é que nos identifica como Missionárias
Clarissas do Santíssimo Sacramento".
Encontro da Beata com o Papa São João Paulo II |
No
dia 22 de junho de 1951, os dois mosteiros foram transformados com
aprovação pontifícia na Congregação de Missionárias Clarissas
do Santíssimo Sacramento. Madre María Inés Teresa foi nomeada
primeira superiora geral e o seria até o término de sua vida em
1981.
Toda a vida da Beata Maria Inês foi um "hino de louvor" a Jesus Eucarístico, ao qual amava terna e ardentemente. A Eucaristia e a Virgem Maria foram o centro de sua vida espiritual. Rezava diária e ardentemente pela salvação das almas. Possuía intensa vida de oração e ardente zelo missionário. Repetia frequentemente às suas filhas espirituais o lema paulino: "é preciso que Cristo reine"!
A grande família inesiana se encontra espalhada pelo México, Japão, Estados Unidos, Costa Rica, Indonésia, Serra Leoa, Itália, Espanha, Nigéria, Irlanda, Coréia, Alemanha, Índia, Rússia e Argentina. Apenas no México, a congregação conta com 17 casas, incluindo a "Casa Madre".
A congregação realiza trabalho na Pastoral Educativa, atendendo a oito colégios, na Pastoral Profética e Social e na Pastoral de Santidade. Também realiza trabalhos através dos meios de comunicação social, com um programa televisivo semanal pelo canal Maria Visión, que se intitula: "Vivir para Cristo" e com vários programas de rádio.
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