Madre Luísa
Margarida Claret de la Touche, monja da Visitação, nasceu em
Saint-Germain-en-Lay (França) no dia 15 de Março de 1868, numa família burguesa
e abastada. Atraída pela vida contemplativa, entrou no mosteiro da Visitação de
Romans, na diocese de Valence, a 20 de novembro de 1890.
Vivia numa
profunda união com o Senhor e forte espiritualidade. No ano de 1902, o Senhor
revelou a Irmã Luísa Margarida o que tinha a dizer aos sacerdotes e o que devia
fazer para a santificação deles.
No dia 5 de junho
desse ano, vésperas da festa do Sagrado Coração de Jesus, recebe uma missão
particular para cumprir na Igreja: recordar
aos sacerdotes as inexplicáveis riquezas do amor do Coração de Cristo,
continuando a missão já iniciada com as revelações a Santa Margarida Maria
Alacoque.
Nas várias
revelações recebidas de Nosso Senhor em datas diferentes, a missão abrange a
santificação dos sacerdotes, a união destes com os bispos e entre si, e a
irradiação no mundo do amor do Coração de Jesus.
Em razão da
certeza do grande amor que esse mesmo Coração tem por seus sacerdotes, e a
confiança neles depositada, numa revelação Irmã Luísa Margarida intui: “Preciso deles para realizar a minha Obra!”
Esta obra toma o nome de “Aliança
Sacerdotal”.
Em sua vida, as
mensagens começaram num momento em que a Igreja está abalada pelas teorias
modernas, que em alguns casos conseguem demolir as próprias verdades da fé.
Ela, na sua simplicidade, traz à Igreja uma evocação forte para ler a história
como sinal do Amor divino e um convite específico aos sacerdotes para tornar
visível o amor e a misericórdia de Deus pelo mundo.
A essência das
revelações e das suas inspirações se encontra no livro “O Sagrado Coração e o
Sacerdócio” , assim como em uma oração pelos sacerdotes, difundida desde 1905 e
traduzida em 22 línguas.
Madre Luísa
Margarida indicou caminhos e percursos ainda não abertos, e que desabrocham com
o Concílio Vaticano II, em Presbytorum Ordinis, Pastores dabo vobis, ajudando
os sacerdotes a crescerem na oração, na comunhão e na unidade.
Tantas páginas
do diário de Madre Luísa Margarida podem ser lidas, hoje, como profecia de
quanto amadureceu a Igreja com o Concílio.
Nos inícios do
século XX, ainda na Ordem da Visitação, deu início, na Itália, em Vische-Turim,
a partir de seus escritos e de sua ação apostólica, às Obras: Aliança
Sacerdotal - 1913 (para sacerdotes), e um novo mosteiro contemplativo em 1914
como suporte exclusivo da Aliança Sacerdotal. Diante da resistência dos
superiores da Visitação viu-se obrigada a deixar a Ordem para assegurar o bom
êxito das suas atividades apostólicas.
Faleceu em 1915
após uma vida de forte espiritualidade, cumprindo a missão que recebeu do
Senhor de propagar a fé e a devoção a Deus-Amor Infinito.
Em 1918 o
Mosteiro contemplativo por ela fundado na Visitação tornou-se uma Congregação
independente com o nome definitivo de Betânia do Sagrado Coração.
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