Lisieux - França
(Sexta-feira, 30-01-2015, Gaudium Press)
A família de Santa Teresa de Lisieux
bem pode considerar-se um modelo de santidade. Não só esta religiosa e Doutora
da Igreja é amplamente venerada como uma das santas mais queridas pelos crentes,
mas que seus pais, Louis Martin e Célia Guérin, foram beatificados por São João
Pulo II em 2001. Agora a esta ilustre representação celestial da família Martin
poderá unir-se a hoje Serva de Deus Lêonia Martin, irmã e considerada discípula
de Santa Teresa. O Bispo de Bayeux e Lisieux, França, Dom Jean-Claude
Boulanger, deu início formal ao processo diocesano para estabelecer a
heroicidade de suas virtudes, o primeiro passo com vistas a sua possível
beatificação.
O chefe de
imprensa da Diocese, Padre Laurent Berthout, indicou que a fama de santidade de
Leônia Martin, cujo nome religioso foi Irmã Francisca Teresa, motivou a Igreja
a começar as indagações sobre suas virtudes. "Por muitos anos, as pessoas
se confiaram às orações de Leônia Martin, vindo até sua tumba no Mosteiro da
Visitação, onde foi religiosa de 1899 a 1941", relatou o sacerdote, que
afirmou que os devotos tem oferecido testemunhos de graças obtidas por
intercessão da religiosa. "Leônia Martin viveu uma vida simples, humilde e
oculta na sombra do claustro. Ela desejava viver a espiritualidade de São
Francisco de Sales fazendo 'tudo através do amor, nada através da força".
Neste caminho
tomou como mestra sua irmã, Santa Teresa, "que lhe ensinou a viver pelo
Amor nas ações mais humildes e cotidianas", destacou o porta-voz. "Leônia
deu testemunho com sua vida da possibilidade de vivê-lo plenamente, inclusive
apesar de suas limitações de caráter, saúde e provas". Precisamente estas
dificuldades são o traço mais característico de sua vida, a qual apresentou uma
infância difícil caracterizada por graves enfermidades que motivaram a sua tia,
religiosa da Visitação, a pedir a intercessão de Santa Margarida Maria Alacoque
através de uma novena após a qual finalmente se recuperou, apesar de que com
sequelas que a afetaria pelo resto da vida.
Irmã e discípula
Leônia teve que
vencer um caráter muito difícil, uma grave tendência a desobedecer aos seus
pais e pouca habilidade nos estudos. Sendo frágil e instável seu cuidado foi
confiado a uma criada que acabou maltratando-a e ameaçando-a para que não
informasse aos seus pais. Todas estas condições constituíram uma infância que a
própria Serva de Deus não gostava de recordar. A única pessoa que manifestou
esperança em que Leônia demonstrasse ser uma pessoa de grande valor foi sua tia
religiosa, que escreveu naquela época: "ela
é uma menina difícil, mas eu creio que mais tarde ela será tão valiosa como
suas irmãs. Tem um coração de ouro e, se sua inteligência é lenta, encontro
nela bom juízo".
No entanto, a
morte de sua irmã Helene aos cinco anos de idade e a enfermidade e morte de sua
mãe em 1877 significaram novas provas em sua vida e ela junto à sua irmã Celine
tiveram que cuidar da enfermidade de seu pai após o ingresso de Pauline e
Teresa à vida religiosa. O beato Louis Martin teve que ser ingressado em um
hospital psiquiátrico em Caen, em 1889 e as irmãs se mudaram próximo deste
lugar, o que permitiu que Leônia retomasse contato com o Mosteiro da Visitação.
Tentou ingressar na Ordem das Clarissas Pobres de Alençon, mas teve que
deixá-las por problemas da comunidade. Logo foi admitida na Visitação em 1887,
mas sua saúde e certa instabilidade lhe impediram seguir a vida religiosa.
Regressou para a Visitação em abril de 1894, poucos meses antes da morte de seu
pai, para ter que sair novamente, quando Celine havia entrado no Carmelo e Leônia
ficava sozinha pela primeira vez.
Antes de sua
morte, Santa Teresa de Lisieux profetizou que ao morrer obteria a graça de que Leônia
pudesse ingressar e permanecer no Mosteiro. Esta promessa se cumpriu e em 02 de
julho de 1900, Leônia pode fazer finalmente seus votos finais. Serviu como
subordinada no Mosteiro, desejando desaparecer ante o mundo. Tinha grande gosto
em ler a História de uma Alma escrita por sua irmã, na qual ela identificava
também traços da espiritualidade de São Francisco de Sales, o que lhe permitiu
assumir o caminho da infância espiritual, que considerou unida à de sua própria
congregação. "Minha espiritualidade
é a de Teresa e, portanto, a de nosso santo fundador", escreveu. "Sua doutrina e a dela são uma. Ela é a
alma que nosso grande doutor sonhou!".
Leônia dominou
seu caráter e se tornou uma religiosa cheia de paz, dedicada à gratidão a Deus
e de notável alegria e servicialidade. Ao aproximar-se sua morte, a Madre Inês
(sua Irmã Paulina) lhe propôs que chegado o momento permitisse que seu corpo
fosse sepultado junto a suas irmãs no templo erigido em honra de Santa Teresa.
A religiosa declinou esta proposta: "Sou
uma Visitandina, quero ficar na Visitação". Desta forma seu túmulo
está localizado no Mosteiro da Visitação de Caen, onde viveu, e o lugar se converteu
em lugar de peregrinação de muitos fiéis que visitaram antes o Santuário de
Santa Teresa. (GPE/EPC)
Conteúdo
publicado em gaudiumpress.org, no link
http://www.gaudiumpress.org/content/66812-Leonia-Martin--irma-de-Santa-Teresa-de-Lisieux--pode-chegar-aos-altares#ixzz3dMkWDgCL
Segundo texto
Lêonia, irmã de Santa Teresinha, poderá ser
beatificada
O Bispo de
Bayeux-Lisieux, França, Dom Jean-Claude Boulanger, anunciou a intenção de
iniciar a causa de beatificação e canonização de Leônia Martin, a irmã
“difícil” de Santa Teresinha do Menino Jesus.
Leônia era a
terceira filha de Louis e Zélia Martin, o casal que foi beatificado por Bento
XVI em 19 de outubro de 2008. Além disso, era irmã de Santa Teresinha do Menino
Jesus, uma das santas mais queridas pelo Papa Francisco, Doutora da Igreja
Universal e padroeira das missões.
Religiosa da
Ordem da Visitação, Leônia foi uma menina frágil, insegura e introvertida, que
deu muita dor de cabeça aos seus pais e que também lutou para viver a sua
vocação à vida religiosa.
Em declarações,
o carmelita descalço padre Antonio Sangalli, postulador da causa, explicou que
Leônia, “embora tenha sido expulsa três
vezes do convento, alcançou o seu objetivo de ser religiosa. Isso demonstra que
com perseverança é possível alcançar a vontade de Deus”.
“As dificuldades de Leônia eram devidas
principalmente à rigidez da regra de sua ordem, muito difícil de seguir
naqueles tempos, porém, isso não sepultou o único talento recebido, mas
empregado de modo frutífero, realizando plenamente a sua vocação”, assinalou.
Atualmente, a
causa se encontra em seu processo histórico, com o recolhimento de todos os
textos relacionados a sua vida. Antes de iniciar oficialmente, o bispo de
Bayeus-Lisieux deve receber o “nihil obstat”, ou seja, a conscientização
oficial da Igreja Católica do ponto de vista moral e doutrinal que outorga a
Congregação para as Causas dos Santos.
Certo da santidade
“O trem partiu e está caminhando… para Roma”, afirmou o
padre Sangalli. O postulador está certo de que Leônia já goza de grande fama de
santidade, e recorda que o seu túmulo, na cripta do Mosteiro da Visitação em
Caen, França, está sempre cheio de fiéis de todo o mundo que chegam para
venerá-la.
“Vêm para rezar. Pedem-lhe favores e encontram nela
ajuda espiritual. Sua fé se vê reforçada pelo exemplo desta humilde religiosa
visitandina e, além disso, recebemos muitas cartas de pessoas que asseguram ter
recebido graças”,
afirme o sacerdote.
Leônia, de nome
religioso Irmã Francisca Teresa, sofreu problemas físicos na infância. “Não
tinha as qualidades humanas de suas outras irmãs, mas soube se abandonar em
Deus, que chama a todos. Independente de suas qualidades, ninguém fica excluído
no chamado à santidade”.
A terceira filha
de Louis e Zélia também teve uma relação muito próxima com Santa Teresinha, com
quem se comunicava com frequência por meio de cartas. Depois da morte da
doutora da Igreja, Leônia decidiu tentar entrar de novo ao mosteiro, seguindo a
“pequena via” traçada por Santa Teresinha, com confiança e abandono em Deus.
O fim da vida
O padre Sangalli
disse também que Leônia conseguiu entrar definitivamente no mosteiro, o que “demonstra que a doutrina de Teresinha não
serve somente para os carmelitas, mas para todos. Com a pequena via, Leônia se
tornou mais visitandina, permanecendo sempre na espiritualidade de São
Francisco de Sales e Santa Francesca de Chantal, os fundadores da Ordem da
Visitação”.
Leônia morreu em
17 de junho de 1941 com 78 anos de idade no mosteiro onde vivia. Atualmente, seu sepulcro se converteu em um refúgio
para os pais preocupados com a educação dos filhos que encontram nela um
exemplo e um apoio. São muitos os relatos de graças alcançadas por esses
pais que buscam na Serva de Deus uma irmã e intercessora.
Fonte: http://noticias.cancaonova.com/irma-de-santa-teresinha-podera-ser-beatificada/
5 comentários:
Espero que a sua vida seja mais conhecida a ser proclamada santa
Sempre fui devoto desta Serva de Deus, quando li sobre ela no ano de 1985, sempre rezei pedindo a intercessão dela, pois também tive muitas dificuldades para concretizar minha vocação.
UMA MULHER EXTRAORDINÁRIA, MARAVILHOSA. EM BARBACENA, MG, TEM UM MOSTEIRO LINDO DA ORDEM QUE ELA VIVEU. JÁ ESTIVE LÁ MUITAS VEZES.
ABRAÇO DE PAZ - URBANO MEDEIROS (MAESTRO)
Sendo irmã de Santa e fiĺha de Santos com fé na Santíssima Virgem Senhora das Vitórias um dia a Serva de Deus chegará a honra dos altáres. Irmã Leonia abençoe meus filhos e aumente minha fé. Amém
Estou rezando por sua beatificação.
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