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terça-feira, 27 de março de 2018

Venerável Tecla Merlo, Virgem e Religiosa Cofundadora das Filhas de São Paulo


Uma mulher de grande fé e audácia apostólica. Uma vida doada a serviço da comunicação do Evangelho, por meio da Congregação das Irmãs Paulinas.
Uma história alicerçada no amor a Deus e as pessoas, uma vida destemida e serena com pés firmes no chão, se envolvia na realidade social de sua época. Com um olhar sempre a sua frente, que a impulsionava a transformar a palavra, o som, os meios para comunicar ao mundo a notícia maravilhosa, a beleza de ser de Deus e viver para Deus, comunicar o amor supremo: Jesus Cristo.


Em 1915, os clérigos e os cooperadores espirituais do bem-aventurado Tiago Alberione celebraram o mês de maio com a intenção de que o Senhor providenciasse a família feminina (AD 241).
Concluído o mês, disseram a Alberione:
“Há em Castagnito de Alba uma jovem de boa família, que, pela piedade, inteligência, docilidade, bondade, serviria bem... Mas, há duas dificuldades: a pouca saúde e o ter frequentado só as escolas da sua terra.”
“Venha!” respondeu o Primeiro Mestre. “Receberá do Senhor saúde suficiente e a ciência necessária para o seu cargo: quando o Senhor quer...”
Em junho de 1915, Teresa Merlo entrou na comunidade de São Paulo.

Padre Tiago Alberione e Ir. Tecla Merlo
Teresa Merlo nasceu a 20 de fevereiro de 1894, em Castagnito d’Alba (Cuneo, Piemonte), ao norte da Itália. Única mulher entre os quatro filhos do casal Heitor e Vincenza Rolando Merlo. De saúde frágil, dedicou-se, desde adolescente, à arte da costura, num pequeno atelier da família. Quando o pai a envia para aprender costura e bordado, Teresa, está longe de imaginar que a sua ação viria a ser determinante para que a Igreja católica consolidasse a sua presença nos média e na área editorial.
Sua sensibilidade religiosa chamou a atenção de Padre Tiago Alberione, que a convidou para coordenar um grupo de jovens que se preparavam para trabalhar com a imprensa. Teresa abraça o projeto do sacerdote italiano e, com esse grupo de moças motivadas pelo mesmo ideal, relança um jornal diocesano e abre uma livraria cristã. Era o dia 15 de junho de 1915, quando encontra Pe. Tiago Alberione pela primeira vez em Alba, na igreja dos Santos Cosme e Damião, e segue o seu convite em permanecer na cidade e iniciar sua “aventura” de futura Filha de São Paulo.
Teresa intuiu logo que a proposta de Padre Alberione correspondia aos seus anseios de consagrar-se a Deus. Aceitou o convite, trocando o atelier de costura pela tipografia, tornando-se pioneira da evangelização na imprensa, cinema, rádio e televisão.
De fato, em 1918, Teresa com algumas de suas companheiras foram enviadas pelo Fundador a Susa, norte da Itália, onde o bispo lhes confiou a produção e divulgação do jornal diocesano La Valsusa. Esse momento marcou uma etapa significativa na vida de Teresa, que passará a considerar a experiência de Susa como o início da missão das Filhas de São Paulo.
Apoiada na fé, mais do que em recursos materiais, Irmã Tecla assumiu sem medo os meios modernos de comunicação, e contando apenas com a força de Deus, encorajou, no mundo inteiro, iniciativas até então inexploradas.
Desde o início, Teresa sentiu a força de Deus e, na pobreza absoluta, apenas com a bagagem da fé, da confiança e da humildade, ela começou, orientada por Alberione, a Congregação que veria florescer no mundo inteiro, a Congregação das Irmãs Paulinas, as mensageiras de Deus, ou andarilhas de Deus, como o fundador gostava de chamá-las.
No dia 22 de julho de 1922 pronuncia a profissão religiosa privada, juntamente com oito companheiras, e assume o nome programático de Tecla, o mesmo da primeira discípula de São Paulo, apóstolo dos gentios. Padre Alberione a nomeou Superiora geral do nascente Instituto. Em março de 1936 inicia a primeira de uma longa série de viagens nas várias partes do mundo, para encontrar-se com suas Filhas e confirmá-las no caminho da vocação paulina.
De São Paulo, mestra Tecla aprendeu o amor incondicional a Jesus e a todos os povos: moldou o seu coração à universalidade e abriu-se a todas as culturas e povos; como ele, foi mestra e formadora de outras irmãs; como ele, usou os novos meios de comunicação para que o Evangelho cumprisse a sua corrida gloriosa; como ele, viajou por terra, por mar e ainda pelo céu para iniciar comunidades em todos os continentes, para se encontrar com as irmãs e avaliar novas situações, encorajando novas iniciativas apostólicas para fazer o bem a muitas pessoas.
O nascimento da revista “Família Cristã”, que depressa se estendeu a outros países, a realização de curtas-metragens para a catequese e a gravação de discos para pessoas analfabetas constituem algumas das suas ações precursoras enquanto primeira superiora do atual Instituto Missionário Filhas de São Paulo.
A par da evangelização nos média, a irmã Tecla acompanha o padre Alberione na constituição de outros institutos, como as Discípulas do Divino Mestre, as Irmãs de Jesus Bom Pastor e as Irmãs da Rainha dos Apóstolos, ao mesmo tempo em que acompanhava o alargamento da congregação.
Em Tecla Merlo, padre Alberione encontrou a colaboradora sapiente e a fiel intérprete para a transmissão do carisma das Filhas de São Paulo. Sob a sua orientação, a congregação cresceu e deu início a obras inovadoras na edição de livros, revistas, discos, programas de rádio e de televisão, e chegou a todos os continentes.
As Filhas de São Paulo, que 16 anos após a fundação estavam implantadas no Brasil, Argentina e Estados Unidos, marcam hoje presença em 240 comunidades, distribuídas por 52 países dos cinco continentes.
Seus últimos anos de vida foram como uma oferta ao Pai, não se cansava de oferecer a própria vida pelo êxito da missão paulina e por cada Filha de São Paulo. “No dia 28 maio de 1961, em Ariccia (Itália), durante os Exercícios, na festa da Santíssima Trindade, Mestra Tecla ofereceu a vida para que todas as Filhas de São Paulo sejam santas. No dia 16 de Junho de 1963 foi atingida por um espasmo cerebral. Foi hospitalizada em Albano (Itália)”. Todas as Filhas de São Paulo sentiam fortemente sua serenidade e tão grande carinho que dedicava a cada uma. Não é por acaso que ela proferiu as seguintes palavras: “Se mil vidas eu tivesse, mil vidas eu daria por causa do Evangelho”.

Irmã Tecla retoma suas atividades e o seu desejo de fazer ainda mais pelo anúncio do Evangelho cresce dentro dela. “No dia 7 de julho do mesmo ano, restabelecida, volta para Roma para uma breve visita; reúne todas as irmãs na Via Antonino Pio para saudá-las e agradecê-las pela sua cura”. A sua serenidade e o abandono em Deus comovem a todas.
Em 22 agosto de 1963 experimenta grande alegria pelo encontro com o papa Paulo VI, na visita à casa de saúde Regina Apostolorum, de Albano Laziale. Em 22 novembro de 1963 foi acometida por um novo e mais grave espasmo cerebral. Pe. Alberione lhe administrou a unção dos enfermos.

E chega a hora de nossa querida irmã se despedir desse mundo, ela já havia cumprido sua missão aqui na terra, agora Deus a chamava para estar com Ele no paraíso. Em 05 fevereiro de 1964 morreu em Albano, na casa de saúde Regina Apostolorum, após uma hemorragia cerebral. Foi assistida espiritualmente por Pe. Alberione. Era uma quarta-feira. Assim, mais um anjo foi povoar o céu, ser uma estrela a iluminar todas as Filhas de São Paulo e demais membros da Família Paulina aqui na terra. No dia 22 de janeiro de 1991 é proclamada venerável.



UM IDEAL: Viver como São Paulo, o apóstolo das nações: com espírito universal, na caridade que se faz “tudo para todos”.

UMA PAIXÃO: Revelar a todos o Senhor Jesus, Caminho, Verdade e Vida.

UMA INTUIÇÃO: Trabalhar na evangelização com os meios modernos de comunicação: imprensa, cinema, rádio, televisão, discos, cassetes, vídeo, CR-ROM, internet…

UM PROGRAMA DE VIDA: A caridade da verdade.




Para pedir a intercessão de Mestra Tecla

Trindade Santíssima,
Pai, Filho e Espírito Santo,
eu te louvo pelas maravilhas que fizeste
na vida da Venerável Irmã Tecla Merlo.
Ela seguiu Jesus Mestre
Caminho, Verdade e Vida,
dedicando-se à missão de evangelizar
por meio da comunicação social.
A exemplo do Apóstolo Paulo,
ela queria ter mil vidas
para doá-las ao Evangelho.
Jesus Mestre, concede-me fé e coragem
para imitá-la em suas virtudes,
e, por sua intercessão, peço esta graça
tão necessária para mim... (pausa para pedido)

Pai Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai.

Comunique graças alcançadas a:
ou



















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