Primeiro texto biográfico:
Alberto Marvelli
nasce no dia 21 de março de 1918 em Ferrara, segundo de sete filhos. Quando se
transfere a Rimini com a família, começa a freqüentar o Oratório salesiano.
Sempre disponível, torna-se catequista e animador: o braço direito dos
Salesianos. Gosta de esportes e pratica de tudo.
Toma como
modelos Domingos Sávio e Pier Giorgio Frassati.
Aos 17 anos
escreve em seu diário um projeto de vida que irá renovando com o passar do
tempo. Entra no grupo oratoriano da Ação Católica tornando-se logo seu
presidente paroquial.
Presta serviço
na Igreja de Rimini como vice-presidente diocesano da Ação Católica. Estudante
de engenharia em Bolonha, participa ativamente da FUCI, permanecendo fiel, com
sacrifício, à Eucaristia quotidiana.
Forma-se em 1942 e começa a trabalhar na Fiat de Turim. Faz o serviço militar
em Trieste e consegue levar muitos de seus companheiros à Eucaristia.
Durante a
Segunda Guerra Mundial torna-se apóstolo entre os refugiados e uma verdadeira
providência para os pobres. Depois da entrada dos aliados em Rimini, é nomeado
assessor municipal junto ao ofício de alojamentos e reconstrução e engenheiro
responsável pela engenharia civil: "Os
pobres passem por primeiro - dizia -, os
outros podem esperar". Aceita participar das eleições nas listas da
Democracia Cristã. É reconhecido por todos como cristão empenhado, mas não
faccioso, tanto que um adversário comunista dirá: "O meu partido pode até
perder. Basta que o engenheiro Marvelli se torne prefeito". O bispo nomeou-o
presidente dos laureados católicos.
A devoção
mariana e a Eucaristia foram realmente as colunas da sua vida: "Um mundo novo foi aberto para mim ao
contemplar Jesus sacramentado – escreve em seu diário. Sempre que me aproximo da santa Comunhão, sempre que Jesus em sua
divindade e humanidade entra em mim, em contato com a minha alma, é um
acender-se de santos propósitos, uma chama que queima e que consome, mas que me
torna muito feliz!".
Morreu
atropelado por um caminhão militar no dia 5 de outubro de 1946. Foi, como
queria Dom Bosco, bom cristão e honesto cidadão, empenhado na Igreja e na
sociedade com coração salesiano. Na juventude fez seu o lema: Ou viver subindo
ou morrer.
Loreto – Itália
– 5-9-2004 - Beatificação do Ex-aluno Salesiano Alberto Marvelli.
Segundo texto biográfico (mais
completo):
“Jesus passou e tinha fome”
A família
Marvelli estabelece definitivamente em Rimini em junho de 1930, depois de haver
peregrinado por várias cidades em decorrência do trabalho de papai Alfredo,
Diretor de banco. Habitavam uma residência de frente ao mar construída alguns
anos antes, em um período de condições financeiras favorável. A residência
ficava distante do centro da cidade: praia deserta e mar límpido, o ideal para
uma família com muitos filhos.
Alfredo Marvelli
e Maria Mayr foram unidos pelo matrimônio em 23 de janeiro de 1916, na sua
cidade natal, Ferrara. Em Ferrara nasceu Alberto em 21 de março de 1918.
Adolfo, Carlos Raffaelo nasceram em Rovigo; Giorgio e Gede nasceram em Rimini.
Um outro filho,
Giorguno, foi morto com apenas 3 anos de idade, atropelado por um automóvel.
Papai Alfredo e
mamãe Maria são dois genitores exemplares, não somente pela fervente prática
religiosa, mas também pelo empenho político, eclesial, caritativo. Um
cristianismo vivido em toda à sua dimensão, com coragem e firmeza, até diante
das perseguições do fascismo que relegaram papai Alfredo à margem da sociedade
por não estar inscrito no partido fascista.
Papai Alfredo é
dirigente dos homens da Ação Católica e presidente da Conferência de São
Vicente de sua paróquia. Mamãe Maria ensina catecismo; trabalha com as Damas da
Caridade e colabora com a Associação de “Proteção aos Jovens”.
Mas, sobretudo, a
casa dos Marvelli é um centro de caridade. A pouca distância da residência
surge uma vilarejo de pobres pescadores, horticultores, pedreiros, lavradores
de jornada. Todos buscavam à porta da casa Marvelli e ninguém saía dela de mãos
vazias. Acontecia às vezes que na mesa, para os seus filhos, retornando da
escola, existisse pouco mais que o primeiro prato. Passou Jesus – dizia a mamãe
– tinha fome e nós demos aquilo que era de vocês. As crianças compreendiam que
por ali haviam passado muitos pobres. Alfredo e Maria desprendiam em obras de
caridade grande parte do que recebiam. Alberto e os irmãos foram educados neste
clima sereno e cristão, enriquecido do amor recíproco, da oração e da caridade.
Repentinamente
em 07 de março de 1933, papai Alfredo cai gravemente enfermo e apenas três dias
depois morre de meningite. Mamãe Maria fica sozinha a guiar uma numerosa
família. A inevitável limitação econômica não diminui o ardor de sua caridade.
Ouvimos a opinião de Alberto
Na paróquia de
Maria Auxiliadora, mantida pelos Salesianos, paróquia na qual habita a família
Marvelli – há um florescente oratório, freqüentado por quase todos os jovens da
região. Alberto se matricula imediatamente na Juventude Católica Italiana do
Círculo “Dom Bosco” e começa a freqüentar o oratório salesiano, onde se vivem
uma atmosfera de grande fervor religioso e uma vida serena e alegre, rica de
múltiplas atividades: do esporte ao divertimento, da excursão ao teatro.
A ação formadora
da família, se une agora com do oratório. O molde da formação humana,
apostólica, espiritual de Alberto é salesiana.
Alberto tem
apenas 15 anos, mas os salesianos compreendem que ele tem uma vocação inato,
transformando-o em delegado aspirante e generoso animador do oratório. Trabalha
com máximo empenho em meio aos jovens, animando-os entre uma justa visão do
jogo e do divertimento. Ora com recolhimento, manifesta compromisso, caridade,
serenidade e pureza.
É inteligente, dotado
de boa memória, pacífico, porém, dinâmico, forte de caráter, generoso, animado
de um profundo senso de responsabilidade e justiça. Graça a sua qualidade humana
tem um forte predomínio nos companheiros, sendo estimado por todos pela sua
virtude. Todavia não nasceu com asas e nem auréola, a conquista disso será
gradual e difícil.
Agora todas as
atividades do Oratório estão sobre sua responsabilidade. Todos tem para com ele
uma grande confiança, tanto que os assistentes do oratório antes de tomarem
qualquer decisão diziam: “ouvimos
primeiramente a opinião de Alberto”.
Antes morrer que pecar
Depois da morte
de seu pai, em 1933, Alberto começa a escrever um Diário no qual anota
sentimentos, propósitos e aspirações. É a história de seu caminho espiritual,
da sua vida interior, da sua experiência com Deus e de sua oração.
No Diário não
tem recordações de suas múltiplas atividades, todas as atenções são voltadas
para o Senhor. São páginas de colóquios íntimos e de adorações intensas. A
partir deste momento Alberto inicia um caminho espiritual pessoal, que terá
como força motora a luta contra o pecado, a consagração ao Coração Imaculado de
Maria, um sério e detalhado programa de vida espiritual que compreende: oração,
visita ao Santíssimo Sacramento, comunhão freqüente, rosário recitado todos os
dias, meditação, exame de consciência, luta contra as faltas mais graves e
fazendo apelo também para qualquer penitência física e confissão freqüente.
Escreve no
Diário: “Não se pode ter uma vida
dividida, não se pode conciliar Jesus e o diabo, a graça e o pecado. Então eu
quero ser todo de Jesus, todo seu. Se até então tenho sido um pouco incerto, a
partir de agora não devo ter mais incertezas. A via é segura, cheia de
sofrimento, mas não mais pecar. Jesus! melhor morrer que pecar, ajuda-me a
manter esta promessa”.
Alberto decide
encaminhar-se sobre a via da perfeição, através de uma total entrega a Cristo,
decidida e alegre, que brota de um coração límpido e rico de graça, de uma
vontade forte e decidida.
A vida é ação, é movimento.
Em 1935, quando
Alberto tinha apenas 17 anos, o irmão mais velho Adolfo deixa a família para
entrar na Academia Militar de Turim. Alberto se torna o chefe da família, e
mamãe Maria tem a máxima confiança nele. Sente forte esta responsabilidade,
também para com os irmão menores para isto, escreve no Diário “devo ser melhor, mas paciente, mais puro”.
No Liceu
clássico estuda com dedicação e disciplina levando o estudo com seriedade e
responsabilidade. Está sempre entre os melhores da classe. Tem uma forte
tendência para as ciências exatas, nas quais traz as melhores notas, mas também
ama a poesia e a literatura. Na classe composta de doze alunos, emergem suas
qualidades morais: a disponibilidade para ajudar os companheiros e a lealdade
para com os professores. Se algum professor às vezes pronunciar algum erro
sobre o pensamento cristão, na presença da classe, com bondade corajosa
exortava o professor a mudar sua impressão.
Esta sua
lealdade e liberdade de espírito é muito apreciada e lhe vale a estima dos
professores.
Uma vez, quando
toda a classe teve uma nota disciplinar coletiva, convenceu os verdadeiros
culpados à apresentar-se ao diretor, porque não era justo que os outros fossem
punidos por causa deles. Freqüentava também o Liceu, Federico Fellini, o futuro
registra, que conservará dele uma cara lembrança e uma grande estima.
Alberto amou o
esporte. Todos os esportes: tênis, voleibol, atletismo, ciclismo, natação e
vela. Tinha um forte físico, robusto e saudável, mas considerava o esporte com
um meio para aperfeiçoar certas qualidades do caráter, para dominar a preguiça
e para fortificar a personalidade. O esporte mais praticado era o ciclismo. Em
bicicleta andava até Bolonha, Arezzo, Florença, no Bergamasco. Pedalava
quilômetros e quilômetros, impelido da amizade, do apostolado e da necessidade.
Era capaz de percorrer mais de cem quilômetros em um só dia.
Beato Alberto praticando ciclismo |
O santo jovem praticando vôlei. |
Escreve no seu
Diário: “A vida é ação, é movimento, a
minha vida também deve ser ação, movimento contínuo sem parada: movimento e
ação, servirão ao único fim do homem: salvar-se e salvar”.
Mais o esporte
mais amado era as excursões nas montanhas. “Se
eu não amasse Deus, creio que chegaria à amá-lo estando na montanha. Que paz!
Que serenidade! Que beleza! Tudo aqui fala de Deus. É impossível não reconhecer
a obra do Criador”.
A contemplação
da montanha o eleva à meditação do Absoluto e abria o seu coração ao desejo de
bondade e de pureza. Alberto desejava a pureza como meio de comunhão com Deus,
por uma necessidade de coerência consigo mesmo e de radicalidade evangélica. A
pureza não é somente o domínio das próprias paixões, mas é um novo modo de
viver, de sentir, é separação, humildade, desejo do céu, contemplação.
“Como é belo está puro, quanta simplicidade no
pensamento, como se contemplasse a obra de Deus!… Mas sobretudo um coração puro
gosta da alegria da alma, da união íntima e contínua de Deus, da contemplação
de sua aparência debaixo das espécies Eucarísticas” !
O Beato (à esquerda) com companheiros da Ação Católica. |
Sinto amar sempre mais esta nossa Ação Católica
Alberto Marvelli
tinha aderido à Ação Católica em 1930, entrando a fazer parte do grupo
“Fanciulli cattolic” (meninos católicos) e ai permaneceu até a morte.
Uma longa
militância, entusiasmada, ativa e responsável, chegando a acumular no curso dos
anos vários cargos: delegado aspirante, presidente do círculo de sua paróquia,
secretário diocesano, delegado diocesano e regional dos estudantes e
vice-presidente diocesano. Até o momento da morte era também presidente dos
Profissionais Católicos.
Alberto amava a
Ação Católica. Vivê-la intensamente. Difundi-la com entusiasmo. Compreendia a
importância que tinha para os jovens de pertencer a uma associação comunitária;
viver junto a experiência de Deus e do apostolado, era a certeza de não se
perder.
Depois de haver
conseguido o diploma do 2º grau, escreve em seu Diário: “Espero que seja o princípio de uma nova e mais intensa atividade na
Ação Católica”.
E ainda: “Quanto de nós jovens devemos a esta
Juventude Católica, a nossa Associação, ao nosso Pontífice”. “Todo o nosso patrimônio espiritual, a nossa
verdadeira vida”.
Alberto
trabalhava muito para Ação Católica: sempre em visita às associações
paroquiais, sempre presente aos retiros zonais e diocesanos e nas reuniões
diocesanas, regionais e nacionais. Em agosto de 1938 participou, em Mondragone,
da semana nacional dos dirigentes e de lá retornou entusiasmado. Em toda a
cidade na qual ele se encontrava (Bolonha, Milão, Turim, Treviso) se inseria
sempre na Ação Católica e participava de várias atividades.
Os companheiros
recordavam que ele andava orgulhoso de portar no peito o distintivo da Ação
Católica, principalmente nos anos que era particularmente proibido pelo regime
fascista.
Uma vez reprovou
severamente um amigo que havia jogado fora seu distintivo por temor de seu
professor fascista.
É na Ação
Católica que Alberto realizava a maturidade do seu caminho espiritual e a sua
vontade de fazer-se santo. “O meu
programa – escreve no Diário – compreendia
em uma palavra: santo. A esta
palavra, que diz já tudo, desejo ajuntar aquela do apostolado, enquanto como
jovem da Ação Católica é minha obrigação imperiosa fazer apostolado sempre e em
todo lugar”.
“Nós jovens da Ação Católica temos uma dupla responsabilidade
diante de Deus e diante do mundo, porque pertencemos à Igreja por um duplo
laço: pelo o batismo e pela Ação Católica, que é a mesma Igreja”. A Ação
Católica foi o lugar principal no qual Alberto educou a sua juventude à
generosidade, ao compromisso e à santidade.
Desejo pela Eucaristia
Conseguindo o
diploma do 2º grau em 1936, com ótimas notas, Alberto matricula-se na
Universidade de Bolonha no curso de Engenharia Mecânica. O período
universitário assinala uma virada e uma nova abertura na sua formação
espiritual, cultural e política. Neste período alcança uma solidez espiritual e
desenvolve uma riqueza de dons que o acompanhará desde uma vida de contemplação
até uma intensa vida de ações.
Escreve em 1937:
“Desta mesa, ó Senhor, uma outra vida, a
verdadeira vida se inicia e desejo à todo custo segui-lo”. Aspiração pela a
pureza, desejo de apostolado, desejo da Eucaristia, necessidade de vida
interior, de recolhimento, de estudo, de santos e nobres propósitos, de
constância nos bens, de singeleza nas funções exercidas.
Para Alberto a
Eucaristia, sentida como presença viva de Deus na história do mundo, é a fonte
da qual buscava força e energia para os incansáveis compromissos com os outros.
Recebia a Eucaristia todos os dias desde os 15 anos. Tinha plena consciência da
grandeza do mistério eucarístico: depois de ter recebido a Eucaristia passava
um longo tempo na igreja, de joelho, recolhido e imóvel. Alberto é enamorado da
Eucaristia. “Toda as vezes que me aproximo da Santa Comunhão, todas as vezes Jesus
na sua divindade e humanidade entra em mim, é uma inflamar de santos
propósitos, é como um fogo que arde e que entra no meu coração, como uma chama
que queima e que consome, mas que me rende de coisas felizes. Então me abandono
totalmente a um colóquio íntimo com Jesus, a minha humanidade desaparece,
poderei dizer: Ele está dentro de mim.”
Alberto desfruta
da presença de Cristo, mas quando lhe adverte que o mundo ao seu redor está sob
o sinal da injustiça, da pobreza, do pecado, então a Eucaristia lhe dá força
para empreender um trabalho de redenção, de libertação, capaz de humanizar a
face da terra.
Para receber a
Eucaristia Alberto faz cada sacrifício: muitas vezes se refugia na Igreja de
São Bartolomeu em Bolonha, depois das aulas, até doze e trinta, para
aproximar-se da Santa Comunhão. Faz jejum pela meia-noite e enfrenta à viagem
de trem até Rimini. Na universidade decide inscrever-se à FUCI e torna amigo de
muitos jovens idôneos e empenhados como ele. Na FUCI encontra uma religiosidade
muito aberta: se dá largo espaço à meditação da Sagrada Escritura e à recita de
cor. Além disso, naquele período não era consentido algum debate político;
através da leitura, encontros, aprofundamentos culturais, a FUCI vinha educando
os valores mais importantes da política: a democracia, a liberdade, a
solidariedade, que foram a arma espirituais e culturais da resistência ao
fascismo. Alberto viveu este período cultural e espiritual com intensa
participação e dele recebeu um notável influxo.
Quando em 1938 a
Itália criou as leis contra os judeus, Alberto participando de um debate na
Universidade, apresentou corajosamente posição contra tal lei, pondo em aberto
sua oposição com as diretivas do regime fascista.
No período
universitário teve de conciliar estudo e trabalho. No verão, por alguns meses,
trabalhava nos vários engenhos de Ravena, para manter-se nos estudos.
Conseguindo se formar nos cincos anos prescrito, com ótimas notas.
NO TURBILHÃO DA GUERRA
“Faz a guerra desaparecer sempre do mundo”
Oito dias após a
formatura, Alberto está em Trieste, para prestar serviço militar junto ao 5º
Centro Automobilístico, na qualidade de Cadete Oficial. A Itália está em guerra
desde 10 de junho de 1940.
Uma guerra que
Alberto condena abertamente definindo-a “um momento catastrófico da vida
social”. Escreve em seu Diário: “Todos os homens falam de paz, desejam a paz,
mas poucos são aqueles que, como o Papa, trabalham para isso, para mantê-la,
para fazê-la retornar. Quantas vidas se sacrificam, quantos jovens se vertem em
sangue, quantas dores que se renovam!” . “Jesus, protege a Itália, preserva-la
de uma queda total: faz a guerra desaparecer sempre do mundo.”
Junto a caserna
Alberto se encontrava em um ambiente difícil. Às blasfêmias, à vulgaridade, a
imoralidade se acrescenta a raiva pelo longo serviço militar e incerteza do
futuro.
Alberto põe
imediatamente ao trabalho. Aproxima dos recrutas e oficiais, os membros da Ação
Católica e quantos outros que estivessem dispostos a dar testemunho de fé com
coragem, organizando encontros formativos e participando da Missa.
Aproxima de
todos com sincera amizade, amizade feita de generosidade e de altruísmo.
Colocar-se ao lado, servir e testemunhar este era o seu estilo. Quando chegavam
os novos recrutas, era capaz de vigiá-los todas as noite, para evitar piadas
pesadas do quartel, posto no ato pelo os mais velhos.
Um dia um
companheiro adoeceu de febre amarela e foi internado no hospital. Durante o
período que ficara doente, Alberto dedicou o seu tempo livre para assisti-lo.
Em 2 de dezembro
de 1941, recebe a baixa do serviço militar, porque tem outros dois irmãos no
exército.
A vida é uma passagem, um contínuo andar
Retorna a
Rimini, poucos dias depois teve de deixar para ir a Turim, porque o irmão
Adolfo conseguiu para ele um emprego junto a FIAT.
Escreve no
Diário: “Estou em Turim a trabalhar na FIAT. Por quanto tempo, só o Senhor
sabe. A vida é uma passagem, uma viagem, um contínuo andar. Quando posso
parar?”
Alberto trabalha
no escritório de elaboração de projetos. Se ocupa do “mitica Topolino”, o FIAT
500, sempre em fase de idealizações. Depois para o escritório técnico de
auto-veículos ferroviários. Trabalha com empenho e seriedade. Os dirigentes da
FIAT, o apreciam e o estimam como “um bom técnico”, interessado no trabalho
apesar das penosas circunstâncias em que se desenvolvem por causa da guerra”.
Como é de hábito, faz imediato contato com a Ação Católica e conhece Luigi
Gedda e Carlo Carreto.
Participa das
atividades dos Vicentinos e vai visitar os pobres nos bairros populares da
cidade. A vida na fábrica não diminui o seu dinamismo apostólico, visita
diversos grupos da Ação Católica, aproxima dos rimeneses que se encontram em
Turim, para ajudá-los e oferecê-los sua amizade.
Mas o trabalho
na FIAT não lhe entusiasma. Para Alberto, habituado a uma vida dinâmica,
permanecer o tempo todo por trás de uma escrivaninha é uma verdadeira
penitência. Assim, pensa em pedir demissão.
Em outubro de
1942 retorna a Rimini.
“Obrigado Senhor pelo sofrimento que me enviaste”
A permanência em
Rimini dura apenas seis meses, nos quais se dedica à atividade profissional e
ao ensino de matemática técnica junto à Escola Industrial “L. Batista Alberti”.
Em março de 1943 vem uma convocação do exército, como sargento, no quartel de
Dosson, vizinho a Treviso. Estando agora de volta ao ambiente difícil e de
nível moral muito baixo dos soldados. Alberto não se desencoraja, desenvolve
como havia feito em Triste, um intenso apostolado que tentará eliminar as
blasfêmias e imoralidade, a despertar em muitos o senso da fé.
Em Dosson ele
recebe a notícia da morte do irmão Lello, ferido heroicamente sobre o fronte
russo. Lello, entre os irmãos, era o mais caro a Alberto, pelo seu bom caráter
e pela sintonia de idéias.
Imensa foi a dor
de Alberto. A morte de Lello foi para ele ocasião para uma profunda reflexão
sobre a dor humana, sobre a fé, sobre a vontade de Deus. Ficou para Alberto
comunicar a notícia ao irmão Carlo, prisioneiro no Egito. “… pensando que todo
sofrimento e toda a dor tem seu lugar na economia divina, elevemos um
pensamento de gratidão a Deus, e do profundo do coração. Obrigado, ó Senhor,
pela vida que me deste, pelo sofrimento que me enviaste, pelo sacrifício que me
exigiste. Faz que não passe em vão a minha vida, mas deixe uma saudável e
profunda firmeza, e fortaleça o meu propósito de completar todas as ações para
a sua glória.”
Jesus proteja a Itália
Em 1943 é um ano
decisivo para a Itália e para o mundo inteiro: a queda do fascismo em 25 de
julho; a dispersão do exército em 8 de setembro e a conseqüente ocupação alemã
do Território italiano.
Alberto segue
com atenção e sofre com estes acontecimentos. Escreve à uma amiga Marilena:
“Cada dia que passa se acumulam os massacres, as dores e os sofrimentos com um
crescente medo.”
Depois de 8 de
setembro Alberto se achou a dizer: “ou ficar prisioneiro dos alemães e
continuar apoiando-os na guerra contra os italianos ou escapar e passar para a
parte da resistência.” Decide por uma “ resistência diferente”: retornar para a
casa e trabalhar para aliviar as misérias e as dores causadas pela guerra.
Alberto não quis ser partidário por uma escolha precisa de não violência, por
afirmar-se em outro modo, através da caridade operante, o respeito do homem e
da sociedade a todos os perseguidos. Desta maneira decidi retornar a Rimini.
Para impedir a
deportação para a Alemanha, era já iniciada os mortais recolhimentos dos homens
para a produção bélica alemã, Alberto pensa em trabalhar no TODT, uma
organização paramilitar, controlada pelos alemães, que tinha a tarefa de
reforçar a famosa “linha gótica” com o objetivo de impedir o avanço das tropas
aliadas para o norte.
A intenção de
Alberto era de impedir a deportação de vários jovens, de salvar muitas vidas.
Graças a um ‘salvo-conduto’ dos alemães, tinha muita liberdade de ação. Quando
sabia de “captura”, conseguia com que escapasse muitos jovens. E ainda
procurava documentos e “salvo-condutos”. Foram tanto os amigos que ajudou
servindo-se de sua posição. Mas uma atividade tão intensa não poderia despertar
suspeita: os alemães sabiam qual era o seu trabalho e, o capturaram juntos com
dezesseis outros jovens, foram recolhidos na cordoaria de Vserba, para ser
enviados a Alemanha.
Com uma hábil
estratégia para a fuga. Uma vez liberto, pensa em libertar também todos os
outros, neste ínterim tinha sido trazidos à estação de Santo Arcângelo, em
vagões chumbados, para ser enviados à Alemanha. Enquanto discutia com os
soldados alemães, apresentando à eles documentos falsos, um providencial alarme
aéreo, seguido de metralhada, tudo se transforma numa grande confusão. Alberto
aproveita a ocasião para abrir os vagões fazendo-os fugir. Retornou para casa
depois de três dias, com o terno rasgado, manchado de lama, os pés sangrentos:
os sapatos tinha dado a alguém que teve que ir mais distante.
“Mamãe tu sabes que sempre retorno”
Em primeiro de
novembro de 1943 se abate sobre Rimini o primeiro bombardeio. O início de um
martírio que durará até 21 de setembro de 1944, com 396 incursões aéreas e 15
navais. Rimini é 82% destruída. As pessoas saem da cidade; muitos ficam nas
periferias, outros fogem para mais longe.
Alberto
providencia acomodação para sua família em Vergiano, a cinco quilômetros de
Rimini. Mas sua caridade não se firma somente à sua família, o seu coração bate
por todos e, em cada refugiado vê um irmão. De Vergiano, após finalizar cada
bombardeio, era o primeiro a sair ao encontro para acudir e socorrer os
feridos, encorajava os sobreviventes, assistia os moribundos, retirava os
escombros daqueles que tinham sido esmagados ou tinham sido enterrados vivos.
Mas necessitava
fazer algo mais. Alberto começo a visitar os camponeses e comerciantes.
Comprava todos os gêneros alimentícios, carregava sua bicicleta de cestas com
os víveres, e se dirigia àqueles que sabia que tinham fome, doenças e
necessidades. Era muito perigoso andar pela a estrada, devido os contínuos
bombardeios e as explosões de granadas. Para aqueles que o faziam notar que ele
tinha se exposto a sérios perigos, Alberto lhes dizia: “Quando houver necessidade
é preciso arriscar”. A noite, Alberto retornava a casa sujo de lama e as vezes
todo encharcado de sangue. À sua mamãe que o recebia toda preocupada, dizia ele
sorrindo: “De que coisa tem medo mamãe? Não me ensinaste que quando se encontra
na graça de Deus, não se deve temer nunca? Tu sabes que eu sempre retorno”. Em
realidade corria sérios perigos e muitas vezes voltava para casa ferido por
estilhaços de granadas.
Dava tudo para
os necessitados e a escassez que ele via de perto, não lhe permitia ter algum
apego as coisas. Doava seus sapatos, suas vestes, sua coberta de lã, redes,
colchões, panelas e caçarolas.
Sua mãe
testemunhava todo seu empenho de caridade e não o dissuadira do seu compromisso
de vida espiritual. Não repousaria antes de haver recitado o rosário, ajoelhado
ao lado da cama e todos os dias se aproximava da santa comunhão.
No verão de 1944
a frente aliada se aproximava: estava somente a trinta quilômetros de Rimini,
os refugiados que estavam sobre as colinas ao redor de Rimini, não se sentiam
mais seguros. Todos procuravam refúgio na vizinha República de San Marino,
confiando na sua rigorosa neutralidade, que não seria verdadeiramente
respeitada. Alberto também conduz sua família a San Marino, depois de haver
sistematizado fazer várias vezes o trajeto Rimini – San Marino para poder
salvar muitas outras famílias.
A pequena
República que normalmente contava com 14.000 habitantes, agora tinha 120.000,
amontoados em lojas, escadarias e nas galerias de trem. Como providenciar
víveres para todos? Alberto se coloca à disposição do Comissário Governativo e
organiza uma vasta obra de assistência.
Desviava das
bombas e das granadas na vizinha cidade do norte para procurar farinha, leite,
marmelada e vários enlatados. Assistia em particular os refugiados nas
galerias, distribuindo-lhes pães, remédios e colchões. A noite passava
recitando o rosário em voz alta e todos rezavam com ele.
No dia 27 de
setembro os aliados ocupara Rimini, vencendo as últimas resistências dos
alemães. Os refugiados emergem dos seus esconderijos e tomam a via de retorno
às suas casas.
VIVER NA HISTÓRIA
“Servir é melhor do que fazer-se servir. Jesus
serviu”
No momento da
libertação, Rimini não é somente um acúmulo de escombros, mas é uma cidade a
deriva. Quando se instala o primeira junta do Comitê de Libertação, Alberto
Marvelli está entre os assessores. Não está inscrito e nem é partidário de
nenhum partido, mas todos reconhecem o enorme trabalho de assistência que
prestou aos refugiados.
É o mais jovem e
tem apenas 26 anos. A solidez em enfrentar os problemas, a coragem nas
situações difíceis, a disponibilidade sem limite, o fizeram popular. A ele lhe
é confiado os mais completos e difíceis trabalhos: o escritório de alojamento e
reconstrução, uma seção da Prefeitura. O prefeito o nomeia comissário para a
sistematização do rio Marecchia e presidente da divisão Montecatini. Ele funda
a Cooperativa dos Trabalhadores da Construção Civil de Rimini, para dar
trabalho a muitos desocupados. Volta a ensinar no Instituto Técnico e continua
tendo uma intensa atividade caritativa entre todos os pobres e deserdados.
“Servir é melhor
do que fazer-se servir. Jesus serviu!” – escreve no seu Diário. É com este
espírito que enfrenta os seus compromissos cívicos. Alberto torna um
reconstrutor apaixonado pela cidade, que não economiza energia, porque
compreende e sofre com as necessidades, as urgências, o desespero das pessoas
que estão sem moradias. Empenhado na difícil tarefa de reconstrução da cidade,
foi reprovado por alguém, porque não ter tido mais tempo para dedicar as
atividades eclesiais. Alberto responde com simplicidade: “Também isto é
apostolado”, reafirmando assim a sua vocação de leigo empenhado no mundo.
Alberto era
convicto que se pode realizar a própria santidade no compromisso com o mundo no
trabalho, na profissão, na família, no estudo e em todas as situações.
Trabalhando para que a convivência social seja sempre inspirada no Evangelho e
no serviço ao homem.
Não obstante o
imenso volume de trabalho, não corre o risco de ver empobrecida a sua vida
interior. Alberto aspira uma “espiritualidade de ações” e sustenta a sua
atividade com a oração e a Eucaristia. A sua ação brota do seu rico mundo
interior e se traduz em “atividade orante”, não é fragmentada, mas unida
profundamente entre oração e ação.
“A Caridade política”
Quando em Rimini
reavivem os partidos políticos recebe um convite de Benigno Zaccagnini, para
inscrever-se na Democracia Cristã. Sente e vive o seu compromisso na política
como um serviço à coletividade organizada: a atividade política podia e deveria
tornar-se a expressão mais alta da fé vivida. Alberto bem recordava as palavras
de Pio XI: “o campo político é o campo de uma caridade mais vasta, a caridade
política”.
Agora para
Alberto abre-se um novo campo de trabalho, a qual necessitava dar o próprio
tempo e o próprio sangue. A idéia chave. Escreve no seu Diário: “O Evangelho e
as encíclicas pontífices deve ser a norma de vida não somente individual, mas
dos povos, das nações, dos governos, do mundo.”
“Para apoiar a
liberdade não se faz necessário os canhões, mas a graça de Deus, a pureza e a
santidade da consciência.” Alberto em meio às dificuldades da situação política
– encontrava diante de dois partidos de massa, DC e PCI – soubera encontrar uma
atitude justa: apaixonado defensor dos princípios inspiradores de seu partido,
tinha se afastado de cada tendência. Sempre alcançara sucesso no final dos
comícios, como também nas zonas mais “vermelha” da periferia.
Até dentro do
partido, diante dos inevitáveis contrastes, era elemento insubstituível de
equilíbrio. Depois das eleições administrativas de 1946 escreve: “Não existia
nada para as eleições, devíamos trabalhar em profundidade. Necessitava
trabalhar na graça de Deus.”
“Sejais vós os verdadeiros doadores”
Em 1945 o Bispo
o chama para dirigir os “Profissionais Católicos”. O seu compromisso se podia
sintetizar em duas palavras: cultura e caridade”
Inicia
convocando toda a cidade, a um sério trabalho cultural, orientado a uma tomada
de consciência para o significado humano da liberdade e da democracia. Os
denominadores comum é a visão cristã dos fatos culturais e a inspiração cristã
da vida.
Abre um
restaurante para os pobres, para todos os marginalizados, mendigos,
abandonados, sem teto. Os convidam para a Missa, ora com eles, no restaurante
além de oferecer um prato de sopa escuta suas necessidades.
Na Páscoa
organiza um almoço para eles e no final lhes dirigem estas palavras: “Não somos
nós que doamos. Os verdadeiros doadores sois vós que com vossos sofrimentos e
dificuldades da vida nos ensinam como se sofre e nos permiti manifestarmos o
nosso amor”.
Alberto nos
últimos servia o Senhor. Estava com ele especialmente nos momentos de oração,
no seu diálogo com Deus ao qual se elevava trazia no coração os pobres, os
irmãos mais caros.
“Eu desejaria sofrer por todos eles”
Em 1942 Luigi
Gedda, presidente nacional da nacional da “Ação Católica”, tinha dado vida a
“Sociedade Operária”, como movimento de espiritualidade.
O ponto central
desta espiritualidade esta nas palavras pronunciadas por Jesus no Getsemâni:
“Pai não se faça, todavia, a minha vontade, mas sim a tua”. Pedia aos seus
partidários que cumprissem sempre, em todas as circunstâncias, a vontade de
Deus e de fazer uma amorosa busca para dirigir os próprios pensamentos e a
própria vida.
Alberto se
sentia em sintonia com esta “espiritualidade getsemânica” e entrou a fazer
parte da sociedade operária em 2 de janeiro de 1946.
Recitava todos os dias o “símbolo
operário”, o ofício de Nossa Senhora.
A descoberta do Getsemâni, no seu último ano de vida, foi o aperfeiçoamento da
sua espiritualidade, que sempre tinha contemplado no mistério do sofrimento de
Cristo e de todos os homens.
Há uma frase no
seu Diário que denota um amor imenso pela Cruz de Cristo: “Visita-me ainda que com a Cruz, Jesus, que feliz de ajudar-te a
suportá-la.” “Jesus eu tenho a Ti,
desejo viver para Ti, partir e sofrer por Ti, como Tu”. “Faz sofrer qualquer coisa, a morte não
excluo, antes eu que os outros… eu desejaria sofrer por todos eles”. “A
meditação do Getsemâni prepara a alma a suportar a dor – e transforma também
esta em fonte de gozo espiritual”.
No verão de
1942, depois de uma longa reflexão, decide a sua vocação, que nos anos
anteriores havia oscilado entre uma consagração religiosa e o sacerdócio. Agora
está decidido em formar uma família e escolhera para ser sua companheira
Marilena Alde de Lecco, que havia conhecido em Rimini, durante as férias de
verão, nos anos do Liceu, e com a qual criara um forte laço de amizade
espiritual. Alberto decidi declarar a Marilena a sua intenção. Em 27 de agosto
põe a escrever uma longa carta “…foi na segunda-feira que hei sentido bater de
novo o meu coração por você, depois que eu a vi sempre bela e com olhos um
pouco triste, mas muito bonita. Poderia ser esta a chamada que está despertando
o amor?”
A carta não foi respondida.
Também para esta
dor Alberto estava preparado: “Amo muito o Senhor para rebelar-me ou chorar
sobre sua vontade… a esta vontade devemos sacrificar as satisfações dos nossos desejos
e ideais terrenos”.
O último dia
Sábado, 05 de
outubro de 1946, véspera das eleições administrativa, são 20:30 h. Alberto sai
de casa de bicicleta para ir a um comício eleitoral. Nem havia tido tempo para
o jantar, estava pois indo à igreja de Santa Cruz para adoração eucarística.
Alberto percorre
a rua Rainha Helena, e a duzentos metros de sua casa, um caminhão dos aliados,
depois de ter ultrapassado um ônibus elétrico, retorna a sua direita, e colide
violentamente com a bicicleta e arremessa Alberto contra um muro do jardim de
uma casa, e desaparece veloz no escuro.
Alberto é levado
para casa paroquial não muito distante do local do acidente: não retorna a
consciência e depois de duas horas de agonia morre, junto ao seu lado estava a
mãe e os dois irmãos, prostrados pela dor.
O corpo foi
imediatamente preparado. Alberto, vestido de branco, com o aspecto de
adormecido, estava sereníssimo. A noite toda foi velado pelos amigos e pelo
padre, pouco distante do local quantos os haviam conhecido.
Choravam e
rezavam. O funeral foi um triunfo. O caixão foi trazido nos ombros pelos
amigos, da igreja ao cemitério, em um cortejo que se estendia por cerca de três
quilômetros. Estava toda Rimini: o velho prefeito socialista, os políticos, os
administradores, os amigos, os pobres. À passagem do funeral, todos abaixavam
as portas das lojas, o sino da igreja replicava, as pessoas ao longo do trajeto
se ajoelhavam e muitos choravam.
Foi sepultado no
cemitério de Rimini, com uma simples lápide, no qual estava escrito: Alberto
Marvelli, operário de Cristo.
Se a semente não morre, não produzirá frutos
A sua fama de
santidade – afirma Benigno Zaccagnini – já era difundida entre quanto os
conheciam quando ainda era vivo. Depois da morte vem espontaneamente muitos a
orar e invocá-lo: pedindo graça, ajuda, intercessão.
Crescendo sempre
mais a fama de santidade, em 13 de julho de 1975 se inicia o processo com a
instauração do Tribunal Diocesano. Em 22 de março de 1986 é reconhecido a
heroicidade de sua virtude e proclamado venerável. Seus restos mortais são
traslado do cemitério para a igreja de Santo Agostinho em Rimini, meta de
peregrinações, de visita e de oração.
Um álbum, ao
lado da tumba, recolhem pensamentos, pedidos de graças e agradecimentos.
Em agosto de
1991, se atira sobre a tumba de Alberto o Prof. Tito Malfatti, médico bolonhês
que está afligido por uma dolorosa “lombociatalgia com hérnia discal L4 L5 do
tipo mediano e paramediano esquerdo – retrolistese l4 l5”
O prof. Malfatti
não está mais em condições de exercitar sua profissão: manca vistosamente, não
se sustenta em pé, os músculos da coxa esquerda estão afilando-se.
Pede um mês de
licença à Direção Sanitária do seu hospital. Consulta todos os melhores
especialistas na matéria: não encontra alguma ajuda, ninguém lhe dá esperança
de uma completa recuperação. Por sugestão da cunhada, é levado a tumba de
Alberto Marvelli em Rimini para pedir a graça da cura. Por volta de uma semana
as dores desaparecem, o médico retorna a seu trabalho normal.
Em 07 de julho
de 2003 o Papa São João Paulo II solenemente declara “que se trata de um milagre obtido de Deus pela intercessão do
venerável Servo de Deus Alberto Marvelli, a recuperação bastante rápida,
completa, duradoura do prof. Tito Malfatti.”
Alberto Marvelli
é proclamado Beato em 05 de setembro de 2004, em Loreto, por São João Paulo II.
CRONOLOGIA
·
21/março/1918
– nasce em Ferrara Alberto Marvelli.
·
Junho
1930 – em Rimini Alberto freqüenta o oratório salesiano e se inscreve na Ação
Católica.
·
Outubro
1933 – começa a escrever um Diário, que é a história da sua vida interior
·
Junho
1936 – obtém o diploma do 2º grau e se inscreve na Faculdade de Engenharia
Mecânica da Universidade de Bolonha
·
30/setembro/1939
– é vice presidente diocesano da Ação Católica
·
Julho
1941 – parte para o serviço militar em Trieste e, depois em Treviso
·
1/novembro/1943
– inicia os bombardeios sobre Rimini. Alberto torna operário da caridade
·
21/junho/1945
– é Presidente dos Profissionais Católicos
·
23/setembro/1945
– na Prefeitura, como Assessor dos Trabalhadores Públicos
·
Setembro
1945 – se inscreve no partido da Democracia Cristã
·
Abril
1946 – Candidato nas eleições administrativa pela Democracia Cristã
·
5/outubro/1946
– morre atropelado por um caminhão militar
Bibliographie
Immagini,
cartoline, opuscoli, estratti da riviste vengono inviati gratuitamente su
richiesta al Centro Documentazione Alberto Marvelli.
Centro
Documentazione Alberto Marvelli
Via Cairoli 69 –
47900 Rimini ( Italia)
Tel. e fax
+39.0541. 787183
e-mail:
infocentromarvelli@gmail.com
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