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segunda-feira, 9 de março de 2015

Venerável Pio XII, Papa. Um "santo" injustiçado... O Papa que salvou milhares de judeus.



É sabido que os comunistas não conseguem conviver com o Papado, com o Cristianismo. Por isso, sempre que podem lançam mão de suas táticas para desmoralizá-los e prejudicá-los. Foi o que fizeram com o Papa Pio XII.

Por muito tempo foi alimentado o boato de que o Papa Pio XII, por ocasião da Segunda Guerra Mundial, havia sido um aliado de Hitler e que teria auxiliado e incentivado o Holocausto. No ano de 1963, foi lançada a peça teatral “O Vigário", que teria o propósito de retratar o Papa Pio XII vinculando-o a Hitler, taxando-os de amigos.

Por ordem de Nikita Kruschov, a KGB montou uma farsa para incriminar o Papa, que já estava morto e não podia defender-se. Vários documentos falsos foram forjados, os quais davam a impressão de que havia uma afinidade, uma amizade entre Hitler e o Papa Pio XII. Tais documentos embasaram a peça teatral mencionada. Contudo, pela pesquisa histórica ocorrida quando os arquivos secretos da KGB foram abertos, o que se viu foi exatamente o contrário: Hitler odiava Pio XII e queria destruí-lo.

Diante disso, os comunistas utilizaram outra tática, a da desmoralização, pois, passaram a acusar Pio XII de ter silenciado diante das atrocidades de Hitler. O livro “O Papa de Hitler", de John Cornwell, foi publicado em 1999 versando sobre essa mentira. O autor teria passado meses pesquisando nos arquivos do Vaticano, porém, isso não é verdade, pois ele não passou mais que algumas horas e teve pouquíssimo acesso aos arquivos. As teses por ele apresentadas não têm o menor fundamento.

Para quem deseja saber o que realmente dizem os arquivos secretos do Vaticano sobre Pio XII, o Nazismo, a Segunda Guerra Mundial, a indicação é o livro do Padre Pierre Blet, “Pio XII e a Segunda Guerra Mundial segundo os Arquivos do Vaticano". Trata-se de uma investigação histórica séria e não uma farsa como a montada por John Cornwell.

Os mais desconfiados poderiam lançar a pergunta: como saber que realmente se trata de uma farsa forjada pelos comunistas? Em 2007, veio a público a confissão de um ex-agente da KGB, Ion Mihai Pacepa, o qual passou para o lado ocidental, abandonando o comunismo em 1978. Ele escreveu um livro (“Horizonte Vermelho", lançado pela Editora Principia) relatando os crimes do ditador Nicolau Ceausescu e também da farsa montada contra Pio XII. Tais fatos foram bastante divulgados e são de fácil comprovação, basta querer a verdade.

A verdade, porém, não é algo facilmente suportado pelos comunistas. Para entender como eles e seus correlatos marxistas, socialistas, não existe a Verdade, mas tão somente a matéria, caótica, sem lógica, sem racionalidade. Para eles, o mundo material vive em um eterno conflito dialético e dentro desse mundo existem somente as ideias que são criações humanas para defender os próprios interesses. Assim, o que realmente importa é a ideologia, a criação de ideias para defender seus próprios interesses. Em nome deles, até mesmo a mentira é utilizada. É por isso que se torna uma redundância chamar um comunista de mentiroso.

E, como a mentira é o método de ação dos comunistas/marxistas/socialistas eles não conseguem debater com os cristãos, aliás, eles não entram em debates, pois, se o fizerem, perderão. É quase impossível. Dessa forma, procuram desmoralizá-los, como fizeram com o Papa Pio XII. Como não conseguem debater no campo das ideias, eles atacam a pessoa.

A verdade sobre Pio XII, enfim, apareceu. É preciso fazer com que ela seja conhecida pelo maior número de pessoas possível e, ao mesmo tempo, mostrar como é o método de ação dos comunistas, desmascarando-os. Faz parte da luta de cada cristão entender como os comunistas agem, como eles tratam aqueles que desejam permanecer fiéis à Igreja.

Após a abertura ao diálogo cristão-judeu que se intensificou com o papado de Bento XVI, muito se tem discutido a respeito da canonização de Pio XII. Durante décadas o Papa Pacelli foi criticado massivamente por grupos judeus e pela imprensa mundial, que o acusaram de omissão frente à grande Shoah (holocausto nazista).

Este santo Papa salvou a vida de
milhares de judeus... 
Heroicidade do Papa

O velho ditado popular diz: “só o tempo mostrará a verdade”. E é isso que tem ocorrido com o “Caso Pio XII”. O prestigiado historiador judeu David Dalin, numa entrevista a ZENIT em 2011, afirmou: “Durante o século XX o povo judeu não teve um amigo maior do que Pio XII”, e acrescentou: “Durante a Segunda Guerra Mundial, Pio XII salvou mais vidas judias do que qualquer outra pessoa, inclusive mais que Raoul Wallenberg ou Oskar Schindler”.

Dalin afirma estar interessado na verdade histórica dos fatos, embora reconheça que nem todos os jornalistas compartilham da mesma intenção. O historiador hebreu afirma que tais jornalistas “se inspiraram na obra teatral “O Vigário”, de Rolf Hochhuth, que não tem valor histórico, mas que lança polêmicas acusações contra este Papa”. Acredita que deveriam dar valor a obras mais sérias como a de Pinchas Lapide, que foi cônsul geral de Israel em Milão, e documentou “como Pio XII favoreceu o salvamento de pelo menos 700 mil judeus de mãos nazistas”, afirmou David Dalin.


O que Pio XII fez para ajudar o povo hebreu?

Na entrevista à agência de notícia católica, falou David : “Não ficou em silêncio, falou em voz alta contra Hitler e quase todos viram nele um opositor do regime nazista”.
Durante o período em que a Itália foi invadida por tropas nazistas, mais intensamente em Roma, “Pio XII deu secretamente instrução ao clero católico para que salvasse todas as vidas humanas possíveis, com todos os meios. Deste modo, salvou milhares de judeus italianos da deportação”, afirmou Dalin.

Dizem os dados que pelos três mil judeus foram abrigados na residência papal de Castel Gandolfo. O impacto desta obra realizada a mando de Pio XII se confirma de maneira estatística: 80% dos judeus europeus morreram naquele período e, graças à ação do Papa Eugenio Pacelli, 80% de judeus italianos foram salvos.

Mesmo nas menores cidades italianas, como foi o caso de Salvaro, cidade norte-italiana, à beira do rio Reno, a ação do Santo Padre teve sua repercussão. O padre Martino Capelli, servo de Deus dos Padres Dehonianos, escondeu da Gestapo muitos judeus; sendo, inclusive, fuzilado pelos nazistas ao lado de algumas pessoas do “Povo Eleito”.

A questão da suposta omissão de Pio XII


O foco das críticas ao Papa Pio XII está no seu “silêncio mortal”. Sobre isso, o renomado historiador judeu afirmou: “seu silêncio foi uma eficaz estratégia orientada para proteger o maior número de judeus possível da deportação. Uma denúncia explícita e dura contra os nazistas por parte do Papa teria sido um convite à represália e teria piorado a situação dos judeus em toda a Europa”. Esta atitude tomada pelo Santo Padre nos remonta à atitude do bispo de Münster que queria se pronunciar, em território alemão, de maneira explícita contra perseguição nazista aos judeus, porém recebeu orientações dos “responsáveis das comunidades judaicas de sua diocese, que lhe suplicaram que não o fizesse, pois provocaria uma repressão mais dura contra eles”, concluiu David Dalin sua entrevista.

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