Conrado nasceu em Offida, na província de Ascoli Piceno, nas Marcas, em 1241 e aos 14 anos vestiu o hábito franciscano dos Frades Menores. Iniciados o estudos no convento de Ascoli os abandonou quase de imediato para se entregar aos ofícios humildes da casa, apesar de suas notáveis qualidades intelectuais. Foi enviado ao convento de Forano, onde permaneceu dez anos.
Existem muitos
documentos que marcaram a sua vida neste período: uma vez enquanto estava em
oração no bosque ligado ao pequeno convento, ao ver caminhando em sua direção
um lobo perseguido pelos cachorros e caçadores, o tomou sob sua proteção,
transformando-o em um manso animal, que depois se tornou guardião do convento.
Dada a sua
exemplaridade, o Ministro Geral dos Frades Menores, Padre Jerônimo de Ascoli, o
transferiu para o Monte Alverne. Mais tarde os superiores lhe ordenaram
continuar os estudos para ser ordenado sacerdote, com específico destino ao
ministério da palavra, no qual sobressaiu de forma surpreendente pela eficácia
e pelos frutos espirituais.
Em 1294 obteve
do Papa São Celestino V permissão para passar algum tempo entre os monges
celestinos. Durante estes anos teve contatos espirituais esporádicos com Pedro
Juan Olivi, o reformador franciscano suspeito de erros heréticos em seus
escritos sobre a questão da pobreza evangélica. As relações do Bem-aventurado
Conrado com ele se limitaram, no entanto, aos deveres da fraternidade. Quando
Bonifácio VIII suprimiu a congregação dos celetinos, Conrado retornou ao
convento franciscano.
Viveu em
pobreza, na oração, na penitência e em apostolado. Em mais de cinquenta anos de
vida religiosa carregou um só hábito e nunca usou sandálias.
Foi grande
pregador, levou a Palavra de Deus a grandes cidades, e aos pequenos povoados.
As conversões se multiplicaram. Depois de longos anos de vida austera e rígida,
Conrado foi chamado por Deus a receber a recompensa eterna. Morreu em Bastia,
próxima de Assis, durante uma missão no dia 12 de dezembro de 1306, com a idade
de 65 anos. Seu corpo foi levado em 1320 para a Igreja de São Francisco em
Perúgia, e atualmente repousa no oratório de São Bernardino.
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