Um samurai será elevado aos altares, após
reconhecimento de seu martírio.
Takayama Ukon, foi um samurai que viveu durante o
século XVI e, como o Papa Francisco aprovou em 22 de janeiro o decreto que
reconhece seu martírio, será declarado beato e entrará na lista de católicos
japoneses que preferiram morrer a renunciar a sua fé.
Inclusive, antes de morrer deixou tudo por Cristo.
Renunciou a sua alta posição social e as suas riquezas: era dono de extensas
propriedades e comandava grandes exércitos.
Pe. Anton Witwer, S.J., Postulador Geral da Companhia
de Jesus (jesuítas), explicou anteriormente ao Grupo ACI que embora o samurai
Takayama tenha morrido no exílio, seu martírio consistiu em “morrer por causa dos maus tratos que sofreu
em sua pátria, por isso o processo de beatificação é o de um mártir”.
Segundo o Pe. Witwer, a vida de Takayama exemplifica
“a grande fidelidade da vocação cristã, ele perseverou apesar de todas as
dificuldades”.
Em 2013, a Conferência Episcopal Japonesa enviou uma
solicitação de 400 páginas para a beatificação do mártir samurai à Congregação
para as Causas dos Santos. Agora que este decreto foi aprovado, o processo da
beatificação está em caminho.
A vida do
samurai
Takayama nasceu em 1552, três anos depois que o
missionário jesuíta São Francisco Xavier introduziu o cristianismo no Japão. Um
dos conversos foi seu pai, que o batizou quando tinha 12 anos com o nome de
Justo pelo sacerdote jesuíta Pe. Gaspare di Lella.
Os Takayama eram daimio,
membros da classe governante dos senhores feudais que secundavam os shogun, desde a época medieval até o
início da era moderna no Japão. Pelo fato de serem daimio, possuíam várias propriedades e tinham direito a formar
exércitos e contratar samurais.
Por isso, os Takayama ajudavam nas atividades
missionárias no Japão e eram protetores dos cristãos e dos missionários
jesuítas.
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