Enviado
ao “gulag” e assassinado pela KGB (polícia secreta do regime soviético): assim
era o arcebispo lituano que recentemente beatificado: Dom Teofilius Matulionis.
Os católicos
lituanos estão em festa pela beatificação do primeiro mártir da época comunista
reconhecido pela Igreja. Se trata do arcebispo Dom Teofilius Matulionis, assassinado
em 1962 por injeção com veneno e após haver sido perseguido e encarcerado
durante anos pelas autoridades soviéticas.
A Lituânia é um
grande país católico das repúblicas bálticas onde quase 80% da população
pertence à Igreja Católica. Porém, durante décadas, igualmente com os ortodoxos
e protestantes, sofreram a perseguição.
A cerimônia de
beatificação aconteceu no dia 25 de junho, na capital, Vilnius. Participaram da
cerimônia cerca de 30.000 pessoas.
Seu testemunho
de firmeza e fidelidade a Deus é um exemplo para os jovens do país, aos quais
lhes estão apresentando a figura do arcebispo Matulionis. O arcebispo de Vilnius
relatou ao Catholic News Service que “além de ser nosso primeiro mártir da era
soviética reconhecido pela Igreja universal, também se tornou o primeiro
lituano beatificado em sua terra”.
Quem era este arcebispo tão incômodo aos comunistas?
Matulionis nasceu
em 1873, na cidade de Kurodiskis, no noroeste da Lituânia. Foi ordenado
sacerdote na cidade russa de San Petersburgo, em 1900, onde exerceu seu ministério
até 1910, quando passou para a Letônia.
Foi encarcerado
pelos comunistas russos em 1923, junto com o arcebispo Jan Cieplak e outros
clérigos católicos. Três anos esteve na prisão. Seis anos depois de sua
liberação, foi ordenado bispo em segredo e, pouco depois, foi enviado, sem
julgamento ao “gulag” (prisão comunista) nas Ilhas Solovetskty, no Mar Branco.
Em um
intercâmbio de prisioneiros, em 1933, Matulionis pode regressar à Lituânia onde
ajudou a propagar a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, no período que atuava
como capelão militar.
Em 1943, foi
nomeado pelo Papa bispo de Kaisadorys, porém, de novo foi detido em 1946 por
negar-se a colaborar com os ocupantes soviéticos da Lituânia e foi enviado a
distintas prisões, onde exercia em segredo o ministério episcopal até que foi
liberado em 1956.
O convite ao Concílio Vaticano II pode ter sido sua
sentença de morte.
Em 1962, São
João XXIII o elevou ao cargo de arcebispo e lhe convidou a participar do
Concílio Vaticano II, porém, as autoridades soviéticas lhe negaram a permissão
para deixar a União Soviética. Em 20 de agosto desse mesmo ano, o arcebispo
lituano morria depois que uma agente da KGB, que se fez passar por enfermeira, o
envenenou com uma injeção letal, depois do mesmo ter sofrido um brutal
espancamento em sua casa.
O arcebispo de
Vilnius destacou que o beato ofereceu “seus sofrimentos pela conversão da
Rússia” e destacou que o convite do Papa para assistir ao Concílio Vaticano II
foi “a gota d’água” que fez que as autoridades soviéticas decretassem seu
assassinato.
Peçamos ao
glorioso Beato Teofilius Matulionis que, de novo e constantemente reze pela
Rússia, que mais uma vez, está causando apreensão à comunidade internacional,
graças a atitudes no mínimo preocupantes de seu atual presidente...
Nossa Senhora do Rosário de Fátima, rogai pela
Rússia!
São Cirilo e São Metódio, rogai pela Rússia!
São Francisco Marto, rogai pela Rússia!
Santa Jacinta Marto, rogai pela Rússia!
Beato Teofilius Matulionis, rogai pela Rússia!
Todos os gloriosos mártires cristãos russos, rogai
pela Rússia!
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