Uma mulher de grande fé e audácia
apostólica. Uma vida doada a serviço da comunicação do Evangelho, por meio da
Congregação das Irmãs Paulinas.
Uma história alicerçada no amor a Deus e
as pessoas, uma vida destemida e serena com pés firmes no chão, se envolvia na
realidade social de sua época. Com um olhar sempre a sua frente, que a
impulsionava a transformar a palavra, o som, os meios para comunicar ao mundo a
notícia maravilhosa, a beleza de ser de Deus e viver para Deus, comunicar o
amor supremo: Jesus Cristo.
Em 1915, os clérigos e os cooperadores
espirituais do bem-aventurado Tiago Alberione celebraram o mês de maio com a
intenção de que o Senhor providenciasse a família feminina (AD 241).
Concluído o mês, disseram a Alberione:
“Há em Castagnito de Alba uma jovem de
boa família, que, pela piedade, inteligência, docilidade, bondade, serviria
bem... Mas, há duas dificuldades: a pouca saúde e o ter frequentado só as
escolas da sua terra.”
“Venha!” respondeu o Primeiro Mestre.
“Receberá do Senhor saúde suficiente e a ciência necessária para o seu cargo:
quando o Senhor quer...”
Em junho de 1915, Teresa Merlo entrou na
comunidade de São Paulo.
Padre Tiago Alberione e Ir. Tecla Merlo |
Teresa Merlo nasceu a 20 de fevereiro de
1894, em Castagnito d’Alba (Cuneo, Piemonte), ao norte da Itália. Única mulher
entre os quatro filhos do casal Heitor e Vincenza Rolando Merlo. De saúde
frágil, dedicou-se, desde adolescente, à arte da costura, num pequeno atelier
da família. Quando o pai a envia para aprender costura e bordado, Teresa, está
longe de imaginar que a sua ação viria a ser determinante para que a Igreja
católica consolidasse a sua presença nos média e na área editorial.
Sua sensibilidade religiosa chamou a
atenção de Padre Tiago Alberione, que a convidou para coordenar um grupo de
jovens que se preparavam para trabalhar com a imprensa. Teresa abraça o projeto
do sacerdote italiano e, com esse grupo de moças motivadas pelo mesmo ideal, relança
um jornal diocesano e abre uma livraria cristã. Era o dia 15 de junho de 1915,
quando encontra Pe. Tiago Alberione pela primeira vez em Alba, na igreja dos
Santos Cosme e Damião, e segue o seu convite em permanecer na cidade e iniciar
sua “aventura” de futura Filha de São Paulo.
Teresa intuiu logo que a proposta de
Padre Alberione correspondia aos seus anseios de consagrar-se a Deus. Aceitou o
convite, trocando o atelier de costura pela tipografia, tornando-se pioneira da
evangelização na imprensa, cinema, rádio e televisão.
De fato, em 1918, Teresa com algumas de
suas companheiras foram enviadas pelo Fundador a Susa, norte da Itália, onde o
bispo lhes confiou a produção e divulgação do jornal diocesano La Valsusa. Esse
momento marcou uma etapa significativa na vida de Teresa, que passará a
considerar a experiência de Susa como o início da missão das Filhas de São
Paulo.
Apoiada na fé, mais do que em recursos
materiais, Irmã Tecla assumiu sem medo os meios modernos de comunicação, e
contando apenas com a força de Deus, encorajou, no mundo inteiro, iniciativas
até então inexploradas.
Desde o início, Teresa sentiu a força de
Deus e, na pobreza absoluta, apenas com a bagagem da fé, da confiança e da
humildade, ela começou, orientada por Alberione, a Congregação que veria
florescer no mundo inteiro, a Congregação das Irmãs Paulinas, as mensageiras de
Deus, ou andarilhas de Deus, como o fundador gostava de chamá-las.
No dia 22 de julho de 1922 pronuncia a
profissão religiosa privada, juntamente com oito companheiras, e assume o nome programático
de Tecla, o mesmo da primeira discípula de São Paulo, apóstolo dos gentios. Padre
Alberione a nomeou Superiora geral do nascente Instituto. Em março de 1936
inicia a primeira de uma longa série de viagens nas várias partes do mundo,
para encontrar-se com suas Filhas e confirmá-las no caminho da vocação paulina.
De São Paulo, mestra Tecla aprendeu o
amor incondicional a Jesus e a todos os povos: moldou o seu coração à
universalidade e abriu-se a todas as culturas e povos; como ele, foi mestra e
formadora de outras irmãs; como ele, usou os novos meios de comunicação para
que o Evangelho cumprisse a sua corrida gloriosa; como ele, viajou por terra,
por mar e ainda pelo céu para iniciar comunidades em todos os continentes, para
se encontrar com as irmãs e avaliar novas situações, encorajando novas
iniciativas apostólicas para fazer o bem a muitas pessoas.
O nascimento da revista “Família
Cristã”, que depressa se estendeu a outros países, a realização de
curtas-metragens para a catequese e a gravação de discos para pessoas
analfabetas constituem algumas das suas ações precursoras enquanto primeira
superiora do atual Instituto Missionário Filhas de São Paulo.
A par da evangelização nos média, a irmã
Tecla acompanha o padre Alberione na constituição de outros institutos, como as
Discípulas do Divino Mestre, as Irmãs de Jesus Bom Pastor e as Irmãs da Rainha
dos Apóstolos, ao mesmo tempo em que acompanhava o alargamento da congregação.
Em Tecla Merlo, padre Alberione
encontrou a colaboradora sapiente e a fiel intérprete para a transmissão do
carisma das Filhas de São Paulo. Sob a sua orientação, a congregação cresceu e
deu início a obras inovadoras na edição de livros, revistas, discos, programas
de rádio e de televisão, e chegou a todos os continentes.
As Filhas de São Paulo, que 16 anos após
a fundação estavam implantadas no Brasil, Argentina e Estados Unidos, marcam
hoje presença em 240 comunidades, distribuídas por 52 países dos cinco
continentes.
Seus últimos anos de vida foram como uma
oferta ao Pai, não se cansava de oferecer a própria vida pelo êxito da missão
paulina e por cada Filha de São Paulo. “No dia 28 maio de 1961, em Ariccia
(Itália), durante os Exercícios, na festa da Santíssima Trindade, Mestra Tecla
ofereceu a vida para que todas as Filhas de São Paulo sejam santas. No dia 16
de Junho de 1963 foi atingida por um espasmo cerebral. Foi hospitalizada em
Albano (Itália)”. Todas as Filhas de São Paulo sentiam fortemente sua
serenidade e tão grande carinho que dedicava a cada uma. Não é por acaso que
ela proferiu as seguintes palavras: “Se mil vidas eu tivesse, mil vidas eu
daria por causa do Evangelho”.
Irmã Tecla retoma suas atividades e o
seu desejo de fazer ainda mais pelo anúncio do Evangelho cresce dentro dela.
“No dia 7 de julho do mesmo ano, restabelecida, volta para Roma para uma breve
visita; reúne todas as irmãs na Via Antonino Pio para saudá-las e agradecê-las
pela sua cura”. A sua serenidade e o abandono em Deus comovem a todas.
Em 22 agosto de 1963 experimenta grande
alegria pelo encontro com o papa Paulo VI, na visita à casa de saúde Regina Apostolorum,
de Albano Laziale. Em 22 novembro de 1963 foi acometida por um novo e mais
grave espasmo cerebral. Pe. Alberione lhe administrou a unção dos enfermos.
E chega a hora de nossa querida irmã se
despedir desse mundo, ela já havia cumprido sua missão aqui na terra, agora
Deus a chamava para estar com Ele no paraíso. Em 05 fevereiro de 1964 morreu em
Albano, na casa de saúde Regina Apostolorum, após uma hemorragia cerebral. Foi
assistida espiritualmente por Pe. Alberione. Era uma quarta-feira. Assim, mais
um anjo foi povoar o céu, ser uma estrela a iluminar todas as Filhas de São
Paulo e demais membros da Família Paulina aqui na terra. No dia 22 de janeiro de 1991 é proclamada venerável.
UM IDEAL: Viver
como São Paulo, o apóstolo das nações: com espírito universal, na caridade que
se faz “tudo para todos”.
UMA PAIXÃO:
Revelar a todos o Senhor Jesus, Caminho, Verdade e Vida.
UMA INTUIÇÃO:
Trabalhar na evangelização com os meios modernos de comunicação: imprensa,
cinema, rádio, televisão, discos, cassetes, vídeo, CR-ROM, internet…
UM PROGRAMA DE
VIDA: A caridade da verdade.
Para
pedir a intercessão de Mestra Tecla
Trindade
Santíssima,
Pai, Filho e
Espírito Santo,
eu te louvo
pelas maravilhas que fizeste
na vida da
Venerável Irmã Tecla Merlo.
Ela seguiu Jesus
Mestre
Caminho, Verdade
e Vida,
dedicando-se à
missão de evangelizar
por meio da
comunicação social.
A exemplo do
Apóstolo Paulo,
ela queria ter
mil vidas
para doá-las ao
Evangelho.
Jesus Mestre,
concede-me fé e coragem
para imitá-la em
suas virtudes,
e, por sua
intercessão, peço esta graça
tão necessária
para mim... (pausa para pedido)
Pai Nosso, Ave
Maria, Glória ao Pai.
Comunique graças alcançadas a:
ou
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