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segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Beato Carlo Acutis, Leigo, Adolescente (o Anjo da Juventude)





Carlo Acutis, o anjo da juventude

A comovente história do menino que, no leito de morte, ofereceu sua vida pela Igreja e pelo Santo Padre.


Algumas pessoas saem da vida para entrar na história; outras, para entrar no céu. Em 12 de outubro de 2006, falecia o jovem Carlo Acutis, vítima de uma grave leucemia. No leito de morte, desejou ardentemente que seus sofrimentos fossem oferecidos a Deus pela Santa Igreja e pelo Papa. O testemunho do rapaz, de apenas 15 anos, comoveu toda a Itália, tornando-o modelo de santidade, sobretudo para a juventude. No momento, a Diocese de Milão, à qual Acutis pertencia, trabalha na sua causa de beatificação.
Carlo Acutis nasceu em Londres, na Inglaterra, a 03 de maio de 1991. Os primeiros dias de vida foram também os primeiros de sua jornada para Deus. Com uma fé católica profundamente arraigada, os pais, André e Antônia, não tardaram a lhe providenciar o batismo, preparando para a ocasião um pequeno bolo em formato de cordeiro, como forma de agradecimento ao Senhor pela entrada do filho na comunidade cristã. Um simbolismo profético. A exemplo do Cordeiro de Deus, o pequeno Acutis também se faria tudo para todos, a fim de completar na própria carne - como diz o Apóstolo São Paulo, ao explicar o valor salvífico do dor - o que falta aos sofrimentos de Cristo pelo seu Corpo, que é a Igreja.

Crescendo em Milão, o pequeno Carlo demonstrou as virtudes cristãs desde a infância. Era uma criança alegre, de comportamento suave, que cativava a todos - principalmente as babás - com o seu entusiasmo contagiante. E se algum amiguinho aprontava-lhe uma maldade, sabia colocar a caridade acima do instinto: "o Senhor não seria feliz se eu reagisse violentamente". Aos 12 anos de idade, a Santa Missa já lhe era o bem mais precioso. Comungava diariamente, haurindo da Eucaristia a graça para uma vida santa.

Tamanha espiritualidade chamava a atenção dos mais próximos. Certa vez, preferiu participar de uma peregrinação a Assis, Itália, a visitar outros lugares para diversão. O comportamento do garoto levava os parentes a considerarem-no uma "vítima dos pais". Mas não era nada disso. Como confidenciaria a seu diretor espiritual, poucos dias antes de sua derradeira páscoa, Assis era o lugar onde mais se sentia feliz. Juntamente com Nossa Senhora de Fátima, São Francisco era-lhe o grande santo de devoção, principalmente por sua pequenez e humildade.

Vibrante, apaixonado pela vida, tinha no apostolado o fim último de toda a sua ação. Entendera cedo o "chamado universal à santidade". Daí a disponibilidade para com todos, fazendo-se amigo de qualquer um, mesmo dos mais tímidos. "Ele acreditava no diálogo íntimo com o Senhor - conta um dos colegas - e rezava o rosário todos os dias. Após a morte de Carlo voltei para a Igreja e acho que isso pode ser mérito de sua intercessão".

No Instituto Liceo Classico Leão XIII, onde iniciou o ensino médio, desenvolveu sua paixão por computadores. Carlo criou um site dedicado aos milagres eucarísticos e à vida dos santos. "Decidi ajudá-los - dizia o jovem na página da internet - compartilhando alguns dos meus segredos mais especiais para aqueles que desejam rapidamente alcançar o objetivo da santidade". Carlo Acutis insistia na Missa diária, na récita do rosário, na lectio divina, na confissão e no apego aos santos. "Peça ao seu Anjo da Guarda para ajudá-lo continuamente, de modo que ele se torne seu melhor amigo", recomendava.
Em 2006, com apenas 15 anos, Carlo Acutis descobriria uma grave doença: a leucemia. Confundida inicialmente com uma inofensiva "caxumba", o mal acabou se alastrando rapidamente, mesmo com os vários tratamentos, causando-lhe a morte em apenas um mês. Às 6:45h de 12 de outubro de 2006, o Senhor o levava para a vida eterna. Perto de falecer, confidenciou aos pais: "Ofereço todos os sofrimentos desta minha partida ao Senhor, ao Papa e à Igreja, para não fazer o Purgatório e ir direto para o Paraíso."

A postuladora para a causa dos Santos da Arquidiocese de Milão, Francesca Consolini, afirma que a fé de Carlo Acutis era "singular": "levava-o a ser sempre sincero consigo mesmo e com os outros (...) era sensível aos problemas e as situações de seus amigos, os companheiros, as pessoas que viviam perto a ele e quem o encontrava dia a dia". O testemunho do rapaz pode ser encontrado na sua biografia, "Eucaristia, minha rodovia para o céu", escrita por Nicola Gori, articulista do L'Osservatore Romano.

O corpo de Carlo Acutis foi sepultado em Assis, cidade de São Francisco, por sua especial devoção ao santo.
 (texto extraído do site do Padre Paulo Ricardo, sacerdote da Diocese de Cuiabá)



Um comentário meu:
Interessante a história desse jovem, Carlo Acutis. Ela vem mostrar que para sermos santos não precisamos ser "esquisitos". Podemos ser pessoas alegres, simpáticas, inteligentes, estudiosas, ativas no mundo, porque Jesus também era assim. Lembram-se como Jesus foi criticado porque "comia e bebia" na casa dos pecadores? Jesus participava da vida de sua aldeia, Nazaré, compareceu à uma festa de casamento em Caná, sentava-se à mesa de fariseus (p.ex. o fariseu Simão) e de publicanos (p.ex. São Mateus), tinha amigos íntimos (Marta, Maria e Lázaro), abraçava as crianças, etc. Jesus não era um "homem esquisito", taciturno, isolado do mundo ou da realidade. Jesus foi um homem perfeito e viveu em tudo sua condição humana, exceto o pecado. 
Carlo Acutis era um jovem "normal". Era inteligente, estudioso, gostava muito de computação, tinha amigos, passeava com seus pais, porém, sem deixar de amar a Deus e de tê-lO como centro de sua vida. Isso é que é importante. 
Que seu exemplo e uma dia sua beatificação/canonização anime os jovens a buscarem a Deus com o coração alegre e jovial, com a mente saudável, irradiando no mundo a alegria de Deus. 
(Giovani Carvalho Mendes, ocds)

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