Escudo dos Passionistas
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Os leitores do blog "Santos, Beatos, Veneráveis e Servos de Deus notarão que eu tenho um especial carinho pela Congregação da Paixão de Jesus Cristo, ou, simplesmente, Passionistas.
Esta congregação, fundada por são Paulo da Cruz em 1720, tem como carisma meditar a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo e divulgar pelo mundo a misericórdia e o amor divinos manifestados através dos sofrimentos redentores de Cristo Crucificado.
Os Passionistas comprometem-se, através de um voto especial, a promover a memória da Paixão de Cristo (memoria passionis), com a palavra e com a própria vida. Procuram fazê-lo, sobretudo, com a pregação junto dos pobres, doentes, sofredores e marginalizados por qualquer razão; enfim, junto de todos os "crucificados" da atualidade.
Nossa Senhora dos Passionistas
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Todos nós cristãos temos como dever meditar a Paixão e Morte de Jesus, não apenas durante a Quaresma ou Semana Santa, mas, diariamente. A crença e fé na Ressurreição gloriosa e vitoriosa de Cristo não exclui de forma alguma que pensemos, meditemos, choremos e adoremos os indizíveis sofrimentos pelos quais passou nosso Salvador e Redentor no Horto das Oliveiras, nos cárceres de Anás, Caifás e Pilatos, na "Via Crucis" e, principalmente, no Calvário.
Não podemos jamais nos esquecer do seguinte mistério de fé: Cristo, apesar de Vivo e Ressuscitado, glorioso no Céu, continua, ao mesmo tempo, a sofrer indizivelmente no Santo Sacrifício do Altar (Santa Missa), bem como em cada irmão seu e irmã sua que sofre (fome, sede, nudez, doenças, miséria, injustiças, perseguição, terrorismo, atentados, morte, assassinatos, guerras, etc.)
Meditar diariamente a Paixão de Cristo, não só nos dá força para abraçarmos nossa própria cruz, como também, repara o Sagrado Coração de Jesus pelas injúrias que ainda sofre e alcança, do Trono da Divindade, graças e bençãos para a humanidade sofredora.
Bem, voltemos ao nosso querido beato Isidoro de Loor.
Beato Isidoro de Loor, Irmão Passionista
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Os
santos podem parecer todos iguais, porém, ao final, vemos que não existe um
igual ao outro. Também Isidoro oferece sua vida ao Senhor em sacrifício e
escreve aos seus: “Os deixei para viver somente para o Senhor e trabalhar muito
pela salvação de minha alma, a de vocês e a de muitos outros”.
Se
lhe pode definir como um “camponês santo”. Nasce em Vrasene (Bélgica) em oito
de abril de 1881, de uma família de camponeses. É duplamente “afortunado”,
primeiro, porque seus pais se distinguem pela piedade, a retidão moral e uma
conduta irrepreensível. Em segundo lugar, porque “a agricultura foi criada pelo
Altíssimo” (Ecle 7,15) e o trabalho dos campos é agradável a Deus. Também no
convento dedicará com paixão ao trabalho do campo e escreverá: “trabalhar e plantar na horta me faz
maravilhosamente bem”.
É
um jovem robusto, ativo e social; ajuda à família trabalhando no campo e, no
inverno, como operário da empresa de pavimentação das ruas; canta no coro da
paróquia e também é catequista. Participa assiduamente da vida da paróquia, se
inscreve na “Pia União Da Via Sacra Semanal” e ama meditar a Paixão de Jesus.
Por esse tempo vai amadurecendo a ideia de ser religioso. Um sacerdote
redentorista o encaminha até os passionistas por causa de seu amor a Jesus
Crucificado. Em abril de 1907, aos 26 anos de idade, entra no noviciado
passionista de Ere como irmão religioso.
Sofre muito com a
separação de sua família e padece um mal estar; ele, que fala flamenco, deve
falar em francês, a língua oficial no convento. Em 08 de setembro de 1907, toma
o hábito passionista e, um ano depois, em 13 de Setembro de 1908, emite a
profissão religiosa.
Está feliz por sua
vocação. Escreve a seus pais: “Aqui todos
somos iguais, do superior ao menor; todos em uma mesma mesa, em uma mesma
oração, em um mesmo repouso, em uma mesma recreação. Todos juntos trabalhamos,
segundo a condição de cada um. Damo-nos um serviço recíproco”.
Sua
vida não muda muito; habituado, desde sua família, a ser um apóstolo, continua
a sê-lo também no convento. “Cumprindo tudo
pela glória de Deus – escreve – colaboro
na conversão dos pecadores e a difundir a devoção à Paixão de Jesus e as Dores
de Maria. Enquanto os sacerdotes vão pregar, nós, os irmãos, trabalhamos para a
comunidade; também o trabalho mais insignificante se converte em mérito para
Deus e nossa salvação. Não anelo e nem desejo outra coisa que sacrificar-me
inteiramente pela salvação das almas”.
Única foto do beato Isidoro de Loor. |
Humildade
e paciência são suas virtudes. “O
trabalho – diz em tom de brincadeira – me
faz bem. Assim, quando vem o diabo e
me encontra ocupado, se convence que não tem nada que esperar de mim... e não
lhe resta mais do que ir embora”.
Sua
vida é uma contínua busca da vontade de Deus; a respeito dela estende sua
jornada e nela encontra paz e serenidade, em uma contínua ação de graças. Na
véspera de fazer seus votos escreve: “Estou
para fazer a minha profissão, unicamente para fazer a vontade de Deus”. O
chamam “o irmão bom”, o “irmão da vontade de Deus” e “a encarnação da regra
passionista”.
Vive uma rígida pobreza
e escreve: “Não possuo muitas coisas;
apenas tenho um crucifixo, uma navalha de barbear, um apontador e um lápis,
porém, não sei como fazer-lhes compreender a grande alegria que me preenche
vendo-me livre de tudo, para que meu coração ame senão a Jesus”.
Não
lhe falta o sofrimento físico. Em junho de 1911, por causa de um câncer, lhe é
extirpado o olho direito. Suporta tudo com grande força, tanto que o médico que
o opera exclama: “Este homem deve ser um santo”. Ele escreve: “Me confessei e na comunhão ofereci a Deus
meu olho pela expiação dos meus pecados, pelo bem espiritual e material de
vocês e por todas outras, muitas outras intenções. Abandonei-me comodamente à
vontade de Deus, sem entristecer-me”.
O
mal continua seu curso. Padece câncer no intestino e o médico adverte ao
superior as consequências fatais da enfermidade. O superior faz consciente a
Isidoro, o qual acolhe a notícia com a habitual serenidade. Padece dolorosas
operações. Exclama: “Devemos aceitar nossos sofrimentos em união com Jesus, que
é para nós o modelo de abandono à vontade do Pai”.
Os
familiares não podiam estar sempre com ele para assisti-lo, porque o impedem os
alemães que haviam ocupado a Bélgica. Estamos em plena Primeira Guerra Mundial.
Morre no dia 06 de Outubro de 1916, com 35 anos de idade e oito de vida
religiosa.
Mausoléu com os restos mortais do Beato Isidoro de Loor. |
O
humilde e silencioso irmão passionista se converterá em uma das figuras mais amadas
e populares da Bélgica. O beato João Paulo II o proclamou bem-aventurado em 20
de setembro de 1984.
Painel da beatificação do beato Isidoro de Loor. |
Beato Isidoro de São José (de Loor), rogai por nós!
Um comentário:
para eu ser um irmão passionista, o que devo fazer?
fernando.lucinger@yahoo.com.br
41-998889779 Colombo, Paraná
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