Servos de Deus Jerônimo e Zélia, Esposos. |
Jerônimo
de Castro Abreu Magalhães e Zélia Pedreira Abreu Magalhães casaram-se em 27 de
julho de 1876, na Chácara da Cachoeira, Tijuca. Ele engenheiro civil e ela uma
jovem letrada, com primorosa formação artística, literária e científica, de
modo que aos 14 anos traduziu do italiano para o português, a obra de Cesare
Cantu “Il Giovinetto”, que publicou sob o título de “O Adolescente”.
Após
uma temporada em Petrópolis, o casal fixou sua residência na Fazenda Santa Fé,
perto do Carmo do Cantagalo, Província do Rio de Janeiro e há muito pertencente
à família Abreu Magalhães. Lá os dois constituíram um autêntico lar cristão. Na
fazenda tinha uma capela, na qual inúmeras vezes ao dia podiam-se vê rezando,
como também seus escravos, que só iniciavam o trabalho do dia sempre com oração
guiada pelo casal no pátio da fazenda onde havia um coreto.
Jerônimo
e Zélia se preocupavam muito com a vida espiritual deles, por isso, eles sempre
participavam da Santa Missa, confissões e catequese sempre promovidas pelo
casal. Eles mesmos os catequizavam, adultos e crianças. Jerônimo e Zélia nunca
trataram seus escravos como sendo propriedades suas. Lá eles viviam em
liberdade e recebiam, inclusive, salário. Quando foi assinada a lei Áurea em 13
de maio de 1888, na Fazenda Santa Fé os escravos permaneceram residindo lá,
pois junto com Jerônimo e Zélia eles sempre viveram e foram tratados como
pessoas livres, pois já a muito tempo o casal havia libertados os escravos de
sua Fazenda. Lá eles construíram uma enfermaria para tratar dos escravos
doentes e, periodicamente, vinha um médico e Jerônimo e Zélia iam com seus
filhos visitá-los e também tratar deles.
Desse
santo e feliz casamento nasceram-lhes treze filhos: quatro falecidos em tenra
idade, tendo todos os demais (três homens e seis mulheres) abraçado diferentes
Ordens Religiosas. Dentre eles, o franciscano Frei José Pedreira de Castro,
professor de Ciências Bíblicas, que fundou em 1956 o Centro Bíblico e o curso
de Sagrada Escritura por correspondência, cuja a repercussão alcançou todos os
Estados da Federação numa intensidade jamais prevista, se tornando ele
personagem Histórico da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil.
Em
1909, Jerônimo morreu em odor de santidade. Zélia foi então cuidar de seu pai,
cuja esposa havia falecido em 1901. Ela ficou residindo com ele até sua morte
em 01 de novembro de 1913. A partir daí, Zélia então concretiza um antigo
desejo seu de se tornar religiosa, ingressando então no Convento das Servas do
Santíssimo Sacramento, o “Venite Adoremus”,
estabelecido em 1912 no Largo do Machado, Rio de Janeiro.
Após
vender todos os seus bens e doá-los aos mais necessitados e também a Igreja,
depois de ter cumprido a passagem do Evangelho de vender tudo e aos pobres para
depois seguir a Jesus mais de perto, Zélia a partir de então passaria a ser
chamada de Irmã Maria do Santíssimo Sacramento, tomando o habito para a vida
religiosa em 22 de janeiro de 1918, vindo a terminar sua edificante e modelar
existência no dia 8 de setembro de 1919, em justa fama de santidade.
Inúmeras
são as graças alcançadas pela intercessão deste grande casal fiel a Deus. Que
não só entregaram seus filhos a Deus, mas suas próprias vidas pela causa do
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Servos de Deus Jerônimo e Zélia: exemplo de santidade matrimonial e de amor cristão pelo próximo. |
Devoção popular ao casal Abreu Magalhães. |
Os nove filhos (na foto veem-se oito) do casal consagraram-se a Deus na vida religiosa. |
Reconhecimento Canônico dos Restos Mortais do Casal Jerônimo e Zélia. |
Dom Orani, Arcebispo do Rio de Janeiro, incensando os restos mortais do casal candidato à honra dos altares. |
2 comentários:
Que os servos de Deus Jerônimo e Zélia intercedam por nós.
Não os conhecia, que linda história de vida e santidade. Que Deus os eleve aos altares e ensine através deles a santidade no matrimônio
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