Nascimento: 01 de março de 1833.
Local
nascimento: Raconígi (Itália, província de Turim).
Vida: Rivalba (Itália).
Clemente
Marchisio nasceu em Racconigi, no dia 01 de março de 1833, primeiro
de cinco filhos.. Uma família como tantas. Seu pai era sapateiro. Em
Racconigi há muitas igrejas. Em cada esquina aparece uma capela.
Clemente cresce num ambiente muito religioso ; é fácil imaginá-lo
atraído pela atmosfera sagrada que o leva a frequentar a igreja dos
padres dominicanos como coroinha. No futuro ele não vai precisar dos
instrumentos do pai, mas de estudos para ser no futuro santo
sacerdote.
Precisa
de ajuda econômica, para frequentar os estudos, mas a divina
Providência vai ao seu encontro. Desejando ser padre, quis estudar
em casa as disciplinas filosóficas, tendo por professor o Pe. João
Batista Sacco.
Consegue
entrar no seminário de Bra, onde pode iniciar o seu caminho que o
conduzirá a Turim, sob a direção de São José Cafasso, reitor do
Santuário da Consolata e promotor do “Convitto Eclesiástico”,
instituído para a formação dos sacerdotes, deixando um forte sinal
na história da igreja local e universal.
Permaneceu
dois anos em Turim, tendo por mestre de teologia moral e pastoral São
José Cafasso (15.01.1811 – 23.06.1860), o mesmo santo diretor
espiritual de São João Bosco. Clemente Marchisio cooperou com São
José Cafasso no ministério da catequese e obras de caridade em prol
dos encarcerados. Ele próprio confessará, mais adiante, que os
exemplos de São José Cafasso muito o encorajaram na prática das
virtudes sacerdotais.
Em
20 de setembro de 1856, aos 23 anos de idade, ordenou-se sacerdote.
Passou dois anos na sede do Pensionato eclesiástico de Turim.
Constatando que o pão e o vinho da Santa Missa não eram puros,
modificou-os e daí derivou o nome de seu Instituto: "Irmãs das
Hóstias".
Estamos
em pleno mil oitocentos, neste século surgem na região do Piemonte,
sacerdotes santos, com uma atenção particular que se refere ao
aspecto social. Entre eles está Clemente Marchisio que adere
plenamente ao programa. Enviado por um tempo breve a Cambiano como
vice-pároco, deve sair de lá por causa da sua sinceridade com os
paroquianos que lhe causaram não poucos problemas e sofrimentos. Foi
transferido também por pouco tempo, ao lugarejo de Vigone. Em
seguida foi nomeado pároco de Rivalba e permanecerá aí por 43
anos. Rivalba: sua terra prometida, o lugar onde poderá andar,
encontrar, pregar e fundar o Instituto das Filhas de São José.
Continuou
em Rivalba até sua morte. Em 1860, tomou posse da paróquia de
Rivalba. Como um bom pároco se ocupa logo da
sua Igreja que queria completamente nova, mas poderá somente
reestruturar.
O relacionamento com os paroquianos é baseado sobre uma extrema
franqueza e sobre a coerência que permite coincidir o seu pensamento
com as suas ações. Esta sua maneira de relacionar-se não é sempre
fácil de
aceitar, mas ele age seguindo o ditado do Evangelho: “Sim, sim;
não, não”.
Ali
construiu um asilo para meninas e uma fiação para dar trabalho para
as jovens e assim evitar que fossem buscar trabalho em cidades
grandes, o que facilmente as poderia corromper. Convidou as
Vicentinas de Maria Imaculada, ordem fundada pelo beato Frederico
Albert para lhes dar assistência. Quando estas vieram a faltar,
substituiu-as por um grupo de jovens: o primeiro núcleo das filhas
de São José.
Em
1875 dá início à família religiosa das Filhas de São José. Ao
seu lado, desde os primeiros anos, uma mulher de Turim que seguirá
o seu sonho
de fundação. Chama-se Rosalia
Sismonda.
Decide
oferecer uma casa ás primeiras irmãs, comprando e reestruturando
o castelo milenário
que se encontra em Rivalba. Se tornará o berço da Congregação, o
símbolo que demonstra o seu desenvolvimento com o passar
dos anos.
No
primeiro tempo, a finalidade do Instituto era a de ajudar as moças a
aprender um ofício ocupando-se na tecelagem, sem precisarem sair da
cidade para ganhar a vida, como citado anteriormente. Desta forma,
evitava o perigo de as meninas abandonarem os lares, a caminho da
cidade em busca de emprego, onde a maior parte delas corria o risco
de perder a fé e os costumes.
Exatamente
no ano 1880, que viu grandes manifestações do culto Eucarístico,
Pe. Clemente Marchisio, seguindo uma inspiração interior, mudou a
finalidade do Instituto, e quis que as Filhas de São José se
dedicassem exclusivamente ao Culto Eucarístico:“o Instituto, em
vez de servir a Jesus nos pobres operários das oficinas,
empenhar-se-á em servir da melhor maneira possível a Ele mesmo, em
tudo o que diz respeito ao sacramento do Amor, não só por um
trabalho diligente e consciencioso, mas com o maior respeito possível
e devoção.”(Beato Clemente Marchisio).
Padre
Clemente quer que as irmãs se ocupem
de tornar mais digno tudo o que acontece sobre o altar. Inicia
o trabalho da produção da hóstias e do vinho que se tornarão
Corpo e Sangue de Jesus Cristo. Além disso, a sua atenção é
orientada para tudo aquilo que se refere à Celebração Eucarística,
para sublinhar a importância e a beleza do momento central da fé
cristã. Por esta razão as jovens que se consagram na sua família
religiosa começam a serem chamadas “as
irmãs das hóstias”.
Pelo
carisma próprio da Congregação todas as irmãs se empenham no
culto à
Eucaristia, preparam com a máxima reverência, seguindo as normas da
Igreja, a matéria genuína do santo Sacrifício da Missa: as
Hóstias, confeccionam os paramentos, toalhas do altar e demais panos
sagrados, provém com amoroso cuidado o que for preciso para a honra
e o decoro da Santíssima Eucaristia.
Em
1883 Pe.
Clemente Marchisio abre uma comunidade em Roma, fazendo dizer ao Papa
Leão XIII: “Até
que em
fim
nosso Senhor quis pensar em si mesmo!”
Homem
incansável não desiste de pregar, de viajar, de alimentar a vida
interior das suas filhas. Isso até o dia 16 de dezembro de 1903 dia
em que entregou sua alma ao Senhor. No mesmo dia
unida a ele, sobe
ao céu Rosalia Sismonda, sinal de sintonia perfeita e comunhão
total entre eles.
Dotado
de temperamento forte e tenaz, pôs todo o empenho em servir Deus
com a máxima fidelidade da sua alma. Procurou viver pobremente,
dando aos doentes e necessitados o melhor dos seus bens e da sua
dedicação.
Era
por natureza autoritário e inclinado à ira. Teve, por isso, de
lutar com todas as energias para refrear a iracúndia e sofrer com
paciência as adversidades da vida. A força para se dominar e para
praticar todas s virtudes, ia buscá-la no mistério sacrossanto da
Eucaristia. Pode-se dizer, sem exagero, que o característico da vida
espiritual do Beato Clemente Marchisio como sacerdote, pároco e
fundador, enraíza-se no sacramento do Corpo e Sangue de Cristo. Por
isso, nada tinha tão a peito como celebrar devotamente a Santa
Missa, adorar assiduamente o Santíssimo Sacramento e cuidar que as
coisas com ele relacionadas fossem condizentes com a dignidade
infinita do Filho de Deus. Não contente com isso, punha todo o
empenho em instruir os fiéis no sentido de uma participação cada
vez mais consciente e frutuosa da Sagrada Liturgia.
Era
um homem de muita oração, que incluía a leitura diária da Sagrada
Escritura e uma terna devoção à Santíssima Virgem. Assim
alimentava a sua fé, esperança, caridade e demais virtudes, que
praticou em grau heroico.
Até
1983, data em que foi beatificado pelo santo Papa João Paulo II, sua
casa em Roma já possuía mais de 450 membros. A razão principal de
sua existência foi o ministério paroquial, o cuidado das almas a
exemplo de São Cura D'Ars e para todos outros padres.
Local
morte
Rivalba
(Itália) Morte 16 de dezembro de 1903, aos 70 anos de idade
Oração
Deus,
nosso Pai, iluminai, hoje, nossos olhos com vossa luz, para que assim
possamos ver e enxergar vossas pegadas ao longo do nosso caminho.
Aclarai nosso entendimento para não adormecermos na tristeza, na
falta de confiança da vida, no desânimo de quem se deixa vencer por
suas dificuldades e contrariedades. Abri hoje nossos ouvidos para
escutar vosso apelo de confiança e esperança na vida, que nos diz:
"Não terás mais necessidade de sol para te alumiar, nem de lua
para te iluminar: permanentemente terás por luz o Senhor, e teu Deus
por resplendor" (Is 60,19ss). Elevamos a vós, Senhor, esse hino
de louvor. "Jesus, coroa celeste, Jesus, verdade sem véu, ao
servo que hoje cantamos deste o prêmio do céu. Dai que por nós
interceda por fraternal comunhão, e nossas faltas consigam
misericórdia e perdão. Bens, honrarias da terra sem valor ele
julgou; vãs alegrias deixando, só as do céu abraçou. Que sois,
Jesus, rei supremo, jamais cessou de afirmar; com seu fiel testemunho
soube o demônio esmagar. Cheio de fé e virtude, os seus instintos
domou, e a recompensa divina, servo fiel, conquistou. A vós, Deus
uno, Deus trino, sobe hoje nosso louvor, ao celebrarmos o servo de
quem Jesus é Senhor" (Liturgia das Horas, op.cit., 1994).
Devoção
Aos
sagrados sacramentos da Confissão, Eucaristia e assistência às
almas.
Fontes:
Imagens extraídas do Google.
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