Nasceu em 1397, no povoado polonês de Kenty, de onde lhe veio o “sobrenome”: Câncio. Esse povoado pertencia à diocese de Cracóvia.
São
João Câncio era filho de Estanislau e de Ana, casal honesto e
virtuoso. Já na sua tenra infância, demonstrou forte tendência à uma vida toda
de Deus, na prática das virtudes cristãs.
Fez
com o máximo proveito os estudos de filosofia e teologia na Universidade
de Cracóvia.
Conquistou
com brilhantismo todos os graus académicos e, nomeado lente da mesma
universidade, durante muitos anos, não só transmitiu aos seus ouvintes os
princípios e a substância da sã doutrina, como também inflamou os seus corações
no amor de Deus.
Foi,
desta maneira, um mestre em verdade: pelo ensino e pelo exemplo. Feito
sacerdote, continuou a cultivar o estudo das ciências. Não sem dar maior
impulso ainda à perfeição religiosa.
Máxima tristeza causava-lhe
o mau proceder de tantos cristãos que, pecando, provocavam a ira de
Deus, e punham a sua alma ao perigo de eternamente se perder.
Entre
lágrimas, celebrava o Santo Sacrifício da Missa, implorando a misericórdia de
Deus para si e para os outros.
Durante
alguns anos teve ao seu cargo a administração de uma paróquia, para, depois, retomar
a sua atividade de professor da universidade.
Antes
de tudo, era ele homem da oração, de penitência e de muita caridade. Em seus
colóquios íntimos com Deus, muitas vezes se via transportado para as esferas
celestiais, em visões e contemplações misteriosas.
A
Sagrada Paixão e Morte de Jesus constituía sua devoção predileta. Noites
inteiras passava em meditação diante do Divino Salvador, que foi entregue à
crueldade dos seus inimigos. Por três vezes, viajando a pé, visitou o Santos Lugares
(Terra Santa). Chegou a pregar aos turcos a Jesus Crucificado, na esperança de,
assim, alcançar a coroa do martírio.
A
Roma, quatro penosas viagens fez, sempre a pé, com o intuito de reverenciar a
Sé Apostólica, de fazer penitência por seus pecados e aliviar os pecadores das
penas do purgatório.
Assaltado certa vez por salteadores, teve de
deixar nas mãos deles o dinheiro que consigo levava. Perguntado se nada
mais possuía, declarou que não. Ia já continuar seu caminho, quando se lembrou
que havia algumas moedas de ouro costuradas em seu manto. Foi o bastante para chamar os ladrões que já se
achavam em retirada. A eles entregou esse dinheiro. O efeito foi que estes,
admirados da honestidade e da candura do Santo, se negaram a aceitar as moedas e,
envergonhados, se arrependeram do que fizeram. Restituíram-lhe a bolsa que
lhe tinham roubado.
Para
se precaver contra o pecado da maledicência, escreveu na parede de seu quarto
as célebres palavras de Santo Agostinho: “Guarda-te de aborrecer o
próximo que não te agrada. Guarda-te da maledicência e da difamação, pois,
duro é retirar suas palavras, uma vez já pronunciadas”.
Da
caridade fez sua virtude predileta. Peças de roupa do seu uso e sapatos dava
aos necessitados. E, frequentemente foi visto que, para encobrir a nudez dos
seus pés, descia a túnica.
Breve
era o tempo que dava o sono. De alimento, só se servia para não morrer de
inanição. Eram duros e extensos os seus jejuns. O seu corpo sujeitava a duras
mortificações. Durante os 35 anos que precederam sua morte, se absteve, por completo,
de ingerir carne.
Sentindo
a morte se aproximar, dispôs todos os seus bens a favor dos pobres. A vigília
da festa do nascimento do Salvador veio a ser a data da sua morte.
Milagres o acompanharam no trânsito da sua vida. Não sendo menos gloriosa a sua morte. O papa Clemente XIII, inseriu o seu nome no catálogo dos Santos no ano de 1767. A Polônia e a Lituânia veneram São João Câncio como seu padroeiro principal.

O milagre do vaso quebrado que
"emendou" (restaurou-se) milagro-
samente, graças à intercessão do Santo.
Oração.
Ó Deus onipotente, atendei a nossa súplica. E
fazei que, progredindo na ciência dos Santos, como vosso Santo confessor, São
João Câncio, e, praticando a misericórdia para com o próximo, consigamos por
seus merecimentos, a remissão de nossas culpas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo,
vosso Filho, que é Deus e convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo,
por todos os séculos dos séculos. Amém.
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