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domingo, 8 de novembro de 2015

SÃO LUÍS MARTÍN E SANTA ZÉLIA GUERÍN, Esposos e Pais de Santa Teresinha do Menino Jesus.







No mês de setembro de 1843, partindo de Alençon, na Normandia, atravessa a França, em direção à Suíça, Luís Martin, jovem de 20 anos, de estatura elevada, fisionomia simpática, olhar límpido, filho de um capitão do Exército. O caráter suave e meditativo leva-o ao Mosteiro do grande São Bernardo, nos Alpes Suíços, a 2472 metros de altitude, para entre a brancura da neve e a pureza do céu, viver em contemplação e na penitência.
Pergunta-lhe o superior se sabe latim. Perante resposta negativa, é aconselhado a voltar para casa, a fim de aprender a língua, em que estão se desenrolava toda a liturgia monacal.
Luís põe em prática este conselho, mas, devido a uma doença, junta com um cansaço cerebral, e pelo dever de amparar a família, vai protelando a realização de seu sonho.
Uma menina dotada de grande piedade, inteligência e energia, chamada Zélia Guerín, acompanhada por sua mãe, bate à porta do hospital de Alençon. Quer imitar as religiosas que ali trabalham, dedicando a sua vida à caridade para com os pobres e doentes. A superiora fixa-a demoradamente e, como que inspirada pelo alto, responde-lhe sem hesitação: “não é essa a vontade de Deus a seu respeito”.
Zélia retirou-se tristemente e começou a repetir esta pequenina e simples oração: “meu Deus, já que não sou digna de ser vossa esposa, como é minha irmã (religiosa da Visitação), para cumprir a vossa santa vontade, abraçarei o estado do matrimônio. Dai-me, então, eu vo-lo peço, muitos filhos e fazei que Vos sejam todos consagrados”.
Certo dia, em que atravessava a ponte de São Leonardo, cruzou com um jovem, cuja bondade e fisionomia a impressionaram. Neste instante, parece que uma voz interior lhe segredava: “foi este que Eu preparei para ti”. Informou-se discretamente a respeito de Luís e manifestou-lhe o seu interesse. Os dois jovens, que não conseguiram realizar o projeto de vida religiosa, depressa se apreciaram e amaram. O mesmo ideal, o mesmo caráter, a mesma fé e a mesma confiança na Providência os unia.
O acordo estabeleceu tão depressa que, passados três meses, no dia 13 de junho de 1858, celebraram o seu casamento na Igreja de Nossa Senhora de Alençon. Ele contava 35 anos e ela 27.
O modo como viviam, estes esposos modelares, descreve-o assim a sua penúltima filha Celina: “a compreensão era perfeita entre meus pais, mesmo que sucedesse que, num ponto determinado, à primeira vista, as suas opiniões fossem diferentes. Minha mãe tinha por meu pai tanta admiração como afeição, e deixava-lhe exercer plenamente uma autoridade, na verdade, patriarcal. As minhas irmãs afirmaram várias vezes que a sua união foi feliz e a correspondência epistolar da minha mãe testemunha-o. Por ela se vê que não podia viver longe do marido, nem sequer por alguns dias. As cartas que lhe dirige terminam como esta, eco fiel dos seus sentimentos: ‘tua esposa, que te ama mais do que a própria vida’. Numa carta para Paulina, escreverá a nossa piedosa mãe: ‘os nossos sentimentos estavam sempre de acordo. Ele serviu-me constantemente de amparo e consolação’”.
A filha mais nova, a futura Santa Teresinha, declara: “Nosso Senhor deu-me um pai e uma mãe mais dignos do Céu que da terra... Ah, que mistério de amor de Jesus sobre a nossa família! Não tenho palavras para exprimir o amor que dedicava ao meu querido pai; tudo nele me causava admiração”. E a Santa conclui: “estou plenamente convencida que, se não fosse educada por uns pais tão virtuosos, teria sido muito má, com o risco talvez da minha condenação eterna”.



O encanto desses pais eram os filhos. Zélia Guerín afirma numa carta: “só vivíamos para os filhos, que constituíam a nossa felicidade e nunca tivemos outra. Nada nos custava já; a vida não nos parecia difícil. Para mim, eram eles a maior das compensações, e por isso desejava ter muitos, a fim de os criar para o Céu”.
O Senhor satisfez-lhe estes desejos, concedendo-lhe nove filhos, quatro dos quais (duas meninas e dois meninos) morreram em tenra idade. A cada novo nascimento fazia a mãe esta oração: “Senhor, concedei-me a graça de que esta criança vos seja consagrada e que nada manche a pureza da sua alma. Se ela a há de perder, prefiro que a leveis imediatamente”.
As cinco filhas que sobreviveram tinham os nomes seguintes: Maria Luísa, Maria Paulina, Maria Leônia, Maria Celina e Maria Francisca Teresa, conhecida universalmente com o nome de Santa Teresinha ou Santa Teresa do Menino Jesus.
Estes santos esposos foram solenemente canonizados na Praça de São Pedro no dia 17 de outubro de 2015 pelo Papa Francisco.

Leônia, que se tornou monja Visitandina, também está em processo de beatificação. 

Um comentário:

Unknown disse...

QUE linda história. Um exemplo de família á ser seguindo. Que santidade!!!!!!

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