Beato José Maria Cassant, presbítero trapista |
José Maria
Cassant nasceu no dia 6 de Março de 1878 na localidade de Casseneuil (França),
no seio de uma família de arboricultores. Estudou no colégio dos Irmãos de São
João Batista de la Salle, com dificuldades crescentes em virtude da falta de
memória.
Tendo recebido
uma sólida educação cristã, aumentava nele um profundo desejo de se tornar
sacerdote. Assim, no dia 5 de Dezembro de 1894 entrou na abadia cisterciense de
Santa Maria do Deserto, na Diocese de Tolosa.
Contemplando
Jesus na sua Paixão, o jovem monge deixava-se impregnar pelo amor de Cristo.
Consciente das suas lacunas e debilidades, confiava única e totalmente em
Jesus, que era a sua força.
Pronunciou os
votos perpétuos na solenidade da Ascensão e começou a preparação definitiva
para o sacerdócio, que considerava em função da Eucaristia, em que Cristo
Salvador se entrega inteiramente aos homens, e em cujo Coração traspassado na
cruz, recebe todos os que a Ele recorrem com confiança. José Maria recebeu a
Ordenação sacerdotal no dia 12 de Outubro de 1902.
Atingido pela
tuberculose, o jovem presbítero só revelou os seus sofrimentos quando já não os
podia esconder, oferecendo-os sempre por Cristo e pela Igreja e meditando
assiduamente sobre a Via-Sacra do Salvador. Seus sofrimentos eram ainda mais agravados
pela negligência do “irmão enfermeiro” que deveria cuidar dele. Tudo suportava
na mais profunda paz e conformidade com a vontade de Deus.
No leito de
morte, afirmou: "Quando não poderei
mais celebrar a Santa Missa, Jesus poderá levar-me deste mundo". O
Padre José Maria faleceu na madrugada do dia 17 de Junho de 1903, com apenas 25
anos de idade, dos quais 16 transcorridos na discrição em Casseneuil e 09 no
claustro de um mosteiro, dedicando-se às coisas mais simples: oração, estudo e
trabalho.
Coisas
ordinárias, porém, que ele soube viver de maneira extraordinária, com uma
generosidade incondicional. Por isso, a mensagem do Padre José Maria é muito atual:
num mundo em que reina a desconfiança,
que muitas vezes é vítima do desespero,
mas que é sequioso de amor e de ternura,
a sua vida pode ser uma resposta para
quem, sobretudo entre os jovens, se
põe em busca de um sentido para a sua vida.
Foi beatificado
pelo Papa São João Paulo II no dia 03 de outubro de 2004.
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