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domingo, 16 de julho de 2017

SANTO ESCAPULÁRIO DO CARMO: devoção de muitos Santos e Santas na Igreja.





Hoje, Festa (Solenidade para os Carmelitas) de Nossa Senhora do Carmo, fugindo um pouco aos propósitos do blog, trago um belo texto sobre a devoção ao Santo Escapulário do Carmo, devoção praticada por muitos Santos e Santas, desde o séc. XIII até o presente momento. 

O Escapulário do Carmo é um sinal externo de uma devoção Mariana, que consiste na consagração à Santíssima Virgem Maria, através da inscrição na Ordem Carmelita, na esperança de Sua proteção maternal.
O distintivo externo desta inscrição ou consagração é o pequeno escapulário marrom, conhecido por todos. Quando o fiel se consagra a Ssma. Virgem, através do Escapulário do Carmo, passa a ter direito a todos os privilégios espirituais e indulgências que esta Santa Ordem possui, mediante a aprovação dos Santos Padres. Isto é, o fiel passa a ser irmão ou irmã do Carmo, com os mesmos direitos espirituais dos frades (Primeira Ordem), freiras e monjas (Segunda Ordem) e dos irmãos da Ordem Secular do Carmo (ex-Terceira Ordem): é, portanto, incluído, na grande família carmelitana. Dentre os tesouros espirituais que esta sagrada Ordem pode oferecer estão as milhares de Missas, que são celebradas pelos padres carmelitas de todo o mundo, nas intenções de toda a Ordem e família carmelitana.



Escapulário marrom, em tamanho reduzido, para ser usado por quem se
consagra a Nossa Senhora do Carmo. Existem vários modelos
e tamanhos. O que importa é que seja de pano, de preferência, lã natural. 


Como o irmão ou irmã do Carmo não pode usar um hábito religioso (não precisaria chegar a tanto), como fazem os frades e monjas carmelitas, pois muitos irmãos e irmãs do Carmo pertencem inclusive a outras Ordens e/ou Institutos religiosos, ou são pais de família, médicos, soldados, funcionários públicos, operários, etc, o Escapulário (também conhecido como “bentinho”) substitui o escapulário grande do hábito carmelita. Isto é, quem usa o Escapulário do Carmo, devidamente imposto por um sacerdote, de maneira devota, é o mesmo que estivesse usando o hábito carmelita. Portanto, o Escapulário do Carmo não é um “santinho”, uma “medalha”, ou um objeto religioso qualquer! Por isso, seu uso somente é válido quando é imposto por um sacerdote e com um ritual próprio para tal procedimento. É uma devoção muito séria e importante na Igreja. Sua história vara os séculos (750 anos).
O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo é um sacramental; isto é, segundo o Concílio Vaticano II, “um sinal sagrado segundo o modelo dos sacramentos, por meio do qual são transmitidos efeitos sobretudo espirituais, que se obtêm pela intercessão da Igreja” (documento conciliar, constituição “Sacrossanctum Concilium”, capítulo III, antigo 60, nº 621).




II) ORIGEM E PROPAGAÇÃO

No final do século XII e princípios do XIII, nascia, no Monte Carmelo, na Palestina, a Ordem dos Irmãos da Bem-Aventurada Sempre Virgem Maria do Monte Carmelo (nome completo da Ordem dos Carmelitas). Por causa da dominação muçulmana, naquelas terras, cedo os frades se viram obrigados a emigrar para o ocidente.
Na Europa, tampouco foram bem recebidos por todos. Já existiam na época várias Ordens religiosas, e os Bispos queriam que não mais se fundassem novas Ordens, e sim, que as novas vocações fossem dirigidas para as Ordens já existentes. A própria população achava que os carmelitas eram “aproveitadores”. Por causa disso tudo, o Superior Geral da Ordem Carmelita, o presbítero São Simão Stock (natural da Inglaterra), varão de grande santidade, oração e penitência, vendo pesar sobre sua querida Ordem o perigo da extinção, e o peso esmagador do desprezo e da perseguição, se voltou para Maria Santíssima e, fervorosamente Lhe pediu que não desamparasse aquela Ordem a Ela consagrada, mas sim, que a protegesse e lhe desse maior estima. Repetia, incansável e incessantemente, todos os dias, a seguinte oração:







   “Flor do Carmelo,Videira  Florescente, Esplendor do Céu! Mãe sempre  Virgem e Singular! Aos carmelitas protegei com vosso amor, Ó Estrela do Mar!”









No ano de 1251, se realizou o prodígio: no dia 16 de julho, a mesma divina Senhora, a Bem-Aventurada Virgem Maria, comovida pelas súplicas de seu amado filho, lhe aparece acompanhada por uma multidão de Anjos e, tendo em suas mãos benditas o escapulário da Ordem do Carmo, lhe dirigiu estas notáveis palavras: “caríssimo filho, recebei o escapulário de vossa Ordem, sinal da minha confraternidade, privilégio para vós e, igualmente, para todos os irmãos do Carmo: todo aquele que morrer revestido deste Santo Escapulário, não arderá nas chamas do inferno, isto é, aquele que com ele morrer, se salvará! Este hábito é um sinal de salvação, uma segurança de paz e aliança eternas!”.



Essa grande promessa de morrer na graça de Deus quem, levando o Escapulário, piedosamente venha a morrer com ele, a recordava o Santo Padre Pio XII, em 11 de fevereiro de 1950: “e, em verdade, dizia o Papa, não se trata de um assunto de pouca importância, e sim, no conseguir a vida eterna em virtude de uma promessa feita, segundo a tradição, pela Santíssima Virgem”. É, certamente, o Santo Escapulário, como que uma “tábua de salvação” mariana, prenda e sinal da proteção da Mãe de Deus. Mas não pensem os que vestem essa “tábua de salvação” que possam conseguir a salvação eterna abandonando-se à perdição e à queda espiritual (viver em estado de pecado mortal)...”
Observação: o próprio Pio XII usava o escapulário desde os 08 anos de idade.

Publicado este privilégio milagroso, a Ordem do Carmo cresceu em merecimentos e em santidade; não só dentro dos conventos, mas também fora deles, muitas pessoas recebiam o Santo Escapulário (o de tamanho reduzido, obviamente): pontífices, reis, nobres, pobres e ricos, clérigos e leigos, de todos os tempos e lugares, se revestiam e dele se serviam como de um distintivo de filhos de Maria e forte escudo contra os inimigos da alma e do corpo. Sobre ele, o Cardeal Gomá o chamou de “devoção católica, como a própria Igreja”.




III) O PRIVILÉGIO SABATINO

A primeira promessa de Maria foi confirmada por outra feita, por Ela mesma, setenta anos depois ao Papa João XXII. Este papa declarou, em uma bula, que um dia, estando prostrado em oração, Maria lhe apareceu e disse-lhe: “João, Vigário de meu Filho, és-me devedor da alta dignidade a que chegaste, pois tenho rezado por ti e, como te tenho subtraído dos laços de teus adversários, espero de ti uma grande e favorável confirmação da Ordem do Carmo, que sempre me tem sido singularmente dedicada...Se entre os religiosos confrades (aqui estão incluídos os irmãos e irmãs do Carmo. Os Santos Padres consideram como pertencentes à família carmelitana, todos os que receberam o seu Escapulário), quando morrerem, se acharem alguns, cujos pecados tiverem merecido o Purgatório, eu descerei como sua terna Mãe, ao meio deles, no Purgatório, no sábado que seguir à sua morte; livrarei aqueles que eu lá encontrar e os levarei à Montanha Santa (o Celeste Carmelo) à feliz morada da vida eterna”.
Em 1950, o recordava S.S. Pio XII: “certamente, a piedosa Mãe não deixará de fazer que os filhos que expiam no Purgatório suas culpas, alcancem, o mais cedo possível, a Pátria Celestial, por Sua intercessão, segundo o chamado “privilégio sabatino”, que a tradição nos tem transmitido com estas palavras: “Eu, Sua Mãe da Graça, baixarei no sábado, depois de sua morte e a quantos – religiosos, terceiros e confrades – achar no Purgatório, os livrarei e os levarei ao Monte Santo da Vida Eterna”.



IV) CONDIÇÕES

A)            Para receber a grande graça de ser livre do fogo do inferno:

Receber o Escapulário bento e imposto pelo sacerdote (através de ritual próprio) e morrer com ele ou com a medalha (supletória) que o substitui depois de imposto.

B)            Para receber a graça do privilégio sabatino, isto é, ser liberto do Purgatório no sábado seguinte à morte, se para lá for:

1º) Condições do item A, mais:
2º) Guardar a castidade própria de cada estado (solteiro, casado, clérigo ou religioso).

3º) Reza diária de um pequeno ato de devoção a Nossa Senhora do Carmo indicada ou aconselhada pelo padre que impôs o Escapulário ou pelo padre confessor (dicas úteis: após a imposição do Escapulário, pedir ao sacerdote para indicar um ato de devoção a N.S. do Carmo). Exemplos de devoção que podem ser seguidos: rezar diariamente 03 Ave-Marias, ou 03 Pai-Nossos, Ave-Marias e Glórias; 07 Pai-Nossos, Ave-Marias e Glórias; o ofício de Nossa Senhora; o Santo Terço, etc. Obs: quem já reza diariamente o Santo Terço, não precisa rezar outro tipo de devoção, só se quiser.



O escapulário, usado corretamente, com
devoção mariana legítima, certamente
é sinal seguro de salvação eterna. 
V) QUEM PODE RECEBER O ESCAPULÁRIO?

Todos os católicos, que o peçam, o podem receber, imposto por um sacerdote. Podem-no receber ainda as crianças batizadas, mesmo inconscientes e os doentes destituídos de sentidos, pois se parte do princípio que, se conhecessem o seu valor, o quereriam receber.
É ótimo o costume de o pôr logo no dia do Santo Batismo.



VI) COMO É O ESCAPULÁRIO?

O Escapulário é de tecido de lã, de cor castanha ou preta, mas, o mais comum é o de cor castanha. O Escapulário do Carmo, uma vez bento e imposto, não precisa de uma nova benção quando se substitui por um outro novo. A benção não está no Escapulário em si: a benção está na pessoa! A medalha sim, precisa de nova benção.
No dia 16 de dezembro de 1910, Sua Santidade o Papa São Pio X concedeu que o Escapulário pudesse ser substituído por uma medalha que tivesse: de um lado uma imagem de Nossa Senhora, sob qualquer invocação (do Carmo, de Lourdes, de Fátima, Auxiliadora, etc) e do outro lado, uma imagem do Sagrado Coração de Jesus. Importante: não vale receber a imposição com uma medalha: somente com o escapulário. A medalha, quando for colocada, pode ser benta com um simples “sinal da cruz”, fazendo-se a intenção de usá-la para substituir o Escapulário.
O valor do Escapulário está no tecido (pois este simboliza a veste, o hábito carmelita), com a benção própria, e não nas imagens que costuma ter. Pode ser lavado, plastificado, pode-se mudar os cordões, etc.








VII) COMO E QUANDO USÁ-LO?

Usar sempre com respeito e devoção! O Escapulário é uma veste, uma espécie de hábito. Nos lembra que estamos vestidos com o manto protetor de Maria.
Devemos andar sempre com ele ou com a medalha supletória e, sobretudo, usa-lo à hora da morte.Nunca deixemos de usá-lo, mesmo ao tomar banho ou ao dormir. Infelizmente não sabemos em que dia, hora ou circunstâncias morreremos. Quem o recebeu e deixou de trazê-lo consigo (mesmo no caso de perda da fé ou da devoção), basta que comece de novo a usá-lo, ou a usar a medalha, sem precisar de nova imposição. A graça do Escapulário do Carmo está ligada ao nosso corpo e à nossa alma. Porém, é necessário usa-lo.
Curiosidade: Sua Santidade o Papa São Pio X concedeu que os militares em campanha de guerra possam impor a si próprios o Escapulário ou a medalha, uma vez bentos pelo sacerdote e que, tendo acabado sua missão, continuem a usufruir  todas as graças e privilégios a ele inerentes, sem terem de receber nova imposição pelo sacerdote.
Observação importante: certamente que o Escapulário não dispensa o fiel católico dos Sacramentos, que são os meios instituídos por Nosso Senhor Jesus Cristo como via normal para nos santificar; nem dispensa a prática das virtudes cristãs. Não “mete à força” no Céu as almas em pecado mortal, mas ajuda, pela intercessão de Maria Santíssima, a sair do estado de pecado mortal, onde houver um mínimo de boa vontade. O Escapulário do Carmo é um dom misericordioso do Céu, obtido por intercessão da Mãe de Misericórdia, já que os justos e os pecadores custaram o Sangue de Jesus e as lágrimas e dores de Maria Santíssima!



VIII) QUALQUER SACERDOTE PODE IMPÔR O ESCAPULÁRIO?

No dia 28 de janeiro de 1964, o Papa Paulo VI concedeu que todos os sacerdotes pudessem impor o Escapulário e substituí-lo pela respectiva medalha, pois, até esse dia, era privilégio dos padres carmelitas ou de outros sacerdotes autorizados pela Santa Sé. Isto mostra o desejo da Santa Igreja e do Espírito Santo que a move de que todos o tragam consigo.



IX) PROTEÇÃO MATERNAL DO ESCAPULÁRIO (Veste de Maria)

Por seu profundo simbolismo mariano, pelos privilégios e pelo grande amor e maternal assistência, que tem manifestado, pelos séculos, a Santíssima Virgem do Carmo, a quem veste, devotamente, seu Escapulário, é que tão prodigiosamente se tem estendido pelo mundo esta piedosa devoção de vestir o Escapulário (são já 750 anos de história!).

Usar o escapulário não autoriza ao fiel
viver uma vida relaxada espiritualmente.
Ao contrário, estimula a prática das
virtudes, o santo temor de Deus e
o desejo de um dia ir para o Céu. 
Aqui enumero as razões do valor espiritual da devoção do Escapulário:

1) Sobretudo por seu rico simbolismo: ser filho de Maria. Ver no Escapulário todas as virtudes de Maria; ser símbolo de nossa consagração filial à Mãe amável.
2) Por morrer na graça de Deus, quem o vestir devotamente durante a vida.
3) Porque sairá do Purgatório, o quanto antes, quem morrer devotamente com ele.
4) Por conceder a proteção de Maria Santíssima em todos os momentos da vida, na hora da morte e também na outra vida. “Na vida, protejo; na morte, ajudo; depois da morte, salvo”: estas são suas credenciais!
5) Pelos inumeráveis prodígios que tem obrado durante os séculos.
6) Pelas relações com Suas aparições mais recentes, como em Lourdes e Fátima (no dia 13 de outubro de 1917, Nossa Senhora apareceu aos três pastorinhos como Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora das Dores e como Nossa Senhora do Carmo: nesta última visão, Maria Santíssima apareceu estendendo o Escapulário ao mundo, como que pedisse insistentemente que todos o usassem).
7) Pelas muitas indulgências (plenárias e parciais) que desfrutam aqueles que vestem este Santo Hábito da Virgem Maria.



X) O PROFUNDO SIGNIFICADO DO SIMBOLISMO

Ao vestir o Escapulário, e durante toda a vida, é muito importante que saibamos apreciar seu profundo e rico significado, como o de pertencer a uma Ordem, a do Carmo, coma a obrigação de viver segundo sua rica espiritualidade e seu próprio carisma. Quem veste o Escapulário deve procurar ter sempre presente a Santíssima Virgem em seu coração, em sua vida e tratar de imitar suas santas virtudes, sua vida exemplar e agir como Ela, Maria, agiu, segundo suas próprias palavras: “Eis aqui a escrava do Senhor: faça-se em mim, segundo tua palavra”.


O Escapulário do Carmo é um memorial de todas as virtudes de Maria! Assim o recordava o Papa Pio XII a todos: religiosos, seculares e confrades, “que formam, por um especial vínculo de amor, uma mesma família da Santíssima Virgem Mãe”. E completou o Santo Padre:
- “Reconheçam nesse memorial da Virgem um espelho de humildade e castidade”.
- “Vejam, na forma simples de sua feitura, um compêndio da modéstia e candor”.
- “Vejam, sobre tudo, neste objeto de devoção, que vestem todo o dia e noite, significada, com simbolismo eloqüente, a oração com a qual se invoca o auxílio divino”.
- “Reconheçam, por fim, nele, sua consagração ao Sacratíssimo e Imaculado Coração de Maria, por nós (isto é, pelo Papa) recentemente recomendada”.


O Santo Escapulário do Carmo é o segundo maior sacramental mariano, logo após do Santo Rosário. A devoção a esse simples objeto, feito de pano marrom, mas que simboliza a proteção e a presença de Maria, que nos envolve qual uma veste, é sinal seguro de perseverança final e de salvação. Você sabe muito bem como Deus se utiliza do que é simples e "fraco" neste mundo para confundir e derrotar o que é forte. Não nos esqueçamos do velho e "infértil" Abraão, do "escravo" José do Egito, do "gago" Moisés, do "medroso" Jeremias, do "velho" Simeão, da "mulher" Judite, dos velhos Isabel e Zacarias, do "carpinteiro" José, da pobre virgem Maria de Nazaré, do jovem Jesus de Nazaré, o "filho do carpinteiro", do pescador Simão Pedro, etc.
Certamente satanás tem ódio mortal do simbolismo do Escapulário: um simples pano de (para "aquecer o frio de nossas almas") marrom (cor da penitência e da humildade. Essa palavra deriva da palavra "húmus" = chão, terra, lama), que reveste o fiel à frente e às costas (para nos lembrar que Deus nos acompanha e nos conhece tanto no passado, no presente e no futuro) e que deve ser utilizado constantemente (para nunca nos esquecermos que Deus e sua Santíssima Mãe sempre nos acompanham, mesmo quando dormimos ou quando às vezes não pensamos nEles).
Certamente ele (o maligno) fará de tudo, se utilizará dos mais "sábios" argumentos para fazer que nós "compreendamos" que o escapulário é uma besteira, uma tolice, coisa de beatas de igreja, que o que vale é a "fé dentro de nosso coração", etc... Que tolos os que se deixam levar pelos "conselhos maravilhosos" de tão "maravilhoso professor"...



XI) INDULGÊNCIAS (Plenárias e Parciais)


A)            Indulgência Plenária

Gozam do privilégio de alcançar a Indulgência Plenária de todos os castigos e penas temporais do Purgatório merecidas pelos pecados cometidos até o dia da Indulgência, todos os confrades carmelitanos que se confessarem e piedosamente comungarem nos seguintes dias ou festas:

- No dia  no qual se veste o Escapulário (que é o dia da inscrição na família carmelitana).

- Nas seguintes festas e solenidades:
         * 16 de maio: memória de São Simão Stock, Presbítero.
         * 16 de julho: Solenidade de Nossa Senhora do Carmo, nossa Mãe Santíssima e Rainha de Nossa Ordem.
         * 20 de julho: Festa de Santo Elias, profeta.
         * 01 de Outubro: Festa de Santa Teresinha do Menino Jesus, Virgem e Doutora da Igreja.

          * 15 de Outubro: Solenidade de Nossa Santa Mãe Teresa de Jesus, Virgem e Doutora da Igreja.
          * 14 de novembro: Festa de Todos os Santos Carmelitas
          * 14 de dezembro: Festa de Nosso Santo Pai João da Cruz, Presbítero e Doutor da Igreja.
            
B)            Indulgência Parcial

Ganha-se Indulgência Parcial (100 ou 300 dias) por usar piedosamente o Santo Escapulário. Pode-se ganhar não somente por beijá-lo, se não, por qualquer outro ato de afeto, respeito e devoção. E não somente o Escapulário, se não também a medalha supletória.




XII) RECOMENDAÇÃO PONTIFÍCIA

Desde o século XVI – quando se estendeu por toda a cristandade o uso do Escapulário do Carmo – quase todos os Papas têm-no vestido e propagado sua devoção: Inocêncio IV, João XXII, Alexandre V, Bento XIV, Pio VI, Clemente VIII, Paulo III, São Pio V, Leão XI, Urbano VII, Nicolau V, Sixto IV, Alexandre VII, Pio IX, São Pio X, Bento XV, Pio XI , Pio XII, Paulo VI e João Paulo II (este pertencente à Ordem Carmelita Descalça Secular). Através de bulas apostólicas, os Papas vem cumulando de favores espirituais a Ordem e confrarias do Carmo, aconselhando seu uso, estimulando e premiando esta devoção!
Basta recordar aqui o que o Papa Paulo VI, tratando das linhas assinaladas pelo Vaticano II, disse: “Cremos que entre estas formas de piedade Mariana, devem contar-se expressamente o Rosário e o uso devoto do Escapulário do Carmo”. E adiante, tomando as afirmações de Pio XII: “Esta última prática, por sua mesma simplicidade e adaptação a qualquer mentalidade, tem conseguido ampla difusão entre os fiéis, com imenso fruto espiritual”. O Papa João Paulo II, que é Carmelita Descalço Secular, recordou, em diversas ocasiões, que veste, com devoção, desde menino, o Escapulário do Carmo.
A Solenidade da Virgem do Carmo – 16 de julho – está entre as festas “que hoje, por sua difusão alcançada, pode ser considerada uma festa verdadeiramente eclesial”. (M.C. 8)



ALGUNS EXEMPLOS DE SANTOS DEVOTOS DO ESCAPULÁRIO DO CARMO (da Ordem Carmelita, seculares ou de outras congregações): 

Muitos Santos foram devotos usuários do Escapulário do Carmo. Entre esses, podemos citar os nomes de: São Pedro Clavér (missionário jesuíta), Santo Afonso Maria de Ligório (bispo, fundador dos Redentoristas e Doutor da Igreja), São Carlos Borromeu (Arcebispo de Milão, seu padroeiro), São Francisco de Sales  (Bispo e Doutor da Igreja), São João Maria Vianney, o Cura d’Ars (Padroeiro dos Párocos), Beato Batista Mantovano, São Pompílio Pirrotti, São João Bosco (Educador e Fundador dos salesianos), São George Precca, sacerdote maltês, apóstolo do Escapulário na Ilha de Malta, Santa Teresinha  do Menino Jesus (a Padroeira dos Missionários e Doutora da Igreja), São João da Cruz (grande místico , mestre da espiritualidade, Carmelita Descalço e grande colaborador de Santa Teresa de Jesus na reforma espiritual da Ordem Carmelita), Santa Maria Madalena de Pazzi (grande mística), Santa Edith Stein (Teresa Benedita da Cruz. Famosa filósofa judia alemã, se converteu ao catolicismo graças à leitura da autobiografia de Santa Teresa de Jesus: “O Livro da Vida”. Mais tarde fez-se carmelita descalça, e morreu mártir da fé em 1942 no campo de concentração de Auchwitz), Santa Elisabete da Trindade (famosa mística carmelita descalça, grande apóstola do mistério da Inabitação da Santíssima Trindade na alma), etc. Observação: alguns desses santos, apesar de não pertencerem diretamente à Ordem do Carmo, eram pertencentes à irmandade do Carmo, por isso, são membros da grande família carmelitana. No Céu, intercedem por nós também!


São George Precca foi um grande devoto
e divulgador da devoção na Ilha de Malta

São João Paulo II usava o escapulário
desde criança. 


Foto do Papa São João Paulo II, quando jovem,
mostrando que usava o escapulário do Carmo.




XIII) OBJETIVO PRINCIPAL

Maria será sempre caminho para chegar a Jesus (LG 66 e MC 32). Entre as devoções que os cristãos dedicam ao honrar Maria Santíssima – dizia Pio XII em 11 de fevereiro de 1950 – “deve-se colocar, antes de tudo, a devoção do Escapulário dos Carmelitas”.
Por isso recomenda-se, vivamente, que se leve, dia e noite, o Escapulário – vestido de Maria. Porém seu uso permanente não é indispensável para ganhar as indulgências.
O Escapulário de tecido – que se recomenda, por simbolizar melhor a veste de Nossa Senhora do Carmo e a consagração a Maria – pode ser substituído, como já comentado, pela medalha supletória.
Quem veste o Escapulário, deve distinguir-se por uma profunda, sincera e filial devoção à Santíssima Virgem, esforçando-se sempre por conhecer, amar, imitar e divulgar o Nome de Maria, já que a Ordem do Carmo – a qual pertence, por vestir seu hábito – tem como finalidade, viver sua vida e estender seu culto. O título oficial dos carmelitas é este: Irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo.


XIV) MEU LEMA COMO IRMÃO OU IRMÃ DO CARMO

Tudo isso deve animar os cristãos a vestir com devoção o Escapulário da Virgem Maria, que tantos prodígios tem feito através dos séculos e que nos promete uma ajuda especial e proteção maternal da parte de Maria Santíssima. Este será meu ideal e meu lema que procurarei viver a todo custo:

            * Que meu Escapulário me acompanhe sempre.
            * Que nele eu veja sempre minha Mãe Celestial.
            * Que ao beijá-lo o faça com amor de filho e prometa amá-La mais e servi-La melhor.
            * Que sua lembrança (recordação) e sua presença em meu peito me anime a ser mais fiel a Seu Filho e a Ela.
            * Que nele eu veja gravadas (escritas) todas as virtudes de minha Celeste Mãe e trate de vivê-las.
            * Que sua constante presença sobre meu coração me ajude a evitar o pecado e a praticar a virtude.
            * Que sua recordação nunca permita que me esqueça dEla e assim possa estar seguro de que Ela não me abandonará.





FONTES BIBLIOGRÁFICAS:

* El Escapulário Del Carmem (terceira edição). El Carmem A.M.C., Onda (Castellón), Espanha. Publicação dos Frades Carmelitas Calçados.
* O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo. Editora Santuário, Aparecida do Norte (SP).
* Escapulário do Carmo (panfleto). Edição do “Cavaleiro da Imaculada”. Avenida Camilo, 240. Porto – Portugal.
* Escapulário do Carmo, A Força do Fraco. Frei José Fragoso Filho, O.Carm. . Edições Paulinas – 1988.


                                                                 

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