A
vida de Irmã Elias nos deixa numa espécie de constrangimento pela sua
simplicidade, na qual podemos ver uma profunda experiência de Deus e grande
humanidade.
“O pensamento de que eu vivo para Ti, meu Deus, deve
me fazer feliz em todos os eventos. Peço-Te, meu bom Jesus, com todo o meu
coração a graça do desapego de todas as coisas deste mundo e viver apenas para
Ti, de não desejar nada para mim, mas viver como se eu fosse sozinha no mundo.
Dá-me graça, ó meu Deus, para penetrar nos segredos mais íntimos do teu Coração
ardente, e viver aqui desconhecida para qualquer olhar humano vivo e até para
mim mesma; Faça que eu aja conduzida diretamente por Ti, fale inspirada por Ti,
viva de Teu respiro, e as batidas do meu coração se fundam com as batidas
divinas do Teu”.
Terceira filha
de Giuseppe Fracasso e Pasqua Cianci, a nova Beata nasceu no dia 17 de Janeiro
de 1901, em Bari (Itália), e foi batizada com o nome de Teodora.
A sua família
mantinha-se graças ao trabalho do pai, mestre pintor e decorador de edifícios.
Considerados excelentes cristãos, os pais de Teodora representavam para ela e
para os seus quatro irmãos um seguro ponto de referência no seu crescimento
humano e espiritual.
Quando tinha
cerca de cinco anos de idade, Teodora afirmou ter visto em sonho uma linda
“Senhora” que passeava num campo coberto de lírios floridos e em seguida
desapareceu num feixe de luz. Depois da sua mãe lhe ter explicado o possível
significado da visão, a criança prometeu que quando crescesse se tornaria
monja. Além disso, na véspera da sua
primeira Comunhão, sonhou que Santa
Teresa do Menino Jesus lhe predizia: “Serás monja como eu”.
Entrou na
Associação da Beata Imelda Lambertini, Dominicana de acentuada piedade
eucarística, e depois na “Milícia Angélica” de São Tomás de Aquino, reunindo-se
periodicamente com as amigas para meditar e rezar, ler o Evangelho, a “Imitação
de Cristo”, as vidas dos santos e em particular a autobiografia de Santa
Teresinha.
Em 1914 foi
introduzida na Terceira Ordem Dominicana como noviça, com o nome de Inês, e fez
a profissão no ano seguinte, depois de ter recebido uma dispensa especial, por
causa da sua jovem idade. Ampliou infinitamente o seu campo de apostolado, de
catequese e de assistência, dando livre espaço ao seu profundo desejo de fazer
o bem ao próximo; contudo, o seu coração aspirava por uma vida de clausura.
Assim, sabiamente orientada pelo seu confessor, preparou-se com uma profunda espiritualidade para dar o novo passo e, em 1920, vestiu o hábito carmelita escolhendo o nome de Irmã Elias de São Clemente. No ano seguinte emitiu os votos simples seguindo, a exemplo de Santa Teresa do Menino Jesus, o “pequeno caminho da infância espiritual onde me sentia chamada pelo Senhor”. Fez a profissão solene em 1925.
Assim, sabiamente orientada pelo seu confessor, preparou-se com uma profunda espiritualidade para dar o novo passo e, em 1920, vestiu o hábito carmelita escolhendo o nome de Irmã Elias de São Clemente. No ano seguinte emitiu os votos simples seguindo, a exemplo de Santa Teresa do Menino Jesus, o “pequeno caminho da infância espiritual onde me sentia chamada pelo Senhor”. Fez a profissão solene em 1925.
No final de 1926
começa a sofrer uma dor de cabeça contínua e grave, a qual ela chamou de
“irmãozinho” amado “Meu irmãozinho –
escreve para o sacerdote que dirigia a sua alma – não me permite fazer longos
discursos, muito menos ouvir. Como você
vê, todas as coisas cooperam para me isolar cada vez mais de tudo e viver
somente de Deus. Nada perturba a paz de minha alma. Tudo que eu preciso é uma
alavanca para levantar-me a Ele. Não,
Padre venerável, não me arrependo de ter consagrada uma vítima do Senhor.”
Na verdade, era o começo de encefalite, que a levaria à morte. Sua doença foi
quase despercebida, tratada como uma simples gripe. A Irmã Elias sofreu deste
mal durante o ano inteiro e, na vigília de Natal, recebeu a visita de um
médico, que só pôde constatar a irreversibilidade das suas condições de saúde
(meningite e encefalite).
A nova Beata
faleceu ao meio-dia de 25 de Dezembro, entrando no Céu como tinha previsto: “Morrerei num dia de festa”. A jovem
Carmelita deixou em todos uma lembrança nostálgica, mas também um grande
ensinamento: é necessário caminhar com alegria rumo ao Paraíso, porque este é o
“Ponto Omega” de todo aquele que crê. Foi beatificada em 14 de março de 2006,
pelo Papa Bento XVI.
ORAÇÃO
Deus todo-poderoso e eterno, que aceitastes
comprazido a oblação que de si mesma vos fez a Beata Elias de São Clemente,
virgem, concedei-nos, por sua intercessão, que, alimentados pelo Pão
Eucarístico e iluminados pela luz da Vossa Palavra, cumpramos fielmente a Vossa
santa vontade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do
Espírito Santo, Amem!
Fonte: "Coisas de Santos".
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